Ministério do Esporte Com 17 medalhas olímpicas, vela brasileira recebe a Bolsa Pódio
Ir para conteúdo 1 Ir para menu 2 Ir para a busca 3 Ir para o rodapé 4 Página Inicial Mapa do Site Ouvidoria Acessibilidade MAPA DO SITE ALTO CONTRASTE ACESSIBILIDADE

|   Ouvidoria   |

Com 17 medalhas olímpicas, vela brasileira recebe a Bolsa Pódio

Mais um esporte olímpico, o oitavo até agora, é beneficiado com o programa federal do Bolsa Pódio. O secretário nacional de Esporte de Alto Rendimento do Ministério do Esporte, Ricardo Leyser, entregou nesta quinta-feira (05.12) certificados para os velejadores brasileiros contemplados com o benefício da União, que auxilia na preparação de atletas de ponta para os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos Rio 2016. A cerimônia aconteceu na sede da Confederação Brasileira de Vela (CBVela), no Iate Clube do Rio de Janeiro, e contou com a presença do presidente da entidade, Marco Aurélio de Sá Ribeiro.

“Este momento marca a volta de um protagonismo da vela, com o apoio do qual o esporte necessita”, pontuou o secretário. “O Bolsa Pódio é uma aposta do Ministério do Esporte para que o atleta tenha autonomia ao gerir seu treinamento”, completou. Leyser afirmou ainda que, com o teor dinâmico da lista de beneficiados, novos nomes deverão ser incluídos no início de 2014. “Mais seis nomes serão divulgados em janeiro para a vela, entre eles Robert Scheidt (Laser) e Jorge Zariff (Finn)”, antecipou. Por enquanto, são nove os integrantes da lista.

Veja também:

Primeira etapa da Bolsa Pódio da vela conta com seis velejadores


Cerimônia de entrega dos certificados do Bolsa Pódio da vela (Foto: Paulino Menezes)Cerimônia de entrega dos certificados do Bolsa Pódio da vela (Foto: Paulino Menezes)


Entre eles, atletas com participação e medalhas olímpicas. A gaúcha Fernanda Oliveira – classe 470 - foi bronze em Pequim (2008). Também experiente em Jogos Olímpicos, o catarinense André Fonseca, 14º do mundo da classe 49er, tem na bagagem um sexto lugar em Atenas (2004) e sétimo em Pequim. O veterano é Bruno Prada, que foi vice-campeão em Pequim e, ano passado, conquistou o bronze em Londres, ambas na classe Star junto a Robert Scheidt.

Nesta semana, Prada e Scheidt voltaram a competir juntos, em Nassau, nas Bahamas, onde acontece a Star Sailors League.  Na estreia da competição, a dupla liderou as regatas, que seguem até sábado.  Com a Star fora do programa olímpico dos Jogos Rio 2016, por decisão da Federação Internacional de Vela (Isaf), este ano Scheidt vem retomando espaço na Laser, na qual foi bicampeão olímpico, e acaba de conquistar, no fim de novembro, o Mundial da classe. Já Prada retornou, no início do ano, à classe Finn.  

Conquistar uma medalha olímpica é o sonho dourado também do carioca Ricardo Winicki dos Santos, que ficou em quarto no Mundial deste ano, e figura em segundo lugar no ranking mundial. Bimba, como é conhecido, já tem motivos para comemorar. Sua classe, a RS:X, popularmente chamada windsurfe, teve uma vitória inicial no ano passado, logo no começo deste novo ciclo olímpico rumo à edição do Rio. Após revogá-la do programa de 2016, o Comitê Olímpico Internacional voltou atrás e manteve a prova, ao invés de levar a cabo a proposta de inserir o kitesurfe entre as modalidades de Vela.

A preparação do atleta continua. “Tenho hoje uma equipe multidisciplinar de altíssimo nível, com técnico de apoio, fisioterapeuta, psicólogo, preparador físico, massagista. Agora, com o Bolsa Pódio, vou organizar melhor essa estrutura de pessoal e vou poder treinar mais despreocupado com questões burocráticas”, disse Bimba.
Secretário Ricado Leyser falando para os atletas olímpicos da vela (Foto: Paulino Menezes)Secretário Ricado Leyser falando para os atletas olímpicos da vela (Foto: Paulino Menezes)
Completando o time de veteranos no Bolsa Pódio da Vela, o catarinense Bruno Fontes é o representante da classe Laser. Terceiro no ranking mundial, Bruno conquistou prata nas Copas do Mundo do esporte em 2011 e 2012 e este ano terminou em oitavo entre 126 velejadores no Mundial da classe.

