Ministério do Esporte
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O Programa Esporte e lazer da Cidade (PELC), desenvolvido por intermédio da Secretaria Nacional de Esporte, Educação, Lazer e Inclusão Social (Snelis), proporcionar a prática de atividades físicas, culturais e de lazer que envolvem todas as faixas etárias e as pessoas portadoras de deficiência, estimula a convivência social, a formação de gestores e lideranças comunitárias, favorece a pesquisa e a socialização do conhecimento, contribuindo para que o esporte e lazer sejam tratados como políticas e direitos de todos.

Informações: (61) 3217-9658 E-mail: O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.

Paralimpíadas Escolares são porta de entrada das seleções principais de judô

Breno Barros/MEBreno Barros/ME
 
"Vai Cleir, vai de ippon". A voz que saiu da torcida durante o combate de judô, entre Cleir Pinheiro da Silva e Pablo Cruz, era mais que um incentivo. Os gritos de Sara Silva, 16 anos e também cega, simbolizaram o espírito de equipe dos judocas que subiram ao tatame das Paralimpíadas Escolares 2015 e mostraram que a luta proporciona inclusão e integração das pessoas com deficiência visual. Sara e Cleir são companheiros de treino na cidade de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul.
 
Nesta edição das Paralimpíadas Escolares são cerca de 40 judocas nas disputas por medalhas. Única arte marcial que compõe o programa paralímpico, o judô para atletas cegos é praticado desde a década de 70, tendo estreado no masculino nos Jogos em Seul-1988, e no feminino, em Atenas-2004. Antes de ser realizadas competições estudantis no Brasil, os deficientes visuais iniciavam na luta com idade avançada, como lembra o Jaime Roberto Bragança,  coordenador de Judô do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).
 
“Antigamente, o deficiente visual iniciava no judô com 18 ou 20 anos. Era muito ruim para nós, porque todos os esportes competitivos exigem que a iniciação seja na infância. Por meio de evento como esse conseguimos incentivar as crianças a começarem no judô bem cedo”, recorda.
 

Com 15 anos de idade, o judoca Pablo Cruz representa muito bem a nova geração de lutadores do Rio Grande do Norte. Para o jovem, o judô foi uma porta que se abriu para novas possibilidades, além de ajudou na vida social. “Eu sempre fui de fazer várias atividades, como tocar instrumentos musicais. E o judô apareceu na minha vida para me dá mais força. Hoje, o que eu sei fazer melhor é a música e o judô”, conta. 
 
Breno Barros/MEBreno Barros/MEO judoca da seleção brasileira Abner Nascimento de Oliveira, 20 anos, medalhista de ouro nos Jogos Parapan-Americanos de Toronto, é um dos atletas que ganhou destaque nacional depois das Paralimpíadas Escolares. Ele considera o evento a porta de entrada para a equipe principal. “Os jogos escolares são o começo. Muitos atletas que estão aqui um dia irão chegar na seleção, como eu cheguei”, reforça.
 
Abner foi considerado o melhor judoca da competição nas edições de 2011 e 2012.  “No primeiro ano que participei do evento cheguei meio tímido, com vergonha. Lutei e fui considerado o melhor atleta da minha categoria. No ano seguinte foi mais complicado, subi de categoria e a chave foi maior. Levei o título na minha categoria e no absoluto. Em 2013, fui para a adulta, tive bons resultados e fui convocado para a seleção brasileira. Tudo graças aos resultados daqui”, recorda o judoca do Rio Grande do Norte.  
 
Há poucas adaptações no judô paraolímpico em relação ao convencional. Os atletas começam a luta já segurando o quimono do adversário, posicionados assim pelo árbitro central, que conduz a luta para que o contato seja permanente. Ao aplicar uma punição, o árbitro também avisa a qual judoca está se referindo. Os atletas não são punidos por sair da área de luta.
 
“Mostrando para os professores de judô convencional que as adaptações são mínimas e que uma pessoa cega pode praticar judô em qualquer academia. Muitas vezes os professores não aceitavam os alunos por puro desconhecimento”,  revela Jaime Roberto.
 
Breno Barros, de Natal
Ascom - Ministério do Esporte
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Novos talentos do esporte paralímpico encantam nas provas de atletismo em Natal

Foto: A2 Fotografia/Du AmorimFoto: A2 Fotografia/Du Amorim

Na escola Dom Bosco, em Rio Branco, a jovem Gislaine Paiva, 15 anos, descobriu o esporte paralímpico. Em decorrência de uma paralisia cerebral, ela tinha dificuldade para correr e andar. Com o atletismo, a jovem superou os problemas físicos, encarou novos desafios e passou a conquistar medalhas em competições esportivas.

A história de Gislaine é uma entre as de dezenas de jovens que entraram, nesta quarta-feira (24), na pista de atletismo da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), em Natal, na estreia das provas de campo da Paralimpíadas Escolares 2015.

Medalhista de prata no salto em distância, Gislaine pretende ir bem mais além na sua vida por meio do esporte. “Melhorei muito a minha coordenação motora com o esporte. Agora, posso correr e saltar. Comecei a praticar na escola, com o meu professor, que me estimulou muito, e hoje colho os frutos da minha evolução com medalhas”, comemora a atleta.

O esporte é uma ferramenta que impulsiona e promove a integração entre os mais de 700 atletas escolares de todo o país, com idade entre 12 e 17 anos, nas Paralimpíadas Escolares.

O coordenador técnico de atletismo do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Ciro Winckler, explica que existe uma nova geração de atletas que são “filhos” das Paralimpíadas Escolares e que disputarão os próximos Jogos Paralímpicos.

“O evento escolar é realizado há algum tempo e vem apresentando uma evolução muito interessante, não só no número de atletas, mas na qualidade deles. Nesse espaço já apareceram atletas como Alan Fonteles e Júlia Santos, mostrando que é um evento de descoberta de atletas”, explica o dirigente.

Roger Santos, 16 anos, é um deles. Da nova geração de atletas, ele se espelha na trajetória do medalhista paralímpico Alan Fonteles. É a primeira vez que o jovem disputa uma prova de biamputado nos Jogos Paralímpicos Escolares. Em Natal, Roger corre com próteses de passeio, que não são tão adequadas para o esporte.

“A prótese correta dá mais impulsão na hora da corrida. Quando o Alan Fonteles veio disputar as Paralimpíadas Escolares, um olheiro o identificou e abriu as portas para o esporte profissional, dando suporte e próteses corretas. Eu também tenho esse objetivo. O Alan é um guerreiro e quero chegar um dia perto dele”, diz o jovem.

Ciro ressalta que o objetivo dos Jogos não são somente o alto rendimento, mas a participação esportiva.  “Não podemos pensar somente no alto rendimento. Vão surgir talentos, mas  o objetivo principal não é só esse. No evento com oito modalidades juntas, você consegue ver crianças do atletismo que vem aqui e tem a oportunidade de conhecer outros esporte”, conta.

Breno Barros, de Natal
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“Quero ser a próxima Ana Marcela Cunha”, diz Eduarda Jorge, de 15 anos, da maratona aquática

Foto: Francisco Medeiros/ MEFoto: Francisco Medeiros/ ME

Aos 15 anos, Eduarda Jorge já sabe o que quer ser quando 'crescer'. “Quero ser a próxima Ana Marcela Cunha”, diz, sem pestanejar. A jovem revelação das maratonas aquáticas idolatra o maior nome do país na modalidade atualmente. Baiana de Salvador, assim como a campeã mundial de 2014, ela tenta seguir as braçadas de sua conterrânea, que também começou a despontar cedo.

Assim como Ana Marcela, que vai competir nos Jogos Olímpicos Rio 2016, Eduarda também vai participar do evento, mas de uma forma diferente. Ela foi um dos 12 nomes selecionados pelo Ministério do Esporte e pela Coca-Cola para participar do revezamento da Tocha Olímpica.

Foto: Francisco Medeiros/ MEFoto: Francisco Medeiros/ ME“Quando me ligaram com a possibilidade de carregar a tocha, não acreditei. É muito emocionante e para poucos”, resume a nadadora, que carrega mais semelhanças com Ana Marcela Cunha do que o local de nascimento. “O técnico dela foi meu treinador até o ano passado. Por ela se destacar tanto, saiu de Salvador rápido. Me espelho muito e quero ser igual a ela”, projeta a baiana, que começou a receber a Bolsa Atleta em 2015.

O caminho até as maratonas aquáticas, no entanto, não foi fácil. A atleta teve que superar um medo de infância para dar início à carreira. “Eu tinha muito medo de água, de entrar no mar. Aquela coisa de criança”, revela. Matriculada na aula de natação pela mãe, Eduardo logo tomou gosto pela piscina e resolveu aumentar o desafio e encarar as maratonas aquáticas. “Quis uma nova experiência e mudei. Comecei a me destacar no ano passado e tive três convocações. Estou progredindo nas maratonas e é lá que eu quero crescer.”

A transição da piscina para as águas abertas mudou drasticamente a realidade de competição para Eduarda. Enquanto nadava sozinha na raia na piscina, agora ela encara a feroz disputa por espaço nas maratonas. “A diferença é muito grande. A gente sai toda espancada”, ri. “Por isso eu faço o máximo para ficar no canto e não tomar tanta pancada. Na maratona estão todos juntos, é corpo a corpo, muito físico.”

O objetivo da atleta desde agora já é voltado para uma vaga nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020. “Vou treinar esses anos para isso”, afirma. E quando ela diz treinar, é algo levado muito a sério. Tanto que descarta até mesmo ir para o Rio de Janeiro acompanhar a prova das maratonas aquáticas nos Jogos de 2016, na qual Ana Marcela buscará uma medalha. “Acho que não vai dar porque vou estar treinando. É o tempo todo competindo. Não dá para parar e ver, mas a gente acompanha pela TV”, diz.

