Ministério do Esporte Confiante, Allan do Carmo sonha com o dia 16 de agosto de 2016
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Confiante, Allan do Carmo sonha com o dia 16 de agosto de 2016

(Matthew Stockman/Getty Images)(Matthew Stockman/Getty Images)
Nascido em Salvador, em 3 de agosto de 1989, Allan do Carmo vive um momento especial de sua carreira, que pode ganhar ainda mais brilho no dia 16 de agosto de 2016, quando ele sair da água na Praia de Copacabana, após competir na prova masculina das maratonas aquáticas nos Jogos Olímpicos do Rio.
 
Depois de conquistar o inédito título de campeão da Copa do Mundo para o Brasil no masculino em 2014, Allan garantiu, neste ano, durante o Campeonato Mundial de Kazan, na Rússia, em julho, a classificação para os Jogos Olímpicos ao terminar a prova dos 10km (distância olímpica) em 9º lugar. De quebra, voltou para casa tendo ajudado o Brasil faturar a medalha de prata na prova por equipes de 5km (não olímpica), quando competiu ao lado de Ana Marcela Cunha e Diogo Villarinho.
Embalado pela campanha no Mundial em Kazan, Allan, contemplado com a Bolsa Pódio do governo federal, venceu, em agosto, o evento-teste para os Jogos Olímpicos, no Rio de Janeiro. Ali, ele sentiu um pouco do clima que o espera em 2016. Agora, já com todo o planejamento traçado, ele conta os dias para voltar a competir, desta vez para valer, na capital fluminense.
 
“A gente tem a programação feita até agosto de 2016. No dia 2 de outubro, viajo para a China para participar das duas últimas etapas da Copa do Mundo. No dia 11, eu nado na China (na etapa de Chun'na) e, no dia 17 de outubro, em Hong Kong”, adianta. “Depois, tiro 15 dias de férias e no dia 5 de novembro começo minha preparação específica para os Jogos Olímpicos até o dia 16 de agosto, que é a data da minha prova no Rio de Janeiro. Vou fazer dois treinamentos de altitude e algumas competições tanto no Brasil quanto internacionais. Temos como principais metas fazer as provas da Copa do Mundo, que é uma competição com nível elevado, para ter um ritmo bom de competição. Aí, no dia 16 de agosto, espero estar 100% para tentar trazer essa medalha para o Brasil”.
 
Para o nadador baiano, a evolução do Brasil nas maratonas aquáticas nos últimos anos foi tão expressiva que ele acredita que o país possa faturar três medalhas em 2016. “Desde 2013, a gente vem em uma crescente. O Brasil foi campeão do Mundial de Barcelona (em 2013) e, no ano passado, eu e Ana Marcela Cunha ganhamos o Circuito Mundial”, lembra. “Neste ano, tivemos um excelente desempenho no Campeonato Mundial de Kazan, trazendo três medalhas, uma de ouro, uma de prata e uma de bronze, e acho que estamos no caminho certo. Temos três atletas já classificados para os Jogos Olímpicos: eu, a Ana Marcela e a Poliana Okimoto. Em uma prova que vai ser em casa, acredito que temos ótimas chances de ir bem. A gente já nada ali em Copacabana há muitos anos e isso é importante, já que a prova exige muita estratégia e é importante conhecer bem o local”, analisa.
 
(Matthias Hangst/Getty Images)(Matthias Hangst/Getty Images)
 
“Acho que o Brasil tem um grande favoritismo para trazer medalhas nas Olimpíadas tanto no masculino quanto no feminino. Acho que vamos buscar três medalhas. No mundo todo, só três países conseguiram o feito de classificar três atletas nas maratonas aquáticas e o Brasil é um deles (os outros são Itália e Estados Unidos). Isso mostra que somos uma das potências da modalidade. Estamos fazendo um trabalho muito bom, cada um tem sua equipe muito bem formada e acho que o foco agora é trazer essas medalhas para o Brasil”, encerra.
 
