Ricardo Leyser: “Olimpíadas não são ponto de chegada, mas de partida”

Publicado em Terça, 15 Dezembro 2015 15:10

A meta é transformar o Brasil em potência esportiva. Mas isso, segundo o secretário de Alto Rendimento do Ministério do Esporte, Ricardo Leyser, não significa apenas quantidade de pódios nos Jogos Olímpicos. No seminário “Rio, capital mundial do esporte. Chegou a nossa vez”, realizado no auditório de Furnas, no Rio de Janeiro, nesta terça-feira (15), ele falou sobre a série de investimentos que o país vem realizando desde que o Rio foi eleito sede dos Jogos 2016 e reforçou que o planejamento visa ao longo prazo.



“Estamos aproveitando o momento para construir uma potência esportiva pensando não só em número de medalhas, mas na pluralidade de modalidades, na qualificação das equipes técnicas que estão por trás dos atletas. Também estamos pensando na profissionalização da gestão do esporte. E é preciso criar uma rede de prática do esporte bem estruturada, que vá da base ao alto rendimento”, disse.

Ricardo Leyser citou o investimento de R$ 1 bilhão do Plano Brasil Medalhas, que alcança 29 modalidades olímpicas e 16 paralímpicas. Por meio do plano, foi possível melhorar a infraestrutura, aumentar as equipes multidisciplinares, viajar mais para disputa de campeonatos e incrementar o apoio direto ao atleta com a Bolsa Pódio – categoria da Bolsa Atleta que paga de R$ 5 a R$ 15 mil mensais aos esportistas que estão brigando no topo mundial de suas modalidades. Ao todo, 431 atletas são beneficiados pelo Plano Brasil Medalhas: 252 com a Bolsa Pódio e outros 179 por meio de apoio a esportes coletivos.

Por todo o país, houve mudanças na realidade esportiva. A maior compra de equipamentos de ginástica da história, 50 kits de luta olímpica entregues em 19 estados, reforma e construção de 47 pistas de atletismo e centros de treinamento, e criação de centros nacionais para esportes como canoagem slalom, judô, handebol e saltos ornamentais são alguns exemplos de uma das prioridades do Ministério do Esporte, segundo Leyser: a nacionalização do investimento. Isso sem contar a construção de locais multiesportivos, como o Centro Paralímpico Brasileiro, em São Paulo (SP), e o Centro de Formação Olímpica do Nordeste, em Fortaleza (CE).

“É o primeiro passo do que a gente imagina que seja a nova era do esporte brasileiro. Os Jogos não são o ponto de chegada, e sim ponto de partida. E não se restringem ao Rio de Janeiro”, disse o secretário de Alto Rendimento do ME.

A “alma” do planejamento é a criação da Rede Nacional de Treinamento, que vai da prática esportiva na base aos principais centros de Alto Rendimento do país  – os Centros Olímpicos de Treinamento, ou COTs – que serão estruturados nos principais locais de competição dos Jogos Rio 2016: o Parque Olímpico da Barra e o Complexo Esportivo de Deodoro.

“Trabalhamos com quatro conceitos relativos ao legado dos Jogos Rio 2016: que seja amplo, chegando a todas as modalidades; democrático, da base ao alto rendimento; nacional, chegando a todas as unidades da federação; e a longo prazo, que não se esgote no ano que vem”, enfatizou Ricardo Leyser.

Carol Delmazo, brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte
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