“Ter o Scheidt na mesma classe é uma referência e, ao mesmo tempo, um desafio. É um exemplo de profissionalismo”, avalia Bruno, que já esteve em dois Jogos Olímpicos. “Neste ciclo até 2016, estou em um momento melhor, e a Bolsa Pódio traz um reconhecimento adicional importante ao nosso trabalho”, pontuou o atleta.

A outra metade da lista é composta por jovens promessas, que têm entre 22 e 24 anos e bons ventos na bagagem. A campeã dos Jogos Pan-Americanos 2011 Patricia Freitas (RS:X) e a pentacampeã sul-americana e sexta colocada em Londres 2012 Ana Luiza Barbachan (470) representam a nova geração no Bolsa Pódio, assim como a dupla Martine Grael e Kahena Kunze, donas da segunda posição do ranking mundial na classe 49erFX, criada há apenas um ano.

Porta-voz do time, Ana Luiza acredita que a Bolsa Pódio “traz segurança para nós, atletas, nos dedicarmos exclusivamente ao esporte”. Ana faz dupla com Fernanda Oliveira e, juntas, detêm o segundo posto no ranking mundial, na classe 470. “Depois de Londres 2012, vi o quão importante é a parceria com uma veterana. Hoje vejo a importância da gestão do ciclo olímpico e acredito nos esforços do trabalho multidisciplinar, além da parte técnica, até 2016”, aposta a experiente novata.
 
O Bolsa Pódio contempla os atletas mais bem ranqueados mundialmente, com chance de medalhar em uma participação olímpica. Com base no programa Atleta Pódio, instituído pela Lei nº 12.395, de 2011 e regulamentado pela portaria nº 67, de abril de 2013, e pelo edital no 3, de julho, de 2013, o benefício complementa o trabalho do Ministério do Esporte na preparação de atletas e na formação de equipes nacionais. Após a entrega desta quinta-feira, ao todo, até o momento, são contemplados 136 atletas pelo programa, que faz parte do Plano Brasil Medalhas.

O Bolsa Pódio soma-se ainda ao programa Bolsa Atleta, voltado para demais categorias, entre atletas de base e atletas de rendimento nacional e internacional, em fase de preparação, e que. Somente na Vela, o Bolsa Atleta abarca 184 beneficiados, nas categorias olímpicas e paraolímpicas.

“Muito do que o esporte terá no futuro vai depender de 2016. A realização dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos no Brasil permite a execução de um trabalho que traga, após 2016, melhores condições de prática esportiva desde a base”, elucidou o secretário Ricardo Leyser.

Coordenador técnico da equipe olímpica de Vela, Torben Grael fez coro: “O Plano Brasil Medalhas como um todo visa oferecer as melhores condições possíveis para se obter bons resultados no esporte, para 2016 e também para os ciclos olímpicos seguintes”, disse. “Tem muita gente jovem na Vela, então é um bom momento para estruturá-la e depois manter estas condições”, contextualizou.

Nome recorrente entre os maiores resultados da Vela nacional, Torben foi anunciado em agosto deste ano, pelo Comitê Olímpico Brasileiro, como o novo treinador-chefe da seleção brasileira do esporte. Com cinco medalhas olímpicas, sendo duas de ouro, Torben possui o título de maior medalhista olímpico do País, assim como Robert Scheidt.

“Estamos planejando o trabalho daqui para frente neste ciclo olímpico, e o fato de fazer uma preparação adequada traz uma confiança extra ao velejador. É a certeza do dever de casa feito”, finalizou Torben.

Priscila Novaes, do Rio de Janeiro
Ascom - Ministério do Esporte
Acompanhe as notícias do Ministério do Esporte no Twitter e no Facebook

Desenvolvido com o CMS de código aberto Joomla