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Vagner Vargas – brasil2016.gov.br

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Ministério e Coca-Cola firmam parceria para promover o revezamento da Tocha Olímpica e a prática do esporte

Em um evento realizado em Brasília e que contou com a presença de atletas beneficiados pelos programas Bolsa Atleta e Segundo Tempo, o ministro do Esporte, George Hilton, e o vice-presidente da Coca-Cola para os Jogos Olímpicos Rio 2016, Flávio Camelier, assinaram nesta terça-feira (24.11) um termo de apoio institucional do Ministério do Esporte à empresa que visa ampliar a promoção da prática esportiva no Brasil tendo como principal motivador os Jogos Rio 2016.

Durante o evento, foram anunciados os nomes de 12 atletas dos programas Bolsa Atleta e Segundo Tempo que foram escolhidos para carregar a Tocha Olímpica durante o revezamento do símbolo dos Jogos pelo Brasil. A jornada da Tocha Olímpica começará no dia 21 de abril de 2016, quando a chama será acesa na cidade de Olímpia, na Grécia. Depois disso, após um rápido trajeto pelo país europeu, a Tocha Olímpica desembarcará no Brasil no dia 27 de abril. Finalmente, em 3 de maio, em Brasília, terá início o revezamento.

Foto: Francisco Medeiros/MEFoto: Francisco Medeiros/ME

A Tocha Olímpica percorrerá, pelas mãos dos brasileiros, mais de 300 cidades de todos os estados e mais o Distrito Federal. Além disso, a chama olímpica passará por outros 200 municípios, que assistirão ao comboio com o símbolo. Todas as capitais do país participarão do revezamento e a lista completa do trajeto será divulgada no início de 2016.

No total, cerca de 12 mil pessoas participarão do revezamento no Brasil, o maior já realizado em uma edição dos Jogos Olímpicos. Entre eles estarão Eduarda Santos, a Duda, do vôlei de praia; Jessica Amanda da Silva, do taekwondo; Dieverson Perin, da canoagem paralímpica; Eduarda Jorge, das maratonas aquáticas; Davi Albino, da luta olímpica; e Luiza Oliano, do judô paralímpico; todos contemplados com a Bolsa Atleta ou a Bolsa Pódio. Do projeto Segundo Tempo participarão do revezamento Joseias das Chagas, Eduardo Moraes, Miguel Sberse, Antônio de Souza, George de Paula e Liliane Paulino (veja perfis abaixo).

“Esses atletas que estão aqui sintetizam o que queremos para o Brasil pós-Olimpíadas”, declarou George Hilton. “Tenho procurado conscientizar, em minhas viagens pelo Brasil, os governos estaduais e municipais e também o setor privado de que nós temos a responsabilidade de não apenas fazer a melhor Olimpíada de todos os tempos, mas também de deixar um legado para os jovens de todo o país”, prosseguiu o ministro, referindo-se à importância da prática esportiva.

Referindo-se ao conceito de “vida ativa” promovido pela Coca-Cola, que visa incentivar os jovens no Brasil a serem atletas ou simplesmente praticar mais esporte, Flávio Camelier ressaltou a importância do termo assinado nesta terça-feira. “Para nós é um orgulho celebrar essa parceria com o Ministério do Esporte”, ressaltou.

Fotos: Francisco Medeiros/MEFotos: Francisco Medeiros/ME

Honra
Considerada uma das maiores promessas do vôlei de praia feminino do Brasil, Duda, aos 17 anos, já tem um currículo repleto de conquistas. Entre elas destacam-se o bicampeonato mundial sub-19 (2013/2014) e a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos da Juventude, disputados em 2014, em Nanquim, na China.

“Foi muito bom saber que fui escolhida para carregar a Tocha Olímpica no meu estado. Fico feliz porque eles (Ministério e Coca-Cola) estão vendo como estou me esforçando e conquistando títulos importantes. Eu adorei. Será uma honra e sei que vou viver uma oportunidade única”, declarou Duda, que sonha em disputar os Jogos Olímpicos de 2020, em Tóquio.

Quem também não escondeu a satisfação por fazer parte do time que carregará a Tocha Olímpica foi Luiza Oliano. “Me senti muito feliz. A minha técnica me ligou dizendo que ela tinha recebido um e-mail sobre a Tocha e aí ela me avisou. Eu falei com minha mãe logo depois e todos nós comemoramos muito”, contou a judoca paralímpica. Em 2015, Luiza foi bronze por equipe no Mundial da Coreia do Sul e bronze no individual nos Jogos Parapan-Americanos de Toronto. O plano, agora, é intensificar os treinamentos a partir de agora para conquistar uma vaga na delegação brasileira que disputará os Jogos Paralímpicos Rio 2016, que começam no dia 7 de setembro.

Bolsa Atleta
O programa Bolsa Atleta completou 10 anos em 2015 com desempenho expressivo de atuação. Ao longo da última década, a iniciativa, executada pelo Ministério do Esporte e considerada o maior programa de patrocínio individual do mundo, concedeu mais de 43 mil bolsas para mais de 17 mil atletas, com investimentos que ultrapassam R$ 600 milhões.

Somente em 2015, o número de contemplados alcança 6.131 atletas de modalidades olímpicas e paralímpicas, num investimento previsto da ordem de R$ 81,6 milhões. O programa mantém seis categorias de bolsas: Atleta de Base (R$ 370,00); Estudantil (R$ 370,00); Nacional (R$ 925,00); Internacional (R$ 1.850,00); Olímpico/Paraolímpico (R$ 3.100,00); e Pódio (R$ 5 mil a R$ 15 mil).

São patrocinados pelo programa atletas que tenham obtido resultados em competições nacionais e internacionais de suas modalidades, independentemente de sua condição econômica. O atleta contemplado recebe, no ano, o equivalente a 12 parcelas do valor definido na categoria. A categoria Pódio foi criada após a eleição do Rio de Janeiro como sede dos Jogos Olímpico e Paralímpicos de 2016.

A categoria mais alta do programa tem como finalidade patrocinar atletas com chances de medalhas e de disputar finais em 2016. Para ser patrocinado, o atleta deve estar entre os 20 primeiros no ranking da modalidade. A concessão do patrocínio é realizada após avaliação do desempenho técnico dos atletas por um grupo de trabalho formado por representantes do Ministério do Esporte, do Comitê Olímpico do Brasil (COB) e das confederações das modalidades.

Segundo Tempo
Criado há 12 anos, o Programa Segundo Tempo (PST) tem por objetivo democratizar o acesso à prática e à cultura do esporte de forma a promover o desenvolvimento integral de crianças, adolescentes e jovens como fator de formação da cidadania e melhoria da qualidade de vida, prioritariamente em áreas de vulnerabilidade social. Atualmente, possui 90 convênios entre vigentes e em fase de estruturação, totalizando o atendimento de cerca de 300 mil beneficiados distribuídos 2.386 núcleos em todo o território nacional.

Desde 2003, a iniciativa contabiliza seis milhões de beneficiados, com a implantação de cerca de 25 mil núcleos de atendimento e a formação de milhares de professores de educação física, contribuindo para a qualificação da área, com a produção de 20 livros e materiais didáticos, todos disponíveis ao público. O PST alcançou destaque internacional como método de reversão do quadro de exclusão social, em virtude de sua proposta pedagógica, ao ser escolhido pelo Designed to Move (programa que busca valorizar as ações que combatem a inatividade física) como uma das 19 melhores iniciativas de boas práticas esportivas no mundo em 2012.

Foto: Francisco Medeiros/ MEFoto: Francisco Medeiros/ ME

Conheça os atletas escolhidos para participar o Revezamento da Tocha Olímpica:

Pelo programa Bolsa Atleta:

» Eduarda Santos (Duda) – vôlei de praia
Jogadora mais jovem da história do vôlei de praia brasileiro a ser campeã de uma etapa do circuito nacional, a atleta, natural de São Cristóvão, interior do Sergipe, tem apenas 17. No último mês, ela venceu a 3ª etapa do Circuito Brasileiro de Vôlei de Praia. Duda é a única atleta do mundo a participar de três mundiais de base no mesmo ano, em 2013. A jovem acumula os títulos de bicampeã mundial sub-19 2013/2014 e campeã nos Jogos Olímpicos da Juventude, em Nanquim, na China, em 2014. Atualmente, ela é contemplada na categoria Internacional do Bolsa Atleta.

» Jessica Amanda da Silva – taekwondo
Jessica nasceu em Saudade do Iguaçu, no Paraná, e iniciou sua carreira no taekwdondo com apenas 11 anos no projeto PETI, em Rio Bonito do Iguaçu. Dois anos depois, passou a disputar eventos estaduais e nacionais na categoria profissional e no final de 2013 sagrou-se campeã do Grand Slam de Taekwondo (Seletiva para Seleção Brasileira) entre atletas de 12 a 14 anos. Hoje, com 15 anos e beneficiada na categoria de Base do Programa Bolsa-Atleta.

» Dieiverson Perin – canoagem paralímpica
Aos 13 anos, Dieiverson, natural de Vera, no Mato Grosso, sofreu um acidente e ficou paraplégico. Depois de passar três meses internado em São Paulo, conseguiu uma vaga na Rede SARAH, em Brasília, onde conheceu a canoagem. Hoje, com 18 anos e contemplado na categoria Nacional do Bolsa Atleta, Dieiverson é o único representante da paracanoagem do Estado do Mato Grosso e sonha em, assim como seu ídolo, o atleta Fernando Fernandes, participar dos Jogos Paralímpicos.

» Eduarda Jorge – maratonas aquáticas
Baiana, a jovem de 15 anos ficou com a nona posição no Campeonato Sul-Americano Juvenil de Desportos Aquáticos, em 2014, em Lima, no Peru. Neste ano, ficou em terceiro lugar da classe juvenil do Campeonato Brasileiro de Maratonas Aquáticas, em Inema, na Bahia. A atleta é contemplada na categoria Nacional do Bolsa Atleta.