Preparados para a pressão
Disputar os Jogos Olímpicos em casa assegura ao atleta local uma série de vantagens: não há a necessidade de aclimatação ao fuso horário ou variações climáticas bruscas e ainda descartam-se problemas com alimentação e o cansaço gerado por longas viagens. Além disso, no caso das maratonas aquáticas, a Praia de Copacabana é uma velha conhecida dos nadadores, que esperam um apoio enorme da torcida.
 
Porém, há o outro lado. Competir com a torcida a favor e ainda vendo os pais, irmãos, demais familiares e amigos nas arquibancadas e conviver com a expectativa de um país inteiro pode significar uma pressão enorme. E os atletas precisam estar prontos para encará-la.
 
No entanto, isso não preocupa Allan do Carmo, que já atentou para esse perigo e buscou ajuda. “Tem todo um trabalho sendo feito, inclusive com um apoio psicológico”, conta. “Eu tenho uma equipe formada e o psicólogo faz parte dessa equipe. Essa parte da cabeça é muito importante, não só para suportar essa pressão de competir no Brasil, mas também por ser uma Olimpíada, que é a competição mais importante do mundo. Então, a gente vem trabalhando muito bem isso”, detalha.
 
Para Allan, o Campeonato Mundial na Rússia, quando eles tiveram que lidar com a responsabilidade de brigar pelas vagas para 2016, já foi um bom teste. “Essa última seletiva em Kazan foi uma pressão muito grande para todos os atletas para já garantir a classificação e poder ter um ano de preparação para 2016, ao contrário dos outros, que terão uma seletiva faltando dois meses para os Jogos Olímpicos. Então, já passamos por uma prévia em termos de pressão. Não foi dentro de casa, mas houve uma pressão muito grande. Acho que vamos chegar bem tranquilos quanto a isso”, afirma.
 
O nadador, inclusive, usa como referência uma experiência vivida há oito anos, na mesma cidade dos Jogos Olímpicos do ano que vem. “Em 2007, nos Jogos Pan-Americanos do Rio, a gente também passou por uma situação dessas e o resultado foi positivo. Eu fui medalha de bronze com 17 anos. Então, temos um histórico, não só eu como a Poliana e a Ana Marcela, de suportarmos esse tipo de pressão. A gente tenta reverter isso pro lado positivo, ou seja, pensar que estamos recebendo um maior apoio, pensar em como temos mais pessoas acreditando na gente e tentar receber cada vez mais energias positivas para levar para a água com a gente”, ensina.
 
(Donald Miralle/Getty Images)(Donald Miralle/Getty Images)
 
Pequim 2008 x Rio 2016
Allan do Carmo não será um estreante no Rio de Janeiro. Em 2008, ele disputou os Jogos Olímpicos de Pequim, na estreia da modalidade, e terminou os 10km em 14º. Agora, em casa e oito anos mais experiente, ele prevê que a competição terá poucas semelhanças com aquela disputada na China. O baiano até já tem na mente a cena que pretende encontrar no dia 16 de agosto de 2016.
 
“Acho que vai ser totalmente diferente dessa vez, até pelo amadurecimento, pela forma de ver o que é uma Olimpíada, e ainda mais sendo no Brasil. Quando a gente chegar ali na praia de Copacabana, vai ser algo incrível. Normalmente, a maioria das provas é disputada em estádio, em ginásio, e a nossa vai ser em uma arena chamada Copacabana. Vamos ter aquele forte (Forte de Copacabana) cheio de gente, a praia cheia de gente, deve ter telões ali, e esperamos muita gente assistindo”, prevê. “Estamos nos preparando para isso e só de falar já dá aquele arrepio. É isso que a gente espera: todo mundo vibrando, uma emoção totalmente diferente, e torcemos para que tudo seja especial. Vamos tentar fazer de tudo para conquistar uma medalha para dar alegria a todo mundo que vai estar assistindo”, adianta Allan.
 
Luiz Roberto Magalhães - brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte
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