Ministério do Esporte Promessa para Vitória: Maicon Siqueira destaca apoio familiar no caminho que o levou à medalha de bronze
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Promessa para Vitória: Maicon Siqueira destaca apoio familiar no caminho que o levou à medalha de bronze

Muito mais que um nome marcante, Vitória Andrade foi reconhecida pelo filho Maicon Siqueira como pilar fundamental nas vitórias no taekwondo. A mais importante da carreira veio no sábado (20.08): o bronze que o consagrou como último medalhista olímpico do Parque Olímpico da Barra na Rio 2016.
 
A importância de Vitória para Maicon já estava evidente logo depois que ele derrotou o britânico Mahana Cho na última luta. A medalha saiu quase imediatamente do pescoço dele para o da mãe na arquibancada da Arena Carioca 3.
 
Naquele momento, o abraço premiado representou uma promessa cumprida. Em 2014, Vitória foi hospitalizada com diagnóstico de câncer de mama. Maicon conta que ver a mãe naquele estado, sem os cabelos por conta da quimioterapia, foi um choque, mesmo para quem já estava acostumado a lidar com as dificuldades de trabalhar como ajudante de pedreiro e garçom pra sustentar a família.
 
Apoio da mãe foi fundamental na coquista da medalha de bronze. (Foto: Francisco Medeiros/Brasil2016.gov.br)Apoio da mãe foi fundamental na coquista da medalha de bronze. (Foto: Francisco Medeiros/Brasil2016.gov.br)
 
Naquele momento, ele pensou em desistir da carreira para cuidar da mãe. Mesmo na cama de hospital, Vitória foi forte para dar apoio ao filho e fazer com que ele insistisse no sonho olímpico. A preocupação era tanta que ela pediu para a irmã de Maicon não avisá-lo sobre a internação.
 
"Lembro que falei com ela que iria desistir, já tinha falado com meu treinador. Ela falou: 'Não desiste por causa da minha doença. Eu vou superar, e se Deus quiser, vou estar nos Jogos Olímpicos com você'. Eu respondi: 'Mãe, vou realizar esse sonho, vou levar a senhora para os Jogos Olímpicos e vou colocar a medalha no seu pescoço'. E foi o que aconteceu", contou Maicon.
 
Dali surgiu o combustível para que o mineiro de Justinópolis (distrito de Ribeirão das Neves) seguisse determinado. A promessa encontrou barreiras até que fosse cumprida. Maicon deixou de disputar torneios importantes no ciclo olímpico, como o Pan-Americano e o Mundial de taekwondo, em função de uma fratura na perna. Ele precisou então de um esforço ainda maior para subir no ranking a ponto de lutar por vaga na seletiva para os Jogos.
 
Antes do torneio em março, Maicon ainda lidou com a possibilidade de enfrentar Anderson Silva, que planejava ir para a Rio-2016 no taekwondo, mas o campeão do UFC desistiu. O principal rival na categoria (+80kg) era Guilherme Felix, a quem ele derrotou na primeira luta. No fim, após vencer André Bilia, ele cumpriu a primeira parte da promessa.
 
Maicon segue a filosofia de que os treinos representam a maior dificuldade, e que a competição deve ser encarada com alegria para que o atleta dê seu melhor. Só que o torneio olímpico mandou mais um obstáculo forte ao sonho do lutador: as quartas-de-final contra Abdoulrazak Issoufou Alfaga, do Níger. Ele precisou de força mental e do apoio da psicóloga para lidar com a derrota que o levou à repescagem.
 
"Muitos não sabem lidar, tem que ter cabeça forte. Eu disse para a Cris (psicóloga) que perdi essa luta mas a guerra não acabou. Mentalizei minha luta, ela me pediu pra manter a frieza e buscar o Maicon que estava com sangue nos olhos. Consegui puxar o Maicon do início da competição. Só consegue fazer isso com muito trabalho, é uma técnica complexa. Além disso, ainda fiquei de olho na luta do britânico que foi meu adversário depois que venci o francês", comentou.
 
A própria luta final quase encerrou o sonho da medalha. Contra o britânico Mahama Cho, o brasileiro travou uma luta tensa, em que marcou o primeiro ponto, mas viu o adversário virar para 3 x 1. Maicon não se intimidou, reverteu a vantagem do rival, fez 4 x 3 e, ao final, chegou ao bronze com uma vitória por 5 x 4.
 
Naquela hora, passou um filme na cabeça de tudo que Maicon fez, as dificuldades e alegrias da carreira. Naturalmente, a promessa em 2014 surgiu à mente depois de cumprida, e na hora da "transmissão" da medalha, ele disse: "Essa é sua, mãe".
"Minha mãe é a base de tudo, é meu pilar. Quando estou em dúvida, ela sempre tem uma resposta. O mínimo que posso fazer por ela é cumprir essa promessa. Não conseguiria nem em três gerações fazer por ela o que ela fez por mim", afirmou Maicon, em coletiva após a vitória.
 
Maicon Siqueira se prepara agora para a sequência da carreira pós-medalha. O plano dele é trabalhar com os técnicos rumo aos Jogos de Tóquio-2020. Até lá, ele tem noção de que se tornou uma referencia no taekwondo.
 
"Consegui alcançar o objetivo. Tivemos referência da Natalia e do Diogo, mas o masculino ainda não tinha medalha olímpica. Sinto, sim, a responsabilidade. Isso motiva todo mundo, a modalidade vai crescer ainda mais com a visibilidade da medalha. Pessoas vão olhar mais pro taekwondo", analisou.
 
Rodrigo Vasconcelos, brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte
 
 
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