» Davi José Albino – luta olímpica
Ex-morador de rua em São Paulo (SP), Davi Albino batalhou muito até se tornar atleta profissional da luta greco-romana. No início da carreira, elei frequentava um centro de luta em São Paulo por causa do lanche oferecido depois dos treinos. O atleta, de 29 anos, coleciona recordes na luta olímpica brasileira. O bolsista, da categoria Pódio, tornou-se o primeiro atleta a figurar na United World Wrestling (o ranking mundial da modalidade), é cinco vezes campeão nacional e neste ano conquistou a medalha de bronze nos Jogos Pan-Americanos de Toronto.

» Luiza Oliano – judô paralímpico
A atleta, de 18 anos, contemplada na categoria Pódio, tem entre suas principais conquistas o bronze por equipe no Mundial da Coreia do Sul, realizado neste ano, e o vice-campeonato por equipe no Mundial de Judô para Cegos, em 2014. Em 2013, a esportista foi campeã no Mundial de Jovens e conquistou dois ouros nas Paralímpiadas Escolares. Em 2015, ainda faturou a medalha de bronze no individual nos Jogos Parapan-Americanos de Toronto.

Pelo programa Segundo Tempo:

» Joseias das Chagas
Do Distrito Federal, Joseias participa do programa Segundo Tempo desde os 10 anos. Está no primeiro ano do ensino médio e gosta de atletismo. Foi segundo colocado na prova de 800m e terceiro na prova de 3.000m no CIEF, no evento dos Jogos Escolares do Distrito Federal.

» Eduardo Moraes
Portador da síndrome de Down, encontrou no esporte, praticado na UFPEL (Universidade Federal de Pelotas), uma forma de melhorar sua coordenação motora e de socializar com pessoas de deficiências diferentes. Aos 17, é um apaixonado por futebol, mas também pratica vôlei, basquete e tênis.

» Miguel Sberse
Natural de Bento Gonçalves, Rio Grande do Sul, Miguel entrou no Segundo Tempo com problemas de obesidade, autoestima e convívio social, que afetavam suas notas escolares.  Com a entrada no programa, recebeu orientações nutricionais, mudou a sua alimentação e se interessou por aprender novos esportes, se tornando mais sociável. Hoje, aos 14 anos, é considerado um adolescente esportista.

» Antônio de Souza
Nascido em família humilde, em Ribeirão Preto, Antônio quase se viu indo pelo mesmo caminho do irmão mais velho, preso por tráfico de drogas. Foi quando conheceu o Segundo Tempo. O esporte mudou sua vida e, hoje, além de aluno aplicado ele se tornou um apaixonado pelo atletismo.

» George de Paula
De Francisco Alves, no Paraná, George, de 15 anos, descobriu ter diabetes ainda criança, quando chegou a pesar 30kg. Com a ajuda do esporte e da atividade física, descobertos através do Programa Segundo Tempo, o jovem passou a viver uma vida mais saudável.

» Liliane Paulino
Com 15 anos, Liliane mora em Manaus e participa ativamente de todas as atividades esportivas praticadas em sua escola: natação, vôlei de praia, vôlei de quadra, handebol, frescobol e queimada.

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Luiz Roberto Magalhães e Vagner Vargas – brasil2016.gov.br

Ascom - Ministério do Esporte
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Comunidade da Chacrinha, no Rio, tem fábrica de talentos do badminton

Foto: Miriam Jeske/Heusi Action/ brasil2016.gov.brFoto: Miriam Jeske/Heusi Action/ brasil2016.gov.br

A distância entre a sede da Associação Miratus de Badminton e o Riocentro, ambos na Zona Oeste do Rio de Janeiro, não chega a 20 quilômetros. Mas poderia ser imenso o abismo entre um projeto social na comunidade da Chacrinha e uma participação olímpica nos Jogos Rio 2016. A menos de nove meses do megaevento e na véspera do evento-teste da modalidade – o II Yonex Brasil Open, de 24 a 29 de novembro, no próprio Riocentro –, entretanto, o brasileiro mais bem colocado no ranking mundial é Ygor Coelho. Desde pequeno, ele treina no projeto social que, há mais de 15 anos, não só revela talentos, mas também exemplos para a comunidade e para muito além dela.

Ao entrar no galpão azul, é surpreendente a cena de crianças e adolescentes sambando com raquetes e petecas nas mãos. Trata-se do Bamon, método desenvolvido pelo fundador da Miratus, Sebastião de Oliveira, que transforma o movimento do corpo em som. Com vários ritmos e de forma lúdica, a técnica auxilia no treinamento e no condicionamento físico. E foi exatamente o aspecto lúdico do badminton que chamou a atenção de Sebastião no fim dos anos 90.

Ele se apaixonou por Carmen, moradora da Chacrinha. Decidiu se mudar para lá e criar um projeto social. Mas, a princípio, seria a natação o carro-chefe. "Quando eu conheci o badminton, não tive dúvidas de que ele seria melhor do que a natação. É extremamente lúdico, e o objetivo não era formar campeões, era atrair as crianças. Queria formar pessoas, sendo concorrência pro caminho do tráfico", explica Sebastião que, também é técnico da modalidade.

Sebastião de Oliveira e as crianças e adolescentes do projeto. Foto: Miriam Jeske/Heusi Action/ brasil2016.gov.brSebastião de Oliveira e as crianças e adolescentes do projeto. Foto: Miriam Jeske/Heusi Action/ brasil2016.gov.br

As obras da sede tiveram início em 1998, mas foi em 2000 que a Associação foi formalizada. Desde então, milhares de crianças e adolescentes passaram pelo projeto, que também oferece atividades como aulas de reforço escolar, música, gastronomia, teatro e capoeira.

"Aqui nós temos horário pra chegar, horário pra jogar badminton, horário pra lanchar, horário pra aula de reforço, horário de brincar. As crianças aprendem disciplina", garante José Ricardo Ramos, coordenador da Miratus e irmão de criação de Sebastião.

"Trabalhamos com regras o tempo todo. Temos o esporte, mas também falamos sobre a vida, sobre onde eles querem chegar", acrescenta Aleksander Carlos Silva, supervisor técnico e um dos professores da Miratus, que atualmente atende 180 crianças e jovens por mês.

Exemplos , talentos e alto rendimento
Aleksander entrou para o projeto em 2000. Destacou-se pela dedicação e, com a ajuda da Associação, conseguiu uma bolsa para cursar a faculdade de Educação Física. Hoje é exemplo na comunidade. "As pessoas me veem passar como professor e falam: 'quero que meu filho seja que nem você'. Essa é a maior recompensa", conta. Nas quadras da Miratus, ele não alivia com as crianças. Exige disciplina e não desiste diante de comportamentos desafiadores. "A gente luta pela criança, o resultado é a consequência", acrescenta.

Em 2010, um convênio firmado entre o Ministério do Esporte e a Confederação Brasileira de Badminton (CBBd), de mais de R$ 2,2 milhões, permitiu a compra de equipamentos, ampliação das instalações e  contratação de equipe multidisciplinar. Por meio da Lei de Incentivo ao Esporte, a Associação vem captando recursos desde 2008 para manter o trabalho de alto rendimento.

A rigidez disciplinar, a técnica e o espírito de competição introduzidos desde o início vêm produzindo resultados imbatíveis no Brasil. "Questiono a visão dos que dizem que não se pode ter a competição em projetos sociais. É possível introduzir a competição de maneira saudável. Dentro desta comunidade, você tem o número 1 e o número 2 sub-11 do Brasil, os números 1 e 2 do sub-13 também, a número 1 do feminino sub-13, o número 1 do sub-15, os dois primeiros do sub-17 e o primeiro do sub-19 também. O projeto forma, a preocupação com a base é constante", reforça Sebastião.

Renan, 9 anos, é o número dois do ranking sub-11 do país. Ele conversa sobre os treinos com a seriedade de atleta experiente. "Comecei com cinco anos e me apeguei ao esporte. Esse projeto me ensina a saber perder, a respeitar. O bom atleta sabe jogar com orgulho e respeito", diz.

Jonathan Santos, 15, é outro talento da Miratus. Um bronze no Pan-Americano de 2010, na República Dominicana, ainda na categoria sub-11, foi apenas a primeira de várias medalhas conquistadas fora do país. Com o ouro no sub-15 conquistado em 2013, no México, passou a contar com a Bolsa-Atleta do Ministério do Esporte na categoria Internacional. Com o dinheiro, consegue ajudar em casa, e o tempo livre fica dedicado aos treinos e às demais atividades da Associação. Além dele, outros 16 meninos e meninas da Miratus recebem a Bolsa-Atleta em diversas categorias.

Jonathan e Renan admiram o chinês bicampeão olímpico, Lin Dan, mas o ídolo e principal inspiração é o amigo Ygor Coelho, atualmente o 72º do ranking mundial da Federação Mundial de Badminton, o brasileiro mais bem posicionado. O próximo é Daniel Paiola, 87º. Para os Jogos Rio 2016, a vaga do país-sede na disputa individual será dada ao melhor colocado no ranking de maio do ano que vem. Ygor tem grandes chances de realizar o sonho de toda uma comunidade.

"Se ele chegar às Olimpíadas, eu vou ver que eu também tenho chance. Vai ser uma grande inspiração. Ele já é um exemplo pra mim. Meu comportamento no treino era bem oposto ao dele. Ele era muito sério, e eu muito brincalhão. Com ele vi que tenho que ter foco", explica Jonathan.

Para Ramos, "tio" e grande fã, os resultados já alcançados pelo Ygor e a chance de estar no Rio 2016 são demonstrações de que a Miratus está no caminho certo. Se os Jogos fossem hoje, a vaga no feminino, também definida pelo ranking, seria de Lohaynny Vicente, que começou e se destacou no badminton no projeto da Chacrinha.

"É pra todo mundo ver que pode sair atleta da comunidade, até atleta olímpico. O Ygor na Olimpíada vai abrir muitas portas pra gente. Imagina se forem Ygor e Lohaynny? A base e o futuro estão na Miratus", diz Ramos, acrescentando que as delegações da Alemanha e da Malásia fizeram contato com a Associação e querem conhecer a estrutura, pensando na aclimatação para os Jogos.

