Ministério do Esporte Estrutura moderna da ginástica artística anima atletas e inspira treinadores
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Estrutura moderna da ginástica artística anima atletas e inspira treinadores

É nos detalhes que mora a diferença entre pódio e performance “quase lá” em modalidades de precisão, como a ginástica artística. A qualidade dos aparelhos para treinos, nesse sentido, é vista como item essencial. E é por isso que a nova estrutura do Centro de Treinamento de São Bernardo do Campo (SP) permite ginastas como Caio Souza e Diego Hypólito sonharem com desempenho ainda melhor que o sexto lugar conquistado pela equipe masculina brasileira no Mundial deste ano.

“Agora temos uma das melhores aparelhagens do mundo. Com essa estrutura, com esse ginásio, a gente tende a melhorar e trazer resultados. A conquista do sexto lugar da equipe no Mundial foi um marco histórico, e isso sem tanta estrutura. Agora que a gente conta com ela, é só esperar para ver o que vai dar”, afirma Caio Souza. O investimento integra um pacote de pelo menos 13 centros de ginástica em pontos diversos do país, com R$ 7,3 milhões de investimento do Ministério do Esporte para criar uma rede nacional de treinamento da modalidade.

Uma das vantagens apontadas em treinar com equipamentos iguais aos utilizados nas competições internacionais é a facilidade de adaptação. “Quando a gente treinava num aparelho inferior e chegava para competir num aparelho bom, havia uma mudança na questão do movimento. Agora, vamos competir nos mesmos aparelhos. Os acertos tendem a ser maiores”, diz Fred Oliveira, terceiro no paulista individual e no brasileiro por equipes deste ano.

As diferenças entre aparelhos antigos e modernos também são perceptíveis, segundo os atletas, em itens como segurança e maleabilidade. “A barra antiga não era tão flexível, o solo não jogava tanto e a esteira de correr faz diferença: dá confiança para executar movimentos. Além disso, agora há mais aparelhos, o que possibilita que vários ginastas treinem ao mesmo tempo”, afirma Fred.

Outro fator apontado é a queda no risco de contusões, o que possibilita fazer mais sequências de exercícios. “Nos aparelhos antigos o número de repetições que o ginasta podia fazer era pequeno, porque havia risco de lesões. Hoje, temos aparelhos oficiais, que estarão no Rio 2016. Eles preservam mais a integridade física”, explica o treinador da equipe de São Bernardo, Fernando Carvalho.

“Essa aparelhagem nos possibilita sonhar com medalhas em campeonatos olímpicos e mundiais. É uma estrutura em nível internacional. É bom fazer parte desse momento da ginástica, com a maior compra de equipamentos da história”, diz o bicampeão mundial Diego Hypólito.  “Isso possibilitará que crianças possam sonhar. É um benefício para a sociedade. A partir do momento em que você dá a oportunidade para a criança ter um local de treinamento, você dá a oportunidade para ela pensar em coisas melhores, no futuro, no esporte”.

Na esquerda: Fred e Caio. Na direita, Diego e Zanetti: atletas celebram bom momento da modalidadeNa esquerda: Fred e Caio. Na direita, Diego e Zanetti: atletas celebram bom momento da modalidade

Peneiras
O centro de ginástica de São Bernardo será utilizado tanto por atletas de alto rendimento quanto para a iniciação esportiva. “Foram feitas seletivas que detectaram crianças talentosas. A vantagem do centro é que aqui em frente há duas escolas com cinco mil crianças na faixa etária entre três e nove anos. Faremos uma peneira, selecionaremos aquelas com aptidão física para dar andamento no trabalho técnico”, diz Fernando Carvalho, responsável por orientar Diego Hypólito e Caio Souza na seleção.

Campeão olímpico nas argolas, Arthur Zanetti, que treina em São Caetano, prevê uma evolução na modalidade. “A gente vê que alguns atletas mais novos começaram a fazer parte da seleção e a dar resultados. Vemos resultados hoje melhores que no passado. Quando comecei a treinar não havia esses aparelhos. A gente pode dizer que o futuro desses jovens será melhor que o nosso”.

Treinador há 16 anos, Fernando Carvalho vislumbra um projeto de médio e longo prazo, que aproveita as Olimpíadas de 2016 como oportunidade de alavancar o esporte. “Daqui a uns oito anos, veremos as gerações formadas dentro desses centros com índices técnicos melhores que os atuais”, prevê.

Foto: Paulino Menezes/MEFoto: Paulino Menezes/ME

Rio 2016
Os atletas da seleção brasileira estão otimistas e prometem treinar forte para a Olimpíada do Rio de Janeiro. “Temos boas perspectivas, mas temos que pensar em 2015, que vai ser a classificatória. Fazer nossa parte e repetir o feito deste ano, que é uma final por equipes”, comenta Zanetti.

Fernando Carvalho explica rotina dos atletas rumo às Olimpíadas (frame vídeo) Fernando Carvalho explica rotina dos atletas rumo às Olimpíadas (frame vídeo) “A preparação já começa a partir do Mundial do ano que vem, que é pré-olímpico. Acho que a gente tem bastante chance de classificar a equipe e levar cinco atletas para as Olímpiadas”, projeta Hypólito, que ganhou uma injeção de confiança após o bronze no solo no último Mundial. “Essa medalha me fez voltar a acreditar que posso sonhar. Não sei se vou ser medalhista olímpico, mas vou me dedicar, treinar ao máximo e fazer minha parte”.

Se depender da rotina de treinos em São Bernardo, o sonho não é utopia. “Temos atletas de seleção e representantes da cidade e do clube. Os da seleção têm um trabalho diferenciado, porque a carga de competições é maior. É feito um plano específico para o objetivo de cada atleta. Eles treinam em média de seis a sete horas por dia. O trabalho é bem intenso”, afirma Fernando Carvalho.

O treinamento inicia com 40 minutos de fisioterapia, para prevenir lesões. Em seguida, há um aquecimento e a preparação física, durante quase uma hora. Dependendo do período do ano, há um trabalho mais pesado de musculação, ou um trabalho específico, quando se está próximo das competições.

Os atletas fazem uma média de quatro a seis aparelhos diariamente – solo, cavalo, argolas, salto, paralela e barra. A complementação dos exercícios é feita no tumbletrack e na cama elástica. Nestes equipamentos, os atletas aperfeiçoam a noção espacial. Por fim, há mais uma sessão de preparação física e outra de fisioterapia.

Gabriel Fialho, de São Bernardo do Campo (SP)
Ascom – Ministério do Esporte
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