O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, que encerrou a programação do evento, destacou o papel e responsabilidades de todos os agentes envolvidos na prevenção e combate à violência associada ao futebol. “Esse seminário é importante para estabelecer uma relação de responsabilidades entre o estado, clubes e torcedores. Estes também tem o seu papel nesse processo de prevenir a violência. Por isso, sempre tentamos trazer especialistas da área junto com representantes de torcidas para encontrarmos um caminho que valorize apenas o futebol. Esse é o trabalho que o ministério vem dando prosseguimento”, avaliou o ministro.
Para o secretário de Futebol e Defesa dos Direitos do Torcedor, Toninho Nascimento, a efetiva integração deve passar necessariamente pela aplicação do Estatuto do Torcedor. “Não é preciso criar novas leis para enfrentar situações de violência no futebol. Lei nós temos, mas é preciso aplicá-la. Hoje, o Estatuto tem todos os dispositivos necessários para proibir e punir a violência. E é isso que estamos fazendo. Conversar entre nós para aprimorar esse processo e integrar todo mundo. Essa é a questão-chave”, apontou Nascimento.
Os efeitos da paixão pelo clube foram considerados pelo juiz Sérgio Ribas, do Tribunal de Justiça de São Paulo. “Essa aproximação entre todos os envolvidos nesse processo é fundamental para minorarmos os efeitos negativos da paixão do torcedor pelo seu clube. Estamos sempre abertos ao diálogo e temos desenvolvido contato entre todos para o sucesso da presença das famílias e amigos nos estádios e evitarmos a presença dos maus torcedores”, destacou.
Já o promotor de Justiça do estado de São Paulo, Paulo Castilho, defendeu a individualização da pena para casos de violência no interior dos estádios. “É preciso responsabilizar o torcedor que comete esses atos e não o clube. Por isso, é fundamental identificar e punir o mau torcedor. Não se pode prejudicar aquele que está lá apenas para ajudar seu time e depois fica impedido de assistir ao próximo jogo porque seu clube foi punido devido a um tumulto provocado por alguns poucos maus torcedores”, sugeriu o promotor.
Leandro Galvão, de São Paulo
Ascom - Ministério do Esporte
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