"Se ele (Ygor) voar, ele vai levar um grupo de jovens com ele. Isso vai fazer com que as pessoas olhem com carinho para projetos dentro da comunidade", finaliza Sebastião, técnico e pai do garoto que completa 19 anos nesta terça (24.11). Ygor pode dar um passo importante no evento-teste, que dará até 5500 pontos para o ranking.

 Foto: Miriam Jeske/Heusi Action/ brasil2016.gov.br Foto: Miriam Jeske/Heusi Action/ brasil2016.gov.br

Carol Delmazo - brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte
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Ministro George Hilton participa de sessão da Unesco que renova a Carta Internacional de Educação Física e Esporte

(Roberto Castro/ME)(Roberto Castro/ME)
Os 195 Estados-membros da Unesco (Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura) aprovaram na tarde desta quarta-feira (11.11), em Paris, a revisão da Carta Internacional de Educação Física, Atividade Física e Esporte. Com a presença do ministro do Esporte do Brasil, George Hilton, a sessão final da Comissão de Ciências Humanas e Sociais da 38ª Conferência-Geral da Unesco decidiu também criar o Dia do Esporte Universitário, a ser comemorado em 20 de setembro.
 
Criada em 1978, a Carta Internacional nunca havia passado por uma atualização. O texto aprovado em Paris define a prática de educação física, atividades físicas e esportes como um direito fundamental da população e recomenda que os governos invistam no ensino de educação física nas escolas. “É simbólico para nós, brasileiros, que esse trabalho esteja sendo realizado justamente quando nosso país finaliza os preparativos para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016”, discursou o ministro George Hilton na sessão da Unesco.
 
“Mais do que o legado físico dos Jogos Rio 2016, queremos um legado cultural, de consolidação da prática esportiva. Esta revisão da Unesco demonstra de maneira clara, universal, que o ensino de educação física nas escolas é fundamental para a construção de pátrias esportivas”, afirmou George Hilton.
 
(Roberto Castro/ME)(Roberto Castro/ME)Antes da sessão que renovou a Carta Internacional, o ministro George Hilton recebeu os cumprimentos da presidente da Comissão de Ciências Humanas e Sociais da Unesco, a camaronesa Hadidja Alim Youssouf. Ela agradeceu o apoio do governo brasileiro na revisão da Carta e a valorização do ensino de educação física.
 
George Hilton reiterou que o momento da atualização da Carta Internacional de Educação Física da Unesco é coincidente com a formulação do Sistema Nacional do Esporte, que deve ser enviada ao Congresso brasileiro até o fim do ano.
 
“Vamos definir as responsabilidades de União, estados e municípios, além da participação da iniciativa privada, nas ações de políticas públicas para perenizar a prática de atividades físicas. Nesse sentido, a obrigatoriedade do ensino de educação física nas escolas é fundamental”, defendeu o ministro.
 
Parceria com a França
Na noite de terça-feira (10.11), George Hilton se reuniu em Paris com o ministro do Esporte da França, Thierry Braillard. Os dois acertaram uma parceria entre os dois países na formulação de ações para a conexão entre esporte educacional e de alto rendimento. “Até os anos 1980, a prática esportiva era importante no currículo escolar brasileiro. Precisamos retomar esse conceito, colocando a escola com base do esporte”, afirmou o ministro brasileiro.
 
George Hilton quer aproveitar o ambiente dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 para mudar o cenário de prática de atividades físicas no Brasil. O Diagnóstico Nacional do Esporte, divulgado em abril pelo Ministério do Esporte, revelou um número preocupante: 45,9% da população brasileira é sedentária. “As Olimpíadas fazem parte de um projeto nacional do governo da presidenta Dilma Rousseff, de transformação do Brasil numa nação verdadeiramente olímpica.”
 
Em seu discurso na Unesco, o ministro informou que o Brasil está construindo Centros de Iniciação ao Esporte em mais de 240 municípios e estruturando uma Rede Nacional de Treinamento para atletas de alto rendimento em todas as regiões do país.
 
Paulo Rossi, de Paris
Ascom - Ministério do Esporte
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Ministros do Esporte de Brasil e França discutem parceria para estabelecer ponte entre esporte educacional e de alto rendimento

(Roberto Castro/ME)(Roberto Castro/ME)
Uma reunião na noite de terça-feira (10.11), na sede do Ministério do Esporte da França, em Paris, selou compromisso que deve render resultados importantes para as políticas públicas de esporte no Brasil. Os ministros George Hilton e Thierry Braillard decidiram estabelecer uma parceria, com base em resultados alcançados na França, para desenvolver o esporte educacional no Brasil, conectado ao alto rendimento.
 
No encontro com o colega francês, George Hilton apresentou alguns resultados do Diagnóstico Nacional do Esporte, apresentado em abril pelo Ministério do Esporte, que revelou um número preocupante de pessoas sedentárias no Brasil: 45,9% da população não pratica atividades físicas. Na França, apenas 22% dos habitantes são sedentários.
 
“O Brasil tem um território continental, muito maior do que o da França, e um grande desafio para massificar a prática desportiva. Vamos aprender muito com os franceses, que conseguiram construir um país onde a atividade física é uma realidade”, afirmou o ministro brasileiro, que foi à reunião com Braillard acompanhado do embaixador Renan Barreto, chefe da Assessoria Internacional do Ministério do Esporte.
 
(Roberto Castro/ME)(Roberto Castro/ME)Braillard, que já havia estado com George Hilton na noite anterior, durante jantar na Câmara de Comércio Brasil-França, elogiou o projeto de nacionalização dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016: “As Olimpíadas são uma oportunidade para disseminar a prática esportiva. Vemos que o Brasil está no caminho certo com a Rede Nacional de Treinamento. Podemos cooperar apresentando as ações que a França adotou para construir a ponte entre o esporte educacional e o de alto rendimento”, disse o ministro Braillard.
 
George Hilton reforçou a necessidade de o Brasil valorizar o ensino de educação física nas escolas, tema de painel da Conferência-Geral da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura) do qual o ministro brasileiro participará nesta quarta-feira (11.11) em Paris. “Até os anos 1980, a prática esportiva era importante no currículo escolar brasileiro. Precisamos retomar esse conceito, colocando a escola como base do esporte. O Sistema Nacional do Esporte, que pretendo enviar ao Congresso até o fim do ano, vai enfatizar a necessidade do ensino obrigatório de educação física nas escolas.”
 
O ministro brasileiro apresentou ao colega francês ações desenvolvidas em parceria com os ministérios da Educação e da Defesa, no âmbito do Programa Segundo Tempo. “Atendemos 4 milhões de estudantes no contraturno escolar e 20 mil crianças em núcleos das Forças Armadas. Vamos ampliar esses programas”, prometeu George Hilton. Já Thierry Braillard revelou a Hilton que o governo francês detectou que 50% das crianças francesas não sabiam nadar: “A partir daí, intensificamos o ensino de natação”.
 
(Roberto Castro/ME)(Roberto Castro/ME)
 
Jogos Rio 2016
George Hilton adiantou a Thierry Braillard que pretende voltar a Paris no primeiro semestre de 2016 para divulgar os preparativos dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016: “Queremos reunir atletas brasileiros e franceses para um grande evento de divulgação. Aproveito para convidar o ministro francês a ir ao Brasil durante os Jogos e conferir nosso trabalho de organização. Sabemos que a França pretende sediar as Olimpíadas de 2024 e vemos com bons olhos a candidatura de Paris”, adiantou o ministro brasileiro.
 
Braillard, que esteve no Brasil no ano passado durante a Copa do Mundo – assistiu a jogos da Seleção Francesa em Brasília e no Rio de Janeiro –, agradeceu o convite e aproveitou para elogiar jogadores brasileiros que brilharam no futebol francês: “Sou da região de Lyon e vi muitos atletas de qualidade, como Sonny Anderson, Juninho Pernambucano, Cris e Emerson”.
 
Paulo Rossi, de Paris
Ascom - Ministério do Esporte
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Em discurso na Câmara de Comércio Brasil-França, ministro George Hilton destaca nacionalização dos Jogos Rio 2016

(Roberto Castro/ME)(Roberto Castro/ME)
A reta final das obras e preparativos para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 foi destacada nesta segunda-feira (09.11) pelo ministro do Esporte, George Hilton, em discurso na Câmara de Comércio Brasil-França, em Paris. Convidado de um jantar que reuniu empresários dos dois países, além do ministro do Esporte francês, Thierry Braillard, e do embaixador do Brasil na França, Paulo Cesar de Oliveira Campos, George Hilton explicou o processo de nacionalização dos Jogos Rio 2016 coordenado pelo governo federal: “Daquele pontinho ali no litoral, que é a cidade do Rio, vai-se espalhar por todo o território nacional o que chamamos de legado dos Jogos”.
 
O ministro brasileiro está em Paris para participar da 38ª Conferência-Geral da Unesco (Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura). Os 195 Estados-membros vão promover nesta quarta-feira (11.11) a revisão da Carta Internacional de Educação Física e Esporte, dando ênfase ao ensino de educação física nas escolas como base da prática perene de atividades esportivas. "Em extraordinária coincidência, a resolução que será definida aqui em Paris, recomendando às nações que elejam a educação física dos povos como prioridade, converge para o plano de esportes que vem sendo desenvolvido pelo governo brasileiro", discursou George Hilton.
 
(Roberto Castro/ME)(Roberto Castro/ME)Desde que divulgou a primeira fase do Diagnóstico Nacional do Esporte, em abril, o ministro tem defendido o fortalecimento da educação física nos currículos escolares como forma de combater o índice preocupante de sedentários no Brasil – 45,9%, de acordo com a pesquisa do Ministério do Esporte. "Temos uma grande responsabilidade como país olímpico. Uma missão que não depende apenas do Poder Público. Para cumpri-la, contamos com o apoio da iniciativa privada. Juntos, governo e empresas, atletas e sociedade, vamos consolidar o esporte como ferramenta de educação, de inclusão social, de garantia à saúde e à qualidade de vida."
 
