Ministério do Esporte Altobeli Silva faz o hino brasileiro tocar pela primeira vez no Ibero-Americano de Atletismo
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Altobeli Silva faz o hino brasileiro tocar pela primeira vez no Ibero-Americano de Atletismo

Altobeli Silva venceu os 3.000m com obstáculos no Engenhão. (Foto: Gabriel Heusi/brasil2016.gov.br)Altobeli Silva venceu os 3.000m com obstáculos no Engenhão. (Foto: Gabriel Heusi/brasil2016.gov.br)
 
A ideia veio na Copa de 1982. O nome do atacante italiano que fez o terceiro gol na final do Mundial, contra a Alemanha, Alessandro Altobelli, inspirou o pai de um paulista de Catanduva. Altobeli Silva nasceu alguns anos depois, em 1990, e também vai participar de um grande evento esportivo. Mas não será a Copa da FIFA, e sim os Jogos Olímpicos.
 
Altobeli conseguiu na semana passada, com 8m28s, superar o índice olímpico nos 3.000m com obstáculos (8m30s) e, na manhã deste sábado (14.05), venceu a prova no Campeonato Ibero-Americano de Atletismo, no Engenhão, no Rio de Janeiro, com 8m33s. A competição também é evento-teste para o Rio 2016.
 
“Eu já sabia que não ia conseguir melhorar a marca, vim pela aclimatação. Soltei no final. Emocionalmente, fiquei feliz demais, acenei para a torcida três vezes, beijei a camisa. É isso que os atletas têm que fazer, entrar sem medo na pista, mostrar que o Brasil tem força”, disse o atleta. Em segundo lugar, ficou o argentino Joaquín Arbe (8m40s21), e o bronze foi para Ricardo Estremara, de Porto Rico (8m40s87).
 
Esta é a terceira competição de Altobeli nos 3.000m com obstáculos depois de muito tempo sem disputar a prova. “Em 2011, fiz uma prova em Piracicaba. Tinha perdido os 5.000m de manhã, achei que era à tarde. Então perguntei: ‘Que prova que tem?’ Tinha os 3.000m com obstáculos. Fiz sem nunca ter treinado e corri em 9m30s. Em 2012, abandonei a prova. Depois de três anos e meio, voltei a fazer este ano. Fiz cinco treinos, competi uma vez, caí no fosso, mas fiquei a cinco segundos do índice olímpico. Na segunda vez, fui lá e fiz”, disse, em referência à quinta etapa do campeonato paulista, em 7 de maio, em São Bernardo do Campo (SP).
 
A última vez que o Brasil teve representantes na prova masculina dos 3.000m com obstáculos foi em Atlanta 1996, com Clodoaldo Lopes do Carmo. Altobeli ainda disputa os 5.000m no Ibero-Americano, na próxima segunda (16.05), em busca do índice.
 
Demais pódios
Das 17 provas disputadas na manhã deste sábado, em quatro os pódios já foram definidos. Nos 3.000m com obstáculos feminino, a argentina Belén Casetta ficou com o primeiro lugar, com 9m42s, e alcançou o índice olímpico para os Jogos Rio 2016. A marca ficou três segundos abaixo do mínimo exigido.
 
A atleta comemorou o fato de poder disputar uma Olimpíada na América do Sul. “Não podia acreditar. Será especial estar aqui, porque também pode vir toda a minha família me ver correr, porque estão próximos”, comemorou Casetta, que no momento da vitória só tinha um desejo: “Não tem como explicar, é uma emoção incrível. Vontade de sair correndo até a minha casa e abraçar a minha mãe”.
 
A brasileira Tatiane Silva conquistou a prata, após ficar a um segundo do índice (9m46s), enquanto a peruana Zulema Arenas, com 9m56s, completou o pódio dos 3.000m com obstáculos feminino.
 
No salto em altura feminino, a norte-americana Chaunte Lowe venceu ao superar 1.96m. O segundo lugar ficou com a brasileira Valdileia Martins, com 1.84m, e o terceiro posto com a espanhola Raquel Álvarez, que saltou os mesmos 1.84m, mas na segunda tentativa.
 
