Ministério do Esporte Ágatha e Bárbara ficam com a prata no vôlei de praia
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Ágatha e Bárbara ficam com a prata no vôlei de praia

Quando ainda comemoravam a vitória quase perfeita contra Kerri Walsh e April Ross, Ágatha e Bárbara sabiam que era preciso conter a euforia, baixar a adrenalina e concentrar, porque a final seria menos de 24h depois. Para encerrar a campanha nos Jogos Olímpicos Rio 2016, havia ainda mais um desafio: as alemãs Laura Ludwig e Kira Walkenhorst, líderes do ranking na temporada. Diferentemente da noite anterior, na madrugada desta quarta-feira (17.08), quem impôs o jogo foram as europeias. Kira foi um monstro no bloqueio, Laura mais uma vez defendeu muito bem, ambas sacaram e atacaram muito bem. As brasileiras, atuais campeãs mundiais, erraram muito, não conseguiram repetir a atuação inesquecível contra as norte-americanas e viram a medalha de ouro escorrer pelos dedos. Com o resultado de 2 sets a 0 (21/18 e 21/14), as alemãs se sagraram as rainhas de Copacabana.
 
Foto: Roberto Castro/brasil2016.gov.brFoto: Roberto Castro/brasil2016.gov.br
 
Pouco antes, o Brasil também perdeu outra partida. As americanas Kerri Walsh e April Ross viraram a partida contra Larissa e Talita e venceram por 2 sets a 1 para faturarem o bronze.
 
Poderia se dizer que o vento – que apareceu com mais força nesta noite – soprou contra as anfitriãs, mas apenas como analogia. No vôlei de praia, a cada sete pontos, as jogadoras trocam de lado, e o desafio também muda de mãos. As alemãs aproveitaram bem o elemento extra e abriram caminho para a primeira medalha - e de ouro - de uma dupla europeia feminina no vôlei de praia em Jogos Olímpicos.
 
"Ainda parece irreal. No pódio, percebemos por que estávamos trabalhando tanto nos últimos anos, chegamos ao topo. Foi para o nosso time, para a Alemanha, tudo isso veio à nossa cabeça. Melhoramos jogo a jogo, definitivamente merecemos ganhar, sacamos melhor e usamos o vento a nosso favor", disse Laura.
 
Não foi o final que as brasileiras mais queriam. Muito menos o que desejavam os torcedores que encheram a arena ou que acompanhavam pela TV. Terão que esperar quatro anos para mais uma tentativa de repetir a cena de 20 anos atrás, quando Jacqueline e Sandra subiam ao degrau mais alto do pódio. Mas a prata foi muito comemorada por Ágatha e Bárbara. Muito aplaudidas no pódio, elas se emocionaram.
 
"Foi mágico. Essa prata tem um gostinho muito especial pra gente. Foi nossa primeira vez em Jogos Olímpicos, nossa expectativa estava muito positiva, pelo trabalho que a gente vinha fazendo, pela entrega. Neste jogo, elas jogaram melhor, mereceram, aproveitaram melhor as oportunidades. Mas essa prata é especial, por isso eu chorei tanto ali, a gente colocou para fora toda a pressão, a adrenalina, todo o trabalho que a gente fez. A sensação de gratidão é muito grande", contou Bárbara.
 
No primeiro set, dois ataques de Bárbara e um bloqueio de Ágatha abriram 3/1. O vento foi ficando mais intenso, trazendo um elemento desafiador para a decisão, e Laura fez um ace para passar à frente no placar: 6/7. No tempo técnico, as alemãs lideravam a parcial (10/11). Laura terminou um rali atacando na diagonal e fez 13/15. Paredão de Kira aumentou a vantagem. Laura atacou na paralela e dificultou a vida das brasileiras no set (14/18). Um toque na rede das alemãs deu mais esperança de segurar a parcial (16/18). Kira atacou para chegar ao set point em 17/20. As vaias vieram com força para as alemãs. As brasileiras salvaram uma bola, mas Laura fechou em 18/21.
 
"Temos uma equipe muito forte por trás que nos manteve confiantes, mesmo jogando contra toda essa torcida. Foi difícil. Sabemos que seria alto, com foi na semifinal. Mas focamos em nós mesmas do início até o fim", explicou Laura.
 
As alemãs abriram 6/1 no segundo set e deixaram a situação mais complicada para as anfitriãs. Ágatha diminuiu a diferença em 4/7, mas o vento ajudou a levar o saque de Bárbara para fora. Kira, brilhando no bloqueio, chegou a 4/9.
 
As brasileiras tentavam se animar em quadra: quando Bárbara atacou para 6/11, abraçaram-se fortemente. Em belo ataque na diagonal, a canhota fez 9/14. Laura salvou uma bola impressionante, mas o rali terminou melhor para as brasileiras: 12/15.
 
As alemãs continuavam eficientes no ataque e, para completar, Laura fez um ace (13/18). A medalha de ouro foi ficando mais longe paras as brasileiras. Kira fechou a rede e ganhou o match point. Era preciso salvar a bola sete vezes, mas o Brasil só conseguiu uma. Com saque para fora de Bárbara, as alemãs comemoraram: 14/21 e 2 sets a 0 no placar.
 
"A gente não conseguiu colocar em prática o que imaginávamos. Perdemos na bola mesmo. Estávamos aquecendo e não havia vento nenhum. Quando entramos em quadra, veio aquele vento. A gente tinha uma estratégia e ficou na dúvida. Vamos manter a estratégia ou vamos usar o vento? Elas conseguiram manter a virada delas, enquanto a gente não conseguiu manter a virada com o vento. Elas mereceram e estou super feliz por ter conquistado a prata", afirmou Ágatha.
 
"Eu estava presente quando o Julius (Brink) e o Jonas (Reckermann) ganharam o ouro em Londres 2012. Eu fiquei sem palavras e pensei: se eles podem fazer isso, eu também posso. De lá pra cá, lutamos por quatro anos. A conquista é muito grande... estou esquecendo as palavras. Estou cansada. Acho que preciso de champagne!", disse Laura, já com o ouro no peito.
 
Carol Delmazo - brasil2016.gov.br
 
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