George Hilton lembrou que o governo federal está montando a Rede Nacional de Treinamento, com a construção e a reforma de centros de várias modalidades olímpicas em todas as regiões do país, além de erguer 255 Centros de Iniciação ao Esporte em 241 cidades. “O impulso à prática esportiva conferido pelos Jogos Olímpicos e Paralímpicos encontrará locais com toda a infra-estrutura para se praticar desde o nível básico, desde o primeiro contato com o esporte, até o treino de alto rendimento.”
 
(Roberto Castro/ME)(Roberto Castro/ME)
 
Sistema Nacional do Esporte
O ministro do Esporte chegou a Paris na tarde desta segunda-feira (09.11). Antes do jantar que homenageou as empresas Natura (Brasil) e Sangoban (França), ele se reuniu com a embaixadora da Delegação Permanente do Brasil junto à Unesco, Eliana Zugaib, e com o embaixador Paulo Cesar de Oliveira Campos para se inteirar dos últimos detalhes da Conferência-Geral da Unesco.
 
George Hilton reiterou aos diplomatas que pretende enviar ao Congresso Nacional até o fim do ano o projeto do Sistema Nacional do Esporte, espécie de Lei de Diretrizes e Bases. “Vamos definir as responsabilidades dos entes públicos e privados, desde o ensino obrigatório de educação física até a gestão dos centros de alto rendimento”, explicou o ministro. "Precisamos de uma legislação transversal, que garanta a continuidade das políticas públicas."
 
Paulo Rossi, de Paris
Ascom - Ministério do Esporte
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VÍDEO: conheça o trabalho do Instituto Mangueira do Futuro, no Rio de Janeiro

Esporte, cultura, educação e inclusão social. O Instituto Mangueira do Futuro oferece há 26 anos prática esportiva para a comunidade carioca na Vila Olímpica da Mangueira, na capital fluminense. Atletismo, basquete, boxe, futebol, futsal, ginástica rítmica e natação são as ferramentas de transformação que o instituto utiliza para mudar a vida de milhares de pessoas.

Conheça o projeto desenvolvido pela Lei de Incentivo ao Esporte:
 

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Esporte e lazer na América Latina são temas de Roda de Conversa

Professor da Universidade Federação de Minas Gerais (UFMG) Helder Isayama (Foto: Francisco Medeiros/ME)Professor da Universidade Federação de Minas Gerais (UFMG) Helder Isayama (Foto: Francisco Medeiros/ME)

A Secretaria Nacional de Esporte Lazer e Inclusão Social (Snelis) do Ministério do Esporte promoveu nesta terça-feira (03), em Brasília, uma Roda de Conversa sobre políticas públicas de lazer na América Latina, com a promoção de um diálogo entre Argentina, Brasil e Colômbia.

Voltado para servidores e parceiros dos programas da pasta, o debate foi conduzido pelo professor da Universidade Federação de Minas Gerais (UFMG) Helder Isayama. A troca de experiência foi realizada entre os professores Carlos Alberto, da Colômbia, Pablo Waichman, da Argentina e Antônio Carlos Bramante, da Universidade de Brasília UnB.

Na abertura da roda, a diretora da Snelis Andréa Ewerton fez a apresentação das iniciativas do governo brasileiro, em especial do Ministério do Esporte que nos últimos 12 anos vem ampliando o acesso da população ao esporte e ao lazer, em busca da consolidação como direito e política de estado.

“Esporte e o lazer são tratados como privilégio na América Latina. Romper o paradigma e colocar o status de direito é um desafio. Trocar experiências nos ajudará a fundamentar as nossas experiências para que a gente conquiste o status de política de estado e direito da população”, ressaltou a diretora.        

Andréa Ewerton também falou sobre os desafios da consolidação das políticas públicas. “Nós do Ministério do Esporte nos últimos 12 anos estamos fazendo efetivamente uma atuação em políticas em diversas áreas. Acreditamos que para consolidar o esporte e o lazer precisamos de investimentos nos diferentes conteúdos do lazer, nas distintas oportunidades no esporte e também nos investimentos no processo de formação, e produção de conhecimento, infraestrutura e institucionalização do esporte”, completou.

Para o professor Helder Isayama, a iniciativa é interessante e ajuda a dialogar mais com especialistas no assunto. “Aqui neste debate são três professores que eu tive contato por algum tempo e para nós é uma satisfação poder coordenar o debate com vocês”, disse.

Professor Calos Alberto compartilha experiência da Colômbia (Foto: Francisco Medeiros/ME)Professor Calos Alberto compartilha experiência da Colômbia (Foto: Francisco Medeiros/ME)

O professor Carlos Alberto, da Colômbia, mestre em Análises de programas Políticos, Econômicos e Internacionais falou como o tema é tratado no seu país. “O esporte e a recreação estão no mesmo nível complementar. No meu país existe tanto o Plano Nacional de Recreação quanto o Plano Nacional de Esporte. A recreação é um direito, uma necessidade, uma atividade vital do ser humano e uma responsabilidade institucional”, explicou.  

Breno Barros
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Espírito de união toma conta da cerimônia de encerramento dos JMPI

Foto: Roberto Castro/ MEFoto: Roberto Castro/ ME
 
Após nove dias de duração, os primeiros Jogos Mundiais dos Povos Indígenas chegaram ao fim neste sábado (31.10). A cidade de Palmas parou para ver a cerimônia de encerramento do maior evento esportivo e cultural realizado na capital tocantinense até hoje. Os conceitos de celebração, integração, respeito, diversidade e paz nortearam os Jogos. O esporte foi o elo entre os indígenas de 24 etnias nacionais e de outros 23 países, que compartilharam este e outros múltiplos aspectos de suas culturas.
 

O articulador dos Jogos, o indígena Marcos Terena, aproveitou a ocasião da festa de encerramento para agradecer ao Ministério do Esporte, ao Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), ao governo de Tocantins e à prefeitura de Palmas, parceiros do Comitê Intertribal Memória e Ciência Indígena (ITC) na realização do torneio, além dos voluntários e do público em geral.
 
Fotos: Roberto Castro/ MEFotos: Roberto Castro/ ME
 
Com o lema dos Jogos na cabeça: “O importante não é competir e sim celebrar”, as delegações mostraram o espírito de união que tomou conta do evento. Elas foram chamadas uma a uma ao centro da Arena Verde, alternando entre uma etnia brasileira e outra estrangeira. Na entrada, o mestre de cerimônia contava ao público um pouco da história e dos costumes de cada uma delas, além de destacar a atividade esportiva e cultural que aquele povo realizou durante os JMPI.
 
As diferentes modalidades praticadas durante os Jogos revelaram suas raízes no modo de vida dos indígenas. Do meio de transporte à canoagem, da caça ao arco e flecha, ou ao arremesso de lança, além da corrida e da natação necessárias a diversas atividades cotidianas. Atletas olímpicos como Allan do Carmo, da maratona aquática, e Marcus Vinícius, do tiro com arco, e paralímpico, no caso do canoísta Fernando Fernandes, foram a Palmas conhecer as origens de seus esportes.
 
 
O caminho inverso também foi traçado. Esporte mais popular do planeta, a paixão pelo futebol não escapa aos indígenas. Houve ainda modalidades milenares, em alguns casos praticadas por apenas uma determinada etnia, que tiveram seu espaço para demonstrações. Pelota maia, pelota mixteca, bola de fogo, lutas corporais como o Huka Huka, futebol de cabeça e corrida de tora foram algumas das que despertaram a curiosidade do público. Os números finais apontaram que mais de 133 mil visitantes acompanharam os JMPI.
 
Bola de fogo foi apresentada durantes os JMPI e chamou a atenção do público. (Foto: Roberto Castro/ ME)Bola de fogo foi apresentada durantes os JMPI e chamou a atenção do público. (Foto: Roberto Castro/ ME)
 
Estrutura
O estádio Nilton Santos, o ribeirão Taquaruçú Grande e a Arena Verde foram os espaços destinados às competições, e no caso do último, também a apresentações culturais, como danças e shows de música, além das cerimônias de abertura e encerramento.
 
A Oca da Sabedoria abrigou debates com estudiosos de diversas áreas, indígenas, esportistas, atores, músicos e representantes do poder público. Foram abordadas questões indígenas como demarcação de terras, soberania alimentar, meio ambiente, sustentabilidade e direitos humanos.
 
Órgãos públicos e do terceiro setor ainda apoiaram iniciativas como cursos de informática na Oca Digital, a feira de artesanato, que teve 166.980 visitas e gerou mais de R$ 656 mil em vendas, e a Feira Nacional de Agricultura Tradicional Indígena, instalada na Vila dos Jogos, e com estandes para a comercialização de produtos da agricultura familiar e do extrativismo sustentável.
 
Foto: Roberto Castro/ MEFoto: Roberto Castro/ ME
 
Os Jogos ainda contaram com a mesma estrutura de outros grandes eventos sediados pelo Brasil, como a Copa do Mundo de 2014. Foi montado para a operação de segurança um Centro Integrado de Comando e Controle fixo e outro móvel e utilizada uma Plataforma de Observação Elevada. Para garantir a proteção e promoção dos direitos humanos foram instalados na estrutura do evento espaços para a identificação de casos de violações e encaminhamento das denúncias.
 
A estrutura de saúde teve três postos, sendo duas unidades básicas e uma avançada, além de um Centro Integrado de Operações Conjuntas da Saúde (CIOCS) para monitoramento das ocorrências e assistência a população. O Ministério da Saúde repassou R$ 463 mil à Secretaria Municipal de Saúde de Palmas, para apoio no custeio de medicamentos, insumos estratégicos, profissionais, ambulâncias e outras unidades de suporte básico.
 