Na outra final desta manhã, Jennifer Dahlgren, da Argentina, lançou o martelo a 65.87m e levou o ouro. As brasileiras Anna Pereira (61.42m) e Mariana Marcelino (60.91m) ficaram com a prata e o bronze, respectivamente.
 
Chaunte Lowe imagina o Engenhão em agosto: "eletrizante". (Foto: Gabriel Heusi/brasil2016.gov.br)Chaunte Lowe imagina o Engenhão em agosto: "eletrizante". (Foto: Gabriel Heusi/brasil2016.gov.br)
 
Avaliações do Engenhão
Belén Casetta adorou a nova pista do Estádio Olímpico. “Está incrível, a pista está muito rápida, muito boa, muito boa a organização”. A brasileira Franciela Krasucki, que está classificada para a final dos 100m na noite deste sábado, também elogiou. “Muito boa. Achei rápida por ser nova. A de fora (de aquecimento) é a mesma coisa, se não me engano é o mesmo material. Eu gostei bastante do que eu senti e tenho certeza que nos Jogos Olímpicos vão sair ótimos resultados aqui”.
 
Campeã mundial indoor do salto em altura em 2012 e detentora do recorde dos Estados Unidos, Chaunte Lowe fez a melhor marca da temporada (1.96m) no Engenhão. A atleta disse que adorou o estádio e comentou a preocupação com o vírus Zika.
 
“O estádio é ótimo. Eu consegui a melhor marca do ano, isso é muito bom. Acima de tudo, eu gosto das pessoas aqui. Elas são muito amáveis e tudo que me deram pra comer foi delicioso. Eu me sinto confortável de trazer minha família, não vi nenhum mosquito. Claro que vamos tomar precauções, tomar água filtrada, usar repelente, mas para ser honesta, você treina sua vida toda para isso. Sou muito mais picada na Flórida”.
 
Lowe, que ainda precisa passar pela seletiva americana em julho, já imagina como vai ser a atmosfera em agosto. “Tem um pequeno grupo de torcedores ali. Eles gritaram tanto, estão tão animados que já deu pra ver que este estádio estará eletrizante nos Jogos com o estádio cheio”.
 
Dartagnan comandando a torcida na arquibancada do Engenhão. (Foto: Gabriel Fialho/brasil2016.gov.br)Dartagnan comandando a torcida na arquibancada do Engenhão. (Foto: Gabriel Fialho/brasil2016.gov.br)
 
Torcida
O público, que teve entrada gratuita ao Estádio Olímpico, mostrou muita animação desde as primeiras horas da manhã. Isaías Moura, 14 anos, morador da Cidade de Deus, acordou às 5h para pegar o ônibus com mais 50 amigos que são de uma escolinha de futebol da comunidade. Pela primeira vez ele viu uma competição de atletismo. “Estou animado, levantei cedo pra vir”, comentou o zagueiro, que pode arriscar correr se não seguir nos campos de futebol. “Estou achando muito legal”.
 
O responsável por levar a garotada para conhecer o Engenhão é Gilmar Sobreira, fundador da escolinha, que atende a 150 alunos no total. “Tenho esse projeto há mais de 30 anos e sempre que posso, fazemos esses passeios. Fico feliz em ver que os meninos estão sendo bem encaminhados na vida”.
 
Para manter a empolgação da torcida, a banda comandada por Dartagnan Jatobá dava a trilha sonora das disputas. Animando o público brasileiro em quatro Olimpíadas e três Pan-Americanos, o músico tem experiência de sobra em grandes eventos. “Somente nas Olimpíadas de Barcelona em 1992, fizemos 31 eventos. Vimos o vôlei ganhar, o Rogério Sampaio, no judô”, lembra. Jatobá teve a iniciativa após sentir o que é competir em um estádio silencioso. “Era judoca e sentia como era entrar no tatame e não ter ninguém apoiando. Então, começamos de forma espontânea com uns amigos de Jacarepaguá e hoje temos uma empresa contratada pela Caixa, que nos apoia”, finalizou.
 
Carol Delmazo e Gabriel Fialho, brasil2016.gov.br

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