Ministério do Esporte Mateus Evangelista vai a dois pódios no evento-teste e desafia chinês que bateu o recorde mundial
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Mateus Evangelista vai a dois pódios no evento-teste e desafia chinês que bateu o recorde mundial

Voltando de lesão, Mateus venceu o medo e faturou duas medalhas no Open Internacional. (Foto: Gabriel Heusi/brasil2016.gov.br)Voltando de lesão, Mateus venceu o medo e faturou duas medalhas no Open Internacional. (Foto: Gabriel Heusi/brasil2016.gov.br)

Foram oito meses sem treinar, recuperando-se de fratura no fêmur esquerdo. No retorno às competições pela seleção brasileira, nesta quarta-feira (18.05), no Estádio Olímpico do Rio de Janeiro, o principal adversário de Mateus Evangelista era o medo. Choveu, para deixar tudo ainda mais tenso. Mas o resultado trouxe alívio ao atleta. No primeiro dia do Open Internacional de Atletismo Paralímpico, evento-teste da modalidade para os Jogos Rio 2016, Mateus venceu a prova dos 100m na classe T37, com 11s73, e ainda beliscou um bronze no salto em distância, com a marca de 5,66m.

“Achava que eu ia sentir medo no salto, mas fiz os seis, e não senti dor, o que era o mais importante. Não esperava nem medalhar e consegui o bronze. Nos 100m, me aproximei da minha melhor marca, que é 11s63. Vim para me testar, na próxima vai ser melhor. Saio satisfeito, sem medo, com vontade de treinar”, disse o atleta de 22 anos.

Mateus estava em excelente fase. Em julho do ano passado, quebrou o recorde mundial no salto em distância na classe T37, que já era dele, ao saltar 6,36m na primeira etapa do circuito nacional, em São Paulo. No mês seguinte, faturou três ouros no Parapan de Toronto (100m, 200m e salto em distância).

A animação era grande para disputar o Mundial de Doha, no Catar, em outubro. Mas a fratura no fêmur veio em um treino semanas antes da competição. Em Doha, o chinês Guangxu Shang saltou 6,45m e superou a marca mundial de Mateus. Agora o brasileiro quer dar o troco nos Jogos Paralímpicos, em setembro.

“Eu me lesionei treinando, no aquecimento, fiz a entrada do salto, desequilibrei e na aterrisagem eu travei minha perna no chão e rodei em cima dela. A sorte dele (o chinês que quebrou o recorde) é que eu não estava lá. Isso é porque ele ainda não me conhece. Vamos ver aqui”, desafiou.

Nascido em Porto Velho (RO), Mateus treina no Clube de Atletismo BM&F Bovespa, em São Caetano do Sul (SP). A programação do atleta e do técnico Amaury Veríssimo é voltada para atingir o auge da preparação  nos Jogos Paralímpicos. Como não haverá a disputa dos 200m na classe dele, Mateus vai começar, na próxima segunda-feira (23.05), os treinos para os 400m e espera competir os 100m, os 400m e o salto em distância. As provas de hoje, no Open, serviram também pra conhecer a nova pista do Engenhão, o palco das Paralimpíadas. “A chuva atrapalhou um pouco, mas a pista é bem veloz”, avaliou.

Alan Fonteles (E), que corre com próteses, elogiou a pista do Engenhão. (Foto: Miriam Jeske/brasil2016.gov.br)Alan Fonteles (E), que corre com próteses, elogiou a pista do Engenhão. (Foto: Miriam Jeske/brasil2016.gov.br)

Pista boa sob sol e chuva
A pista do Engenhão foi elogiada tanto pelos atletas que correram quando ainda estava seco quanto por aqueles que foram surpreendidos pela chuva. “Eu sou do Rio, já havia treinado na pista de aquecimento, mas nunca tinha entrado no Engenhão. A pista está linda, muito veloz. A gente sempre ouve falar que a pista está boa, mas quando a gente corre é que realmente sente. Ela está veloz demais e eu sei que ela foi construída há pouco tempo, então a tendência é que ela fique ainda mais rápida”, disse Diogo Ualisson Silva, que venceu sua bateria nos 100m T12 com a pista seca e depois repetiu a dose na semifinal já com a pista molhada.

Campeão paralímpico nos 200m na classe T43, Alan Fonteles venceu a primeira eliminatória dos 100m mesmo com um trauma antigo assombrando sua mente. “Fiquei um pouco aflito, porque eu já caí em pista molhada, então no subconsciente fica guardado isso. Segurei para manter o ritmo para amanhã (dia da final), mas gostei, me senti bem. A pista é muito boa, muito veloz. Eu vi que a água fica por cima da pista, não penetra, então não tem risco, não tem questão de escorregar nem nada. Vou torcer para que São Pedro pare a chuva, mas independentemente de chuva ou não, tem que fazer um bom tempo e amanhã vou fazer”, prometeu o velocista.

Evento-Teste Atletismo Paralímpico

Atleta da classe T53, Ariosvaldo Fernandes da Silva, o Parré, teve uma experiência diferente, já que corre com cadeira de rodas. Para ele, a chuva atrapalha mais, já que o aro das rodas fica molhado e diminui a aderência. “Deu uma atrapalhada por causa da água na pista. Querendo ou não, a gente perdeu um pouco da aderência e isso diminui a performance. Se a chuva for muito forte e a pista não tiver um escoamento legal, eu já vi casos de ter que adiar a prova. Aqui acho que a água saiu até rápido, não teve problema, a pista está boa. Mas se o tempo estivesse seco, seria melhor”, opinou.

Com tempo seco ou chuva, após ser testada por atletas que utilizam próteses, cadeiras de rodas, guias e sapatilhas, a pista do Engenhão se saiu muito bem. “Com a gente não tem tempo ruim”, resumiu Felipe Gomes, que venceu sua bateria nos 100m T11.

Parré venceu a prova da classe T53 com a pista molhada. (Foto: Gabriel Heusi/brasil2016.gov.br)Parré venceu a prova da classe T53 com a pista molhada. (Foto: Gabriel Heusi/brasil2016.gov.br)

Resultados
Neste primeiro dia de competições no Open, o Brasil conquistou 17 medalhas, sendo oito de ouro, quatro de prata e cinco de bronze. Confira todos os resultados do dia aqui.

Carol Delmazo e Mateus Baeta, brasil2016.gov.br

Ascom - Ministério do Esporte

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