Com todo este aparato montado, os I JMPI deixam um legado para a cidade de Palmas, que ganhou em visibilidade e teve um movimento econômico extra, com uma injeção de aproximadamente R$ 2,5 milhões.
 

Jogos Mundiais dos Povos Indígenas - Encerramento

 
Celebração
Dos Pataxós da Bahia aos Maoris da Nova Zelândia, todos participaram do momento final dos JMPI. A seu modo, eles mostraram ao mundo a importância do povo indígena e a força da cultura representada nos trajes, pinturas, cocares, adereços, música e outras manifestações.
 
A importância do fogo foi destacada com o acendimento da pira e com a entrada dos indígenas da etnia Terena, de Mato Grosso. Naquele momento, o público que lotou as arquibancadas da Arena Verde recebe uma mensagem: o locutor pede a todos que deixem seus corações incendiarem de amor, força e paz.
 
Uma cascata de fogos invade o céu de Palmas e um texto aparece: “Novas sementes foram plantadas em Palmas. Nós fizemos história e uma nova jornada nos espera no Canadá: os Jogos Mundiais dos Povos Indígenas 2017”. 
 

Jogos Mundiais dos Povos Indígenas

 
 
Cleide Passos, de Palmas

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JMPI supera expectativas e recebe mais de 104 mil visitantes em Palmas

Foto: Roberto Castro/ MEFoto: Roberto Castro/ ME
 
A primeira edição dos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas (JMPI) registrou 104.856 visitas até esta sexta-feira (30.10), o que corresponde a uma média de 13 mil pessoas diariamente. Entre sábado (24.10) e ontem, período em que foram realizadas as atividades esportivas e culturais na Arena Verde, o número alcançou 99,4 mil, o que significa uma média de visitas superior a 14 mil por dia.
 
Somente a Arena Verde, local de provas esportivas e apresentações culturais, recebeu nos últimos sete dias 51.492 visitantes, numa média de 7,3 mil pessoas por dia. A maior movimentação nos JMPI foi na sexta (30.10), com 20,7 mil visitantes. Já o público recorde da Arena Verde foi registrado na quinta-feira (29.10), com 9,4 mil espectadores.
 
“A nossa expectativa no começo do projeto era atingir 100 mil pessoas durante o evento. Já ultrapassamos esse número. O público chegou aqui e ficou maravilhado com a feira de artesanato, a Oca da Sabedoria e os esportes. Incluímos também o papel da imprensa internacional que cobriu o evento e os cerca de 1,7 mil indígenas que participaram dos Jogos”, analisou Luiz Lobo, diretor executivo do Comitê Organizador do JMPI 2015.
 
Foto: Roberto Castro/ MEFoto: Roberto Castro/ ME
 
A primeira edição dos Jogos Mundiais contou com a presença de 1.129 indígenas nacionais de 24 etnias, além de 566 indígenas internacionais da Argentina, Bolívia, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Estados Unidos, Etiópia, Filipinas, Finlândia, Gâmbia, Guatemala, Guiana Francesa, México, Mongólia, Nicarágua, Nova Zelândia, Panamá, Paquistão, Paraguai, Peru, Rússia e Uruguai.
 
Para o ministro do Esporte, George Hilton, o resultado mostra que a cidade se preparou para receber os estrangeiros e os turistas de todo o país durante o evento. “Acertamos pela escolha da cidade de Palmas, que une o pantanal ao norte do país, onde existe a maior concentração de comunidades indígenas. A presença da presidenta Dilma Rousseff na abertura dos Jogos mostra que o governo apoiou a realização do evento desde o começo. Foi uma parceria que deu certo”, disse.
 
Marcos Terena, presidente do Comitê Intertribal Memória e Ciência Indígena (ITC), acrescentou que os números indicam que a missão foi cumprida. “Os Jogos atenderam totalmente as nossas expectativas como indígena. Nós deixamos um grande legado patrimonial, cultural e desportivo para a cidade de Palmas. Além dos recursos econômicos trazidos pelos estrangeiros durante os nove dias em Palmas e a geração de empregos na cidade”, analisou.
 
Fotos: Francisco Medeiros e Roberto Castro/ MEFotos: Francisco Medeiros e Roberto Castro/ ME
 
O evento ganhou a atenção do mundo, com cerca de 300 jornalistas credenciados, de 21 países, como Itália, França, China, Chile, Inglaterra, EUA, Alemanha, Japão, México, entre outros.
 
Para o prefeito de Palmas, Carlos Amastha, o projeto dos Jogos foi executado com perfeição. “Superou todas as expectativas. Precisávamos colocar Palmas de maneira positiva nas primeiras páginas de todo o mundo”, disse ao acrescentar que foram injetados até agora na economia local aproximadamente R$ 2,5 milhões.
 
“Deixamos um legado bacana, com um histórico de evento que demonstrou para o mundo que o Brasil é capaz de realizar. Depois da Copa do Mundo, e no caminho para receber a Olimpíada, fazer um evento desse porte nos deixa mais preparado para realizar outros grandes eventos”, finalizou Lobo.
 

Jogos Mundiais dos Povos Indígenas

 
 
Breno Barros e Cynthia Ribeiro, de Palmas

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Na água, na rua, no campo, confira um balanço das finais dos JMPI

O último dia de competições dos Jogos Mundiais Indígenas reservou disputas nas águas, nas ruas de Palmas e na Arena Verde, com provas de canoagem e corrida. Na sexta-feira (30.10) haviam sido definidas as finais do futebol e da natação. Confira como foram as decisões:
 
Foto: Roberto Castro/ MEFoto: Roberto Castro/ ME
 
Canoagem
O Ribeirão Taquaruçú Grande recebeu neste sábado (31.10) as semifinais e a final da canoagem. Após cinco baterias preliminares, seis etnias se classificaram para a decisão: Cocama (Colômbia), Emberá e Wounaan (ambas do Panamá), Kamayurá e Riksbaktsa, as duas de Mato Grosso, e Matis, do Amazonas.
 
Em prova acirrada, os Emberá cruzaram a linha de chegada em primeiro, seguidos de seus conterrâneos Wounaan e do povo Kamayurá. Tripulante da canoa campeã, Clímaco Tojirama comemorou bastante o título.
 
“Estamos muito satisfeitos por ter vencido na canoagem. Parabenizo o Brasil que nos trouxe até aqui e felicito a nossos outros companheiros do Panamá, que chegaram em segundo. No dia de hoje, dou graças por ter aberto uma porta aqui no Brasil. Seguimos em frente, lutando para representar nosso país”, afirmou.
 
Foto: Roberto Castro/MEFoto: Roberto Castro/ME
 
Natação
Na natação masculina, 68 atletas tiveram que completar um percurso de 500m. Ao final, o guerreiro Joprytohahke, do povo Gavião, cruzou a linha de chegada na primeira colocação, com o tempo de 5min39s. O segundo colocado foi Otu Kuikuro, com 5min40s, seguindo por Joilson Rikbaktsa, com 5min42s.
 
A bateria feminina mostrou que o domínio da prova estava nas braçadas do povo Gavião. Com 55 participantes, a natação entre as mulheres foi vencida por Amkrokwyi Gavião, em 7min09s, também no percurso de 500m. O segundo lugar também ficou com os Gavião, com a guerreira Tukwêre cruzando a linha de chegada em 7min16s. O terceiro posto foi da panamenha Mitzany Conde, com 7min19s.
 
“Foi uma prova cansativa, mas estou muito feliz em ter levado a vitória para a minha aldeia. Quero agradecer aos parentes que vieram assistir e que me deram força para chegar à frente”, disse a guerreira vencedora do povo Gavião.
 
Foto: Roberto Castro/MEFoto: Roberto Castro/ME
 
Futebol
A torcida brasileira encheu o Estádio Nilton Santos para apoiar os dois times do povo Xerente, que representaram o país nas decisões do torneio de futebol masculino e feminino. A emoção foi ainda maior porque os títulos foram definidos nos pênaltis: o Canadá ganhou entre as mulheres, enquanto os Xerente venceram a Bolívia entre os homens.
 
As finais foram disputadas em dois tempos de 40 minutos. A primeira partida da noite desta sexta-feira (30.10) foi o confronto feminino entre as Xerente e o Canadá. O jogo ficou empatado em 0x0 no tempo regulamentar. Nos pênaltis, a seleção feminina de futebol canadense levou o título ao anotar 3x1.
 
No masculino o povo Xerente mostrou a força do jogo indígena do país do futebol. Após empate por 2x2 no tempo regulamentar contra a equipe da Bolívia, os brasileiros garantiram o título com uma vitória por 3x2 nos pênaltis.
 
Fotos: Francisco Medeiros/ MEFotos: Francisco Medeiros/ ME
 
Corrida
Com os pés descalços, sandálias ou tênis. A diversidade de indígenas que percorreram a prova de corrida de rua também era vista na forma como cada povo encarou a competição. Cerca de 500 atletas, entre homens e mulheres, de diferentes etnias, correram por Palmas na manhã deste sábado (31.10).
 
O percurso foi de 8,4 km, que iniciou e se encerrou na arena central dos Jogos. Demorou 29 minutos para que o primeiro atleta cruzasse a linha de chegada, o canadense Rilee Emmitt. O povo mexicano também fez a festa na prova masculina. Mateo Gonzalez e Silvino Cubesare chegaram em segundo e terceiro lugares, respectivamente.
 
“Eu adorei participar dos Jogos Mundiais. É uma oportunidade conhecer povos de diferentes países. Pude apresentar e celebrar a vida, além de ficar muito feliz com a minha participação na corrida. Vou voltar para minha casa contente”, disse Emmitt.
 
A festa continuou na prova das mulheres. A peruana Pillar Villogas chegou na frente, seguida pela canadense Lannie Houk e pela brasileira Rayani, do povo Karajá.
 
