Ministério do Esporte De volta aos treinos, Sérgio Sasaki sonha com a equipe de ginástica no Rio 2016
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De volta aos treinos, Sérgio Sasaki sonha com a equipe de ginástica no Rio 2016

Nos últimos seis meses, Sérgio Sasaki deixou de fazer o que mais gosta: representar o país em competições de ginástica artística. Após operar o joelho direito, em janeiro, o atleta encara a fase final da recuperação para representar o Brasil no Campeonato Mundial de Glasgow, em outubro, na Escócia. Focado, o ginasta dedica 100% do seu tempo para defender a seleção brasileira – ele deixou de representar agremiações esportivas e treina integralmente no CT de Ginástica no Rio de Janeiro.

Sasaki é o brasileiro mais completo na ginástica. Ele compete no individual geral e é uma das peças-chave na prova por equipes, em que os atletas têm que enfrentar os aparelhos de solo, cavalo, argolas, saltos, barras paralelas e barra fixa. O paulista fez história ao se tornar o primeiro representante do país a chegar a uma final no individual geral nos Jogos Olímpicos, em Londres 2012.

O atleta visitou nesta quarta-feira (01.07) o Ministério do Esporte, em Brasília, conheceu os departamentos técnicos e se reuniu com o secretário Nacional de Esporte de Alto Rendimento do Ministério do Esporte, Carlos Geraldo Santana de Oliveira. O ginasta falou sobre a recuperação da lesão, o sonho olímpico e a nova estrutura que possibilita aos brasileiros competirem de igual para igual com os melhores do mundo.

A seguir, veja a íntegra da entrevista:

Fotos: Roberto Castro/MEFotos: Roberto Castro/ME


Recuperação
Antes, eu somente subia no aparelho. Agora, faço como nas competições, um treino mais específico para os eventos. Atualmente, os trabalhos estão com um volume maior. Treinei muito tempo a parte superior e isso melhorou o meu desempenho nos aparelhos de braço.

Já estou em um ritmo bom e, voltando integralmente aos treinos, vamos ver se a perna realmente está forte. Acredito que no fim do mês já possa voltar. Estou fazendo algumas coisas de cama elástica e isso acaba fortalecendo a perna, mas ainda não é o solo mesmo. Treinar quatro aparelhos ajudou um pouco para analisar, pois se a lesão fosse no braço teria sido pior. A recuperação está mais rápida do que imaginei.  

Ausência no Pan 2015
Eu gosto de competir, ainda mais nos eventos importantes como Mundial, Jogos Pan-Americanos e Olimpíadas. Ficar de fora é frustrante. Toda a base da equipe que vai para o Mundial vai para Toronto, menos eu. Fico mais tranquilo porque a minha ausência é por uma questão de lesão. Se fosse uma questão técnica eu ficaria preocupado.

Conjunto brasileiro
Queremos classificar o conjunto brasileiro para os Jogos do Rio 2016.  Nós nunca tivemos uma oportunidade como agora. Claro que existe uma pressão boa, não chega a ser uma coisa preocupante. Ter ficado em sexto por equipe no Mundial de 2014 deu uma luz gigantesca para a gente. Antes, nós tínhamos ficado em 13º e saltamos para o sexto lugar. Isto assustou um pouco a gente e mostrou que melhoramos bastante.

Importância na equipe
Claro que eu tenho uma porcentagem maior na prova por equipe porque faço os seis aparelhos. Mas não posso pensar que tenho que resolver. Pelo contrário, todos são importantes para a formação da equipe. A ginástica, por mais que seja em equipe, é definida por detalhe e todos têm importância.

Classificação para 2016
Se o país ficar entre os oito colocados no Mundial de 2015, nós garantiremos a classificação por equipes e não iremos competir no evento-teste. Se ficarmos entre nono e 16º, competiremos no evento-teste, que acontece de março a abril, como se fosse uma repescagem para entrar mais quatro equipes para os Jogos Olímpicos.

Então, disputar essa competição compromete o calendário de treinamento, pois não vamos ter férias, treinando de um Mundial até o outro. Isso desgasta e influencia nas Olimpíadas. Nós queremos a classificação entre os oito agora e a chance é bem real.

Bolsa-Atleta
Comecei a receber a Bolsa-Atleta aos 16 anos. O que me manteve no esporte foi a Bolsa-Atleta. Eu treinava em São Bernardo do Campo, no interior de São Paulo, que hoje tem um ginásio muito bom, mas antigamente não recebia nada, não pagava o atleta. Eu treinava porque gostava.

Com o auxilio do Bolsa-Atleta, eu pagava a minha condução, alimentação, conseguia comprar os protetores e ajudava a minha família. Comecei a receber como nacional, um ano depois fui para o internacional.

É um benefício que ajuda bastante, pois sabíamos que pagava em dia. Naquela época não tínhamos estrutura e a Bolsa-Atleta complementava a renda.

A Bolsa é um grande estímulo para os esportivas. Os atletas que estão começando já querem ganhar destaque nacionalmente para ter o benefício. Ao acompanhar todo o processo e ver o Bolsa Pódio, percebemos que todo o esforço é recompensado.

Investimento na ginástica
Hoje estamos competindo de igual para igual com a galera lá de fora. Acredito que o que tínhamos de deficiência era a estrutura. Agora, nós temos o material humano e a estrutura. Um país gigante como o Brasil tem atletas e potencial de formar atletas. O que faltava era a estrutura. Acredito que com os profissionais nos Centros de Treinamento, a base vai formar muitos campeões.

A ginástica não é de um dia para o outro e vai demorar para começar a formar os atletas, mas para um trabalho para os Jogos de 2020 e 2024. Nós queremos aproximar das potências e ficar no G-5 sempre.

Legado Olímpico
Temos grandes atletas para os próximos Jogos, como o Ângelo, que para 2016 é muito novo, mas é um nome para 2020. Há outros atletas que sabemos que tem um futuro na seleção. Eu quero estar em Tóquio em 2020. Com a aparelhagem nova, acaba amenizando as dificuldades e treinamos mais coisas novas. Você se sente mais confortável para inovar nos treinos. Temos uma equipe boa para continuar esse trabalho.

Breno Barros
Ascom - Ministério do Esporte
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