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Dentro do trabalho físico, consciência corporal é arma na prevenção de lesões de atletas, rumo aos Jogos Olímpicos
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- Publicado em Segunda, 03 Agosto 2015 10:38
Luigi Turisco tem experiência de preparação física com esportes coletivos – é responsável pela seleção masculina de handebol, que acaba de levar o ouro nos Jogos Pan-Americanos de Toronto – e também com modalidades individuais – como o velejador Jorge João Zarif, o Zarifinho, da classe Finn. Para ele, a logística de trabalho em um ciclo olímpico é basicamente a mesma, nos dois casos, com periodizações, o que segue neste ano pré-olímpico.
Independentemente de o ano ser pré-olímpico, frisa, a preparação física é sempre importante. “Temos exercícios preventivos, os que chamamos de funcionais. O objetivo é equilibrar o corpo dos atletas, com recuperação física, com controle de aspectos mentais, de controle de emoções”, dizo preparador, que também se vale da ioga para esse trabalho de “concentração, respiração, visualização” na busca do equilíbrio de corpo e mente em lugares mais propícios a relaxamento, mais tranqüilos, como gramados.
“Às vezes, menos é mais...”
No handebol, é muito importante estar bem condicionado, porque o esporte é de muito contato e é preciso que todos estejam “inteiros”, como na briga pelo ouro do Pan. “Para a seleção, o auge de 2015 era o Pan. Tivemos o Mundial do Catar em janeiro, e passamos a trabalhar para ter o pico de preparação em Toronto”, diz Turisco.
Quanto a Jorge Zarif, a preparação é mais fácil “entre aspas”, porque as lesões são mais difíceis de acontecer. “Ainda assim, há problemas. O Zarifinho teve lesões importantes, no joelho, nas costas, que precisamos cuidar. Mas trabalhamos muito com consciência corporal, antes mesmo do trabalho físico.”No caso do velejador, a ioga funciona também para trações e torções, no alinhamento do corpo.
A Finn Gold Cup será disputada em Takapuna, na Nova Zelândia, de 21 a 29 de novembro.
Folgas intercaladas
Os jogadores de handebol voltam a seus clubes agora em agosto, setembro e outubro, mas com uma programação de treinamento para recuperação, porque a parte física e técnica tende a cair, como observa Turisco. “Em novembro, voltamos às atividades. Como 2016 será ano de Jogos Olímpicos, não haverá Mundial. Teremos amistosos mais fortes em janeiro, possivelmente na Europa, com Alemanha, Espanha.“
Em maio de 2016, os jogadores brasileiros que atuam em times europeus estarão terminando a temporada. Haverá intervalos de dez dias de férias, entre as duas semanas do trabalho de base, no Brasil ou no Exterior, e a lapidação, com mais trabalho físico e jogos mais fracos e antes do Pré-Olímpico, que tem equipes européias mais fortes. “Aqui, devemos fazer 99% da nossa preparação já nas instalações olímpicas.”
Fonte: Denise Miras