Fotos: Francisco Medeiros e Roberto Castro/ MEFotos: Francisco Medeiros e Roberto Castro/ ME
 

» Confira o álbum completo de fotos (com opção de download em alta resolução)

» Acompanhe a cobertura completa pelo site: www.jmpi2015.gov.br

Jogos Mundiais dos Povos Indígenas

 
Breno Barros, Emília Andrade e Pedro Ramos, de Palmas

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Canadá e brasileiras do povo Xerente vão disputar o título do futebol feminino nesta sexta

Jogadoras Xerente comemoram classificação à final. (Foto: Francisco Medeiros/ ME)Jogadoras Xerente comemoram classificação à final. (Foto: Francisco Medeiros/ ME)

As duas seleções finalistas do futebol feminino foram definidas após a disputa das semifinais, que ocorreram na manhã desta quinta-feira (29.10). Por 4 x 2, em cima das meninas do povo Tapirapé, as Xerente conquistaram a primeira vaga. As canadenses levaram a melhor sobre as Guarani Kaiowá, pelo mesmo placar, e também avançaram para a decisão. A final será nesta sexta-feira (30.10), às 19h30, no Estádio Nilton Santos.

Na primeira partida, disputada no campo de futebol da Ulbra, às 7h30, a torcida do povo Xerente protagonizou uma animada festa nas arquibancadas, como de costume nos Jogos Mundiais. Ao apito final do juiz, consagrando a vitória, toda a turma invadiu o campo para comemorar com elas.

Em seguida, às 8h45, foi a vez das garotas do Nifa Canadá. Apesar do forte calor, elas não tiveram dificuldade em superar as oponentes Guarani. A jogadora canadense Winonna foi o destaque da partida: “Estaremos em campo amanhã à noite para a grande final e esperamos voltar para casa com o primeiro lugar. Estamos caminhando para isso”, disse a atleta, autora de dois gols.

Winonna, camisa 21, anota dois gols e coloca Canadá na decisão. (Foto: Francisco Medeiros/ ME)Winonna, camisa 21, anota dois gols e coloca Canadá na decisão. (Foto: Francisco Medeiros/ ME)

O Canadá é uma seleção bastante forte e conquistou torcida em Palmas. “É incrível, tem muita gente que se aproxima para contar que está torcendo por nós. Isso é muito legal!”, observou Winonna.

Para o assistente técnico da seleção canadense, William Edward Wasden, os Jogos Mundiais Indígenas são muito importantes por causa do estilo de vida de cada uma das etnias. “Aqui trabalhando juntos, convivemos uns com os outros. Não se trata apenas de competir, de jogar o jogo. Trata-se de desenvolver o caráter e o estilo de vida".

As meninas do Nifa Canadá (Associação Nacional de Futebol Indígena, na sigla em inglês) têm em média 19 anos. Parte das integrantes são da costa oeste da Colúmbia Britânica e algumas delas são Mohawk.

Jogos Mundiais dos Povos Indígenas - Futebol Feminino

Emília Andrade, de Palmas
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Etnias estrangeiras têm contato com a canoagem indígena brasileira durante os JMPI

Foto: Roberto Castro/ MEFoto: Roberto Castro/ ME

A canoagem indígena, utilizada pelas diferentes etnias nacionais como veículo de locomoção, é também o único esporte de identidade cultural do Brasil reconhecido oficialmente por uma entidade esportiva, no caso, a Confederação Brasileira de Canoagem (CBCa). Para aproximar os povos estrangeiros à cultura da modalidade, indígenas do México, Guiana Francesa, Colômbia, Finlândia, Nova Zelândia, Canadá, além de povos brasileiros sem tradição na prática, entraram na água e fizeram o reconhecimento do equipamento e do ribeirão Taquaruçu Grande, que receberá as competições na sexta-feira (30.10).

Foram fabricadas 20 canoas especialmente para as disputas dos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas, com 5,5 metros e aproximadamente 55kg, com tamanhos e pesos iguais. Para cada uma delas, a organização do evento fará a reposição ambiental de dez mudas de andirobeira. “Cada uma tem nome e pinturas próprias, para ter identidade única. Elas são joias e não haverá outras iguais. As canoas foram fabricadas por um conselho de nove engenheiros de povos diferentes, que projetaram o equipamento especialmente para os Jogos Mundiais”, explicou Carlos Gouveia, integrante do ITC (Comitê Intertribal).

Mas com quantos paus se faz uma canoa? O pesquisador Evaldo Malato explica que toda a construção é artesanal, com a derrubada da árvore, o corte, a retirada das medidas, a fase da queima – onde fica quase dois dias em cima do fogo –, até esculpir. O processo demora de 15 dias a um mês.

A canoa dos Jogos Mundiais foi fabricada com tronco de árvore da madeira de cedro-arana. O equipamento conta com selo verde, certificado pelo Ibama. “Quando os Jogos terminarem, dez canoas continuarão nas mãos da organização para que sejam utilizadas nas próximas edições do evento. Assim, não precisaremos derrubar novas árvores para fazer as canoas”, revelou Carlos Gouveia.

Fotos: Francisco Medeiros/ MEFotos: Francisco Medeiros/ ME

O pesquisador Malato acrescenta que a canoa é parte importante da cultura dos povos brasileiros. “Quando os portugueses chegaram ao Brasil já avistaram os indígenas em suas canoas. A canoa é o veículo de locomoção que supre as necessidades, como carregar compras e levar para outras comunidades”, disse.

Para alguns indígenas foi a primeira vez que experimentaram a canoa dos povos brasileiros. Os uruguaios, por exemplo, deixaram a água entrar diversas vezes, virando a canoa no rio. Durante o reconhecimento do equipamento, teve também representante de etnia brasileira que não tem tradição na prática, como o Jairton Kaingang do Paraná, 24 anos. “Quando fiquei sabendo que teria a prova da canoa, eu me inscrevi, pois nunca tinha entrado em uma canoa dessa, pequena. Temos na aldeia somente uma canoa grande”, afirmou.

Allan do Carmo (esq.) e Fernando Fernandes compartilham experiência em Palmas. (Foto: Francisco Medeiros/ ME)Allan do Carmo (esq.) e Fernando Fernandes compartilham experiência em Palmas. (Foto: Francisco Medeiros/ ME)Campeões na água

O tetracampeão mundial de paracanoagem Fernando Fernandes também apareceu nas margens do ribeirão Taquaruçu Grande. O atleta ficou fascinado ao observar como o esporte é tratado pelos indígenas. “Vim para cá para conhecer as raízes do meu esporte. Está sendo uma experiência fantástica. Na última semana passei cinco dias na aldeia do povo Javaé, em Tocantins. Foi uma troca de experiência incrível. Levei o meu caiaque e eles experimentaram e enfrentaram um pouco de dificuldade, porque é bem estreito. São esportes diferentes”, ressaltou.

Outro atleta que conferiu os preparativos para o início das disputas na água dos JMPI foi Allan do Carmo, recém chegado da última etapa da Copa do Mundo de Maratonas Aquáticas da Federação Internacional de Natação (FINA) de 2015, na qual garantiu o vice-campeonato da atual temporada.

Allan, campeão mundial em 2014, destacou a importância da realização da primeira edição mundial dos Jogos em solo brasileiro. “É muito bacana. A gente começou dos índios, principalmente lá na Bahia. É uma coisa forte para mim, que sou baiano. É a congregação, a união dos povos. É um feito importante, que a gente espera que tenha continuidade. Fico feliz por participar deste momento histórico. É onde tudo começou, todos nós somos indígenas”, afirmou.

O atleta olímpico valorizou ainda a oportunidade de entrar em contato com as raízes do seu esporte. “A maratona aquática vem muito disso aqui. Era o pessoal que saía para pescar, que saía para nadar. Depois vai virando esporte, a natação começa disso aqui. Realmente é a origem do meu esporte, vou estar compartilhando um pouquinho aqui com eles, ver como é que eles nadam”, disse.

Jogos Mundiais dos Povos Indígenas - Canoagem

Breno Barros e Pedro Oliveira, de Palmas

Ascom - Ministério do Esporte
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Snelis promoverá encontro sobre política de lazer na América Latina

A Secretaria Nacional de Esporte, Educação, Lazer e Inclusão Social (Snelis) promove, no próximo dia 3 de novembro, a Roda de Conversas sobre Políticas de Lazer no Brasil e na América Latina. O evento é uma iniciativa do programa Rede Cedes, em parceria com o Laboratório de Pesquisa sobre Gestão do Esporte (Gesporte) da Faculdade de Educação Física da Universidade de Brasília (FEF/ UnB).

A Roda de Conversa antecede o 27º Encontro Nacional de Recreação e Lazer, que começa no dia 4 e vai até 6 de novembro, com participação de especialistas, estudantes e todos os interessados em Educação Física, Recreação e Lazer, no Estádio Mané Garrincha, em Brasília.

»Serviço - Roda de Conversas sobre lazer no Brasil e na América Latina

Participações confirmadas: professores Carlos Alberto Rico ( Colômbia), Paulo Waichman (Argentina), Antônio Carlos Bramante e Helder Isayama (Brasil)

Data: 3 de novembro (confirmar presença até 28.10 pelo e-mail: O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.)

Horário: das 9h às 12h

Local: Auditório do terreno do DNIT, SAN Quadra 3, Bloco A , Via L2 Norte – Asa Norte – Brasília - DF

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Aldeia Xerente terá primeira Vila do Esporte do país

Durante visita à Aldeia Funil, do povo Xerente, distante 80 km de Palmas, o ministro do Esporte, George Hilton, anunciou, neste domingo (25.10), a construção da primeira Vila do Esporte do Brasil no local. Será um espaço coberto, com 3,5 mil m², poliesportivo, com academia ao ar livre e uma pista de caminhada.
 
Segundo o ministro, o complexo na comunidade Xerente será um projeto-piloto a ser estendido por todo o país. “Neste espaço, poderá ser feita a iniciação esportiva de crianças e a formação de futuros atletas que participarão dos Jogos Indígenas”, disse.
 
