Ministério do Esporte Alan Fonteles fatura ouro em Open de Atletismo de São Paulo
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Alan Fonteles fatura ouro em Open de Atletismo de São Paulo

O velocista paraolímpico brasileiro Alan Fonteles teve uma semana complicada. Mas depois de superar obstáculos e vencer os 100m (na classe T44) no Open Internacional Caixa Loterias de Atletismo, que começou nesta quinta (23.04), no Ibirapuera, em São Paulo, o recordista mundial da prova fez questão de bradar: “Estou de volta!”

No domingo (19.04), o atleta, medalha de ouro em Londres 2012 nos 200m, não pôde participar do Desafio Mano a Mano, no Rio de Janeiro, por causa de um problema na válvula de sua prótese. Acabou vendo o norte-americano Richard Browne vencer na capital carioca.

Alan Fonteles (à esq.) diz que está de volta. (Foto: Divulgação CPB)Alan Fonteles (à esq.) diz que está de volta. (Foto: Divulgação CPB)Para participar do Open Internacional Caixa Loterias de Atletismo, Alan precisou correr contra o tempo. “Não corri no Mano a Mano pelo problema da prótese. Fui segunda-feira (20.04) para Porto Alegre, voltei a treinar na terça e deu o mesmo problema. Voltei ontem (22.04) para Porto Alegre, fiz o novo encaixe, tive que fazer tudo de novo às pressas para estar aqui hoje correndo”, explicou.

O esforço, no entanto, deu resultado e, em sua primeira competição oficial no ano, Alan não apenas conseguiu baixar o tempo em relação ao que vinha marcando, como sentiu-se bem nas duas vezes em que entrou na pista do Ibirapuera. A primeira foi nas eliminatórias, quando cravou 11s, e a segunda na final dos 100m T44, em que, mesmo com o tempo de 11s33, ficou com a medalha de ouro, à frente dos também brasileiros Renato Nunes, em segundo, e André de Oliveira, terceiro.

Alan volta à pista nesta sexta-feira (24.04), para disputar os 200m. A competição, que também inclui provas de natação, vai até sábado (25.04). São 597 competidores, de 24 países. Um recorde desde que o evento foi realizado pela primeira vez, em 2011.

Para Fonteles, contemplado com a Bolsa Pódio do Ministério do Esporte, o primeiro dia já valeu. “A expectativa é ir crescendo aos poucos, ir melhorando aos poucos. Esse ano eu corri 11s15 há duas semanas. Então, o tempo está indo bem, estou diminuindo. A tendência e a expectativa é estar pronto no Campeonato Mundial”, projeta, referindo-se à competição que será disputada em outubro, em Doha, no Catar. O recorde mundial de Alan é 10s57.

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“O meu objetivo é o Mundial e o Parapan-Americano (em Toronto, em agosto). Mas, para ser sincero, o Mundial me interessa mais. Claro que o Pan é uma grande competição, participei em 2011 e tenho uma meta de ser campeão pan-americano, o que ainda não sou. Mas a meta principal é o Mundial”, explicou.

O planejamento de Alan é chegar a Doha na melhor forma possível. “A minha velocidade, claro, não está 100%, mas está voltando aos poucos, e a força também. É ir treinando que nas principais competições eu vou estar bem. Estou treinando o dobro para poder chegar o mais rápido possível à melhor forma. Estou trabalhando muito a largada. Nos segundos 50m, sou muito forte, mas ali na pista tem uma série de coisas para acertar”.

Mesmo admitindo estar acima do peso ideal, Fonteles garante não se preocupar com isso. “Eu estou treinando com uma sobrecarga, então para mim vai ser melhor ainda. De uma certa forma, está me ajudando, porque quando eu secar de vez, vou ter mais massa muscular, mais massa magra e vou conseguir correr. Mas não adianta apressar agora, é aos poucos que vai acontecendo. Não posso trabalhar em cima de peso, tenho que trabalhar no meu treino, em cima do que estou fazendo diariamente. Claro que o peso pode interferir, mas se eu trabalhar em cima dele não vou estar trabalhando da forma certa. Não estabeleci o peso que seria o meu ideal. Quando eu me sentir bem e meu técnico disser que estou bem, esse será o momento”, disse.

Expectativa
O planejamento que passa pelo Mundial e pelo Parapan tem como objetivo preparar Alan para chegar ao momento mais importante: os Jogos Paraolímpicos Rio 2016. “A expectativa é muito grande. Há algum tempo faltavam quatro anos e agora está tão próximo, tão perto. Estou bastante ansioso, quero que esse dia chegue logo para poder estar com toda a torcida dentro dos estádios, gritando o nome do Brasil. Vai ser muito bom, estou contando os dias para que isso aconteça”, admitiu.

A meta é levar o ouro e comemorar com a torcida brasileira. O recado está dado: “Eu queria dizer para todos que eu estou de volta. Para aqueles que ficaram meio balançados, meio desacreditados, podem ter certeza que eu estou de volta e eu vou fazer de tudo para deixar o nome do Brasil no mais alto lugar do pódio”.

Mateus Baeta, de São Paulo - brasil.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte
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