Ministério do Esporte Nos Jogos de Cuiabá, povo Gavião usa ingredientes da culinária indígena em rituais de lazer
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Organizado pelo Comitê Intertribal Indígena, os Jogos dos Povos Indígenas têm o seguinte mote: “O importante não é competir, e sim, celebrar”. A primeira edição dos jogos ocorreu em 1996 e tem como objetivo a integração das diferentes tribos, assim como o resgate e a celebração dessas culturas tradicionais.


Informações: (61) 3217-1614 E-mail: O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.

Nos Jogos de Cuiabá, povo Gavião usa ingredientes da culinária indígena em rituais de lazer

 

Um dos ingredientes mais usados na culinária indígena brasileira, a mandioca – conhecida nas regiões Norte e Nordeste como macaxeira – é peça fundamental na celebração do ritual de lazer entre guerreiros e guerreiras paraenses. Os indígenas a utilizam numa comemoração que leva o nome de “Ritual da Macaxeira”, uma espécie de brincadeira, com a participação de homens e mulheres, para agradecer aos deuses pela fartura da colheita e o alimento de cada dia.

O rito realizado pelos povos Gavião Ikóloéhi, de Rondônia, começa com o barulho do maracá, que dita o ritmo da dança. Os participantes entram enfileirados na aldeia montada para receber a 12ª edição dos Jogos dos Povos Indígenas. Posicionam-se frente a frente, homem e mulher, até que elas, num movimento brusco, saem do ritmo da dança e formam um círculo, encostando ombro a ombro, como forma de proteção de uma raiz de mandioca, plantada no centro da roda.

A brincadeira simula uma luta corporal e consiste na tentativa de os homens quebrarem a barreira de proteção feita pelas mulheres. O bloqueio é repetido pelos guerreiros, que alcançam o centro e a raiz enterrada. Vence quem conseguir furar o bloqueio primeiro e pegar a macaxeira.

Já na brincadeira do mamão, os indígenas da etnia Gavião Parkatejê, do Pará, utilizam a fruta ainda verde – porque é mais dura e se assemelha a uma bola. O povo Gavião entra na arena enfileirado e se posiciona frente a frente para dar inicio ao jogo. Em certo momento, um guerreiro joga o mamão nas mãos de uma guerreira, como forma de desafiá-la e convidá-la para o embate.

Ela devolve o mamão ao guerreiro, que abraça a fruta sem segura-la com as mãos. "Cabe à mulher tentar tomar a fruta dele. Como na maioria das vezes ela não consegue, a indígena convoca o irmão, a mãe ou um parente mais próximo para ajudá-la", explica ao público o locutor Pacífico Júnior.

Carla Belizária, de Cuiabá
Foto: Francisco Medeiros
Ascom - Ministério do Esporte
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