Ministério do Esporte Clima de paz nas arquibancadas do Maracanã
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Clima de paz nas arquibancadas do Maracanã

Mais importante do que o título conquistado pelo Vasco neste domingo (3.5) foi o clima de paz visto nas arquibancadas, que recebeu mais de 66 mil pessoas no Maracanã. Dentro das quatro linhas, o Vasco da Gama fez a festa, porém os derrotados na decisão do Campeonato Carioca também fizeram bonito, ao manterem o espírito esportivo e respeitarem a comemoração dos rivais. A ação proposta pelo ministro do Esporte, George Hilton, em 12 de fevereiro, o Grito de Paz, tanto dentro quanto fora do estádio, segue surtindo efeito.

O Grito de Paz tem como função principal conscientizar os torcedores de que as arenas de futebol são um ambiente de celebração, sem espaço para violência e intolerância. A campanha será divulgada nos clássicos nacionais, para unir torcedores de norte a sul do país.



Neste domingo, o telão do Maracanã exibiu fotos dos torcedores das diferentes agremiações juntos e placas escritas com a hashtag #GritoDePaz, ícone da campanha do Ministério do Esporte. Antes mesmo de a bola rolar, vários parentes, amigos de times rivais chegavam juntos ao palco. Davidson Montes, Fabiane Montes e o filho Gabriel simbolizavam a paz. “É uma iniciativa muito legal essa do Ministério do Esporte. Ficaremos na zona mista para a família torcer juntos. Está na hora de dar um basta na violência”, disse Davidson. Botafoguense, Fabiane brincou: “Se o Botafogo vencer, ele pode virar a casaca. Mas vai ser muito legal esta tarde em família, independentemente de quem sair campeão.”

Amigos, David Simões, Alex Braga, Peterson de Oliveira e Caíque de Souza Rodrigues também estavam juntos, mas com camisas diferentes. “Viemos de Itaperuna. Viajamos cinco horas de carro para estarmos aqui. E quero pedir para meus amigos botafoguenses darem uma força. Tem tempo que a gente não ganha”, brincou David Simões, referindo-se ao fato de o Vasco ter erguido a taça de Campeão Carioca pela última vez em 2003. “Somos rivais dentro de campo, mas na brincadeira. Esse negócio de violência está totalmente fora. Vamos receber os Jogos Olímpicos e temos que mostrar que aprendemos a ser civilizados”, completou Alex Braga.

Os amigos Alberto Lúcio e Henrique Soares estavam com o mesmo espírito. Cada um ostentando a camisa de seu clube de coração, mas defendendo que o mais importante era ter paz nos estádios. “Esporte é vida. Não pode ter violência. É harmonia. Nos conhecemos há 20 anos”, disse Alberto. Henrique Soares mostrou como é possível a convivência pacífica. “Vim de Santa Catarina, almocei na casa dele e agora vamos ver o jogo juntos, unidos no Maracanã”.

Já dentro do estádio era possível ver várias crianças. Quem chamou a atenção foi Lizandro de Escobar, gerente de recursos humanos. Ele estava com seu filho, Mateus, de apenas cinco anos, no Maracanã. “Acho muito legal essa campanha para aumentar o número de crianças no estádio. Interação e provocação devem ser sempre pacíficas. É bom que todos se respeitem em qualquer clássico. Seja Vasco, Botafogo, Flamengo ou Fluminense. O mundo ganha com isso. As pessoas têm que ser mais tolerantes. É a quarta vez que trago meu filho. Ele veio domingo passado na primeira partida da final e mostrou ser pé quente. Por isso o trouxe novamente”, declarou, lembrando que o Vasco venceu o primeiro jogo por 1 x 0.

Ações promovidas após o lançamento do Grito de Paz Um dos pontos detectados a serem combatidos pelo ministro George Hilton, desde que assumiu a pasta, foi a violência nos estádios. Tanto que, em 12 de fevereiro, começou a trabalhar para que a paz voltasse a levar famílias aos palcos esportivos.

Durante a reunião com membros da Associação Nacional das Torcidas Organizadas (Anatorg), ficou definida a criação de um banco de dados com o cadastro nacional de todos os torcedores que fazem parte das torcidas organizadas e a criação de um serviço de disque-denúncia, que servirá para a população apontar os elementos que praticam atos criminosos.

No dia 24 do mesmo mês, a Anatorg promoveu uma reunião na Câmara Municipal de São Paulo entre membros de organizadas de Vasco e Atlético-PR. Os clubes em questão foram os que protagonizaram a barbárie em Joinville, na última rodada do Campeonato Brasileiro de 2013. Várias famílias deixaram o estádio às pressas, mas nem todos tiveram sorte e alguns foram parar no hospital. O encontro contou com quatro representantes de cada torcida, além de diretores da entidade, e serviu para discutir sobre possíveis soluções para diminuir a violência.

No dia 1º de março, a campanha Grito de Paz começou. Na primeira vez, no Beira-Rio, jogadores do Internacional e do Grêmio vestiram camisas brancas formando a mensagem #GritoDePaz, reforçando a atmosfera de festa daquele Gre-Nal, válido pela oitava rodada do Campeonato Gaúcho. O jogo terminou sem gols.

O clássico mineiro, disputado por Cruzeiro e Atlético-MG, no Mineirão, também já recebeu a ação encabeçada pelo Ministério do Esporte. Em 8 de março, os jogadores das duas equipes vestiram camisas brancas com as letras que formavam a mensagem #GritoDePaz. No centro do gramado, uma faixa mostrada aos torcedores trouxe uma mensagem com o mote da campanha: "No gramado somos adversários. No esporte somos um só”. O confronto terminou empatado por 1 x 1. Rafael Carioca marcou para o Galo e Leandro Damião deixou a Raposa em igualdade.

O jogo
A partida começou aberta com os dois times levando perigo ao gol adversário. Isso porque os dois treinadores escalaram times mais ofensivos. Doriva colocou três atacantes no Vasco. No Botafogo, Marcelo Mattos era o único volante, sem passar do meio de campo. Mas aos poucos, o time de São Januário se mostrava mais arrumado em campo, jogando no erro da equipe de General Severiano, que precisava ganhar de um gol de diferença para levar a decisão para os pênaltis.

Aos 45 minutos da etapa inicial, Rafael Silva, autor do único gol no primeiro jogo da decisão, abriu o marcador ao receber bom lançamento pela esquerda e bater cruzado, aumentando a festa da torcida vascaína, maioria no Maracanã. A tão sonhada conquista do Carioca se aproximava ainda mais. Desde 2003, o cruzmaltino não levantava a taça do estadual.

Na etapa final, o Vasco conseguiu segurar o ímpeto do Botafogo e, com muita tranquilidade, tocava bem a bola, fazendo o tempo passar. Enquanto o time de Renê Simões mostrava não ter força para chegar à virada. Porém, em uma falha do sistema defensivo vascaíno, Diego Jardel deixou tudo igual, aos 29, animando a, até então, calada torcida botafoguense. O Vasco seguiu superior na partida e aos 46, Gilberto sacramentou o título de campeão carioca.
 

Petronilo Oliveira, do Rio de Janeiro
Ascom - Ministério do Esporte
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