No começo da visita, George Hilton assistiu à chegada de uma corrida de tora na aldeia. O ministro também jogou futebol com os indígenas, entre homens, mulheres e crianças. A modalidade é a mais praticada pelos integrantes da aldeia. Ele ainda dançou a tradicional “Lá de Cá”, em que os homens ficam de um lado e as mulheres, do outro, ao som da canção Xerente: “Venha pra cá, hoje é o nosso dia.”
 
Fotos: Francisco Medeiros/ MEFotos: Francisco Medeiros/ ME
 
O professor indígena Rogério Xerente falou ao ministro sobre as necessidades do povo da aldeia, das crianças e jovens, e como os mantêm afastados do álcool e das drogas ilícitas. Por sua vez, a secretária de Assuntos Indígenas de Tocantínia (TO), município em que estão situadas as sete aldeias dos Xerentes, comemorou o anúncio, que arrancou gritos e aplausos do público presente.
 
“O esporte é importante, porque jogamos um futebol tradicional. A droga não entrou aqui e a cachaça está afastada dos jovens. Manter esses vícios afastados é muito importante para a saúde. Quanto mais praticarmos esporte, será melhor, porque é um modo de afastar o mal”, ressaltou Vanessa Xerente.
 

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Emília Andrade, de Palmas

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Do tiro com arco para o arco e flecha: atleta olímpico experimenta prática indígena nos JMPI

 
Para muitas pessoas o arco e flecha e o tiro com arco são a mesma coisa. No entanto, na cultura indígena a ferramenta é um dos símbolos dos povos brasileiros e no esporte é uma das modalidades que faz parte dos Jogos Olímpicos. O atleta Marcus Vinicius D'Almeida, 17 anos, principal nome do tiro com arco nacional, esteve neste sábado (24.10) na sede dos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas, em Palmas, e teve contato direto com a cultura milenar. Ele ainda explicou as diferenças e experimentou a prática que antecedeu o seu esporte.
 
As semelhanças entre as duas atividades ficam somente no conceito de atirar. Na tradição indígena, o arco e flecha era, fundamentalmente, uma ferramenta de caça. Timbira Pataxó, que apresentou o arco indígena ao atleta, explicou a cultura. “Hoje, o nosso arco e flecha é mais para competir dentro da aldeia. Antigamente, o povo Pataxó era muito caçador, mas hoje temos a visão de preservar a natureza”, disse.
 
Fotos: Roberto Castro/ MEFotos: Roberto Castro/ ME
 
O arco e flecha conta com diferentes formatos e tamanhos, dependendo do povo. É feito basicamente de madeira trabalhada, com cordel e flecha de bambu ou madeira mais resistente, com a ponta de osso. Já o equipamento olímpico é aerodinâmico, preciso, com ponta de aço e flecha de carbono.
 
“Eu acho muito importante a realização desse evento. Ele vai servir também para mostrar as diferenças entre o arco e flecha e o tiro com arco. O meu esporte é profissional e o arco e flecha é da cultura indígena. Temos muito o que aprender com os povos. Os indígenas praticam há muito tempo a arte da flecha e espero trocar experiências aqui em Palmas. É interessante ver a diversidade de arcos que existe”, conta Marcus Vinicius.
 
Foto: Roberto Castro/ MEFoto: Roberto Castro/ ME
 
Contemplado com a Bolsa Pódio do Ministério do Esporte, o jovem atleta é o principal nome do tiro com arco brasileiro e buscará um pódio inédito nos Jogos Olímpicos do Rio 2016. No início do ano, ele teve contato direto com a tradição do arco e flecha, quando morou com os arqueiros indígenas Dream Braga e Gustavo Santos por três meses. Na oportunidade, eles faziam parte da equipe nacional do tiro com arco.
 
“Eles viraram arqueiros profissionais. O esporte profissional contribuiu muito para a técnica do Dream e do Gustavo. Se eles voltarem para a mata novamente, eles vão ver que a pontaria ficou melhor”, contou Vinícius.
 
 
Breno Barros, de Palmas

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Crianças celebram integração entre povos na Feira Mundial de Artesanato

Foto: Francisco Medeiros/ MEFoto: Francisco Medeiros/ ME
 
Um simples gesto na área central da Feira Mundial de Artesanato Indígena simbolizou a igualdade entre os povos. Cinco crianças mostraram que são iguais nas diferenças. Toynáwa, Mytwirá e Sahya, do povo Assurini, do Pará, trocaram com Matheus Santana e Valentina Santana, moradores de Palmas, objetos universais na infância: os brinquedos. Os indígenas presentearam com o rabinho e o ovo de jabuti (pequena bola) – feitos com palha de buriti –, e receberam em troca duas bolas de futebol e uma boneca de pano. O gesto marcou a abertura da exposição cultural para o público que visita os Jogos Mundiais dos Povos Indígenas.
 
O espaço também recebeu o pajé Dorival, do povo Javaé. Ele realizou um ritual da etnia, que celebra felicidade, comunhão e união dos povos. Em seguida, fez uma apresentação de dança para festejar e abençoar a Feira Mundial durante os dias de exposição.
 
Os rituais foram acompanhados pelo ministro do Esporte, George Hilton, neste sábado (24.10). O espaço, destinado para celebrar a integração e a valorização da arte e da cultura mundiais, recebeu somente na manhã do primeiro dia de funcionamento, mais de 2,7 mil pessoas.
 
Ministro do Esporte visita Feira Mundial de Artesanato Indígena, que conta com 44 expositores. (Foto: Roberto Castro/ ME)Ministro do Esporte visita Feira Mundial de Artesanato Indígena, que conta com 44 expositores. (Foto: Roberto Castro/ ME)
 
Acompanhado do gerente regional do Sebrae, Magvan Souza, e do representante do Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), Carlos Benitez, o ministro George Hilton visitou os expositores.
 
“O Sebrae tem know-how em fazer grandes eventos, sempre mostrando o lado bom da cultura, artesanato e gastronomia. A cultura indígena é rica. A nossa origem faz parte da nossa história e vai fazer parte do futuro. Ou seja, nós queremos preservar e assegurar que, por meio do esporte, outras reinvindicações que a comunidade indígena tenha alcancem eco”, disse Hilton.
 
A Feira Mundial de Artesanato Indígena conta com 44 expositores. A arte indígena tem como matéria-prima elementos da natureza, entre eles madeira, palhas, cipós, ossos, couros, pedras, plumas e tintas. O espaço é destinado a demonstrar, divulgar, fortalecer e comercializar o artesanato das diferentes etnias.
 
George Hilton falou também que o esporte tem papel importantes em todas as culturas. “O esporte tem o espírito de integrar as pessoas, celebrar a paz e a cooperação. Cada disputa mostra a necessidade do jogo limpo. São valores que o esporte passa a transferir, não somente para a comunidade indígena, mas para todo cidadão”, disse.
 
 
Breno Barros, de Palmas

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Jogos Mundiais dos Povos Indígenas são abertos em Palmas

 

A cidade de Palmas viveu um momento único em sua história. Nesta sexta-feira (23.10), um espetáculo de luz, cor e muita alegria tomou conta da Arena Green, que recebe a primeira edição dos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas. Na presença da presidenta da República, Dilma Rousseff, do ministro do Esporte, George Hilton, delegações indígenas nacionais e internacionais e demais autoridades, o presidente do Comitê Intertribal Memória e Ciência Indígena (ITC), Marcos Terena, agradeceu a vida, a chuva e a todos os presentes ao declarar abertos os Jogos Mundiais.
 
Foto: Roberto Castro/ MEFoto: Roberto Castro/ ME
 
Em seguida, Marcos convidou o líder indígena canadense Willie Little Child a ler uma mensagem enviada pelo secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Bank-Moom. Nela, o líder da ONU afirmava estar muito feliz e oferecia boas vindas a todos, pois para ele, os Jogos eram um evento incrível para promover o respeito e a paz. “Considero esta oportunidade uma forma de os governos avançarem nos direitos humanos e programas de todos os níveis. Agradeço ao governo brasileiro e ao ITC a conclamar os governos a promover a paz no mundo”, concluiu.
 
Fotos: Roberto Castro/ MEFotos: Roberto Castro/ ME
 
Como defensora das causas indígenas, a madrinha dos Jogos Mundiais, a cantora Margareth Menezes, saudou todas as nações indígenas do mundo, e ressaltou: “Nesse momento em que a humanidade tem tantas demandas de guerras, estamos em um evento que busca a paz e a integração. O que eles pleiteiam é a oportunidade daquele lugar em que eles possam viver e desenvolver todas as suas necessidades, principalmente os mais jovens”. E para alegria da nação indígena e de todos os presentes Margareth cantou a música "Um Índio" de Caetano Veloso.
 
Aproveitando a oportunidade, Marcos Terena mandou um recado aos presentes: "Os povos indígenas nunca foram derrotados, nós sempre respeitamos o direito do outro e a mãe Terra, as questões climáticas, os direitos da mulher, da criança, e dos mais velhos. Nas aldeias a dignidade das pessoas tem de ser respeitada desde o nascimento até a morte".
 
Fotos: Roberto Castro/ MEFotos: Roberto Castro/ ME
 
Os Jogos Mundiais são realizados pelo ITC, com a parceria do governo federal, da prefeitura de Palmas, do governo de Tocantins e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). Sua concepção foi construída com a participação de lideranças indígenas, da sociedade civil e de instâncias governamentais.
 
O evento será realizado na Vila dos Jogos, complexo esportivo adaptado às necessidades específicas das modalidades, que oferece ampla programação para o desenvolvimento de atividades das comunidades. Acontecerão competições também no Estádio Nilton Santos, em campos de futebol da cidade e no Rio Tocantins. O investimento do Ministério do Esporte nos JMPI inclui acordo de cooperação de US$ 13 milhões com o Pnud e convênio de R$ 4,2 milhões com a prefeitura.
 

Jogos Mundiais dos Povos Indígenas - Abertura

 

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Cleide Passos, de Palmas

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