Esporte, circo e teatro garantem diversão para crianças do Segundo Tempo em Ribeirão Preto (SP)

Publicado em Quarta, 15 Janeiro 2014 16:05

A retomada em 2014 do Programa Segundo Tempo fez com que beneficiados de Ribeirão Preto, São Paulo, ficassem em Foto: DivulgaçãoFoto: Divulgaçãofesta. Mil e duzentas crianças e adolescentes moradores de favelas e regiões próximas, em que há um alto índice de criminalidade e questões relacionadas a alcoolismo, drogas e prostituição, aproveitam agora a chance de vivenciar oportunidades que antes só faziam parte do imaginário infantil. Meninos e meninas carentes resgatam fantasias de infância com a prática das artes circenses trapézio e portagem(malabarismo com o uso de panos).

Além da arte circense ensinada pela educadora Letícia Paola e pelo professor-voluntário João Marcílio (foto), os jovens assistem a teatro de fantoches e aprendema confeccionar sua própria pipa em uma oficina. Vôlei, tênis, natação, atletismo, handebol e futebol de salão são outras modalidades oferecidas.

O programa de inclusão social do Ministério do Esporte está virando uma tradição em Ribeirão Preto na medida em que cresce uma rede de solidariedade. Dela participam colaboradores, voluntários e gestores, que vestiram a camisa do projeto. A segunda edição, reiniciada no último dia 6, reforça o compromisso social. Essa fase privilegia novamente a estudante Francisca*, de 11 anos, que já foi atendida no primeiro convênio encerrado em abril de 2012.

Abaixo os semáforos - Bastou apenas um desabafo de insatisfação da garota para a cidadã alçar outros voos. “Ah, não, professora. O programa acabou e eu vou voltar novamente para o semáforo?”. Foi graças ao questionamento de crianças como Francisca* junto à coordenadora-geral do PST, Fernanda Nascimento, que a prefeitura de Ribeirão Preto decidiu continuar com o programa. “O PST municipalizado funcionou durante um período de 8 meses em 2013, enquanto aguardava a análise da prestação de contas do primeiro convênio e sua posterior renovação de contrato”, explica a educadora.

A ordem de início sinalizada pela Secretaria Nacional de Esporte, Educação, Lazer e Inclusão Social (Snelis) foi comemorada. Uma solenidade cívica marcouo lançamento da edição 2014 do Programa Segundo Tempo. O salão nobre do Palácio Rio Branco, sede da prefeitura, foi literalmente invadido pelas crianças e adolescentes, na faixa de 6 a 15 anos. Ao serrecepcionada pela prefeita Dárcy Vera e pelo secretário de Esportes Marcelo Palinkas, a garotada festejou a retomada das atividades, que serão desenvolvidas em 10 núcleos de programa, por mais 18 meses.

Longe de más companhias –Entre cultura e recreação, um beneficiado se destaca nesse universo de sonhos propiciado pelo Segundo Tempo. O estudante José*, de 12 anos, que antes mantinha amizade com pessoas ligadas ao tráfico, passou a frequentar o programa e se dedicou ao futsal. Ele descobriu o talento para a modalidade ensinada pelo monitor Daniel do Carmo. “Nosso garoto é  nota 10. Ele é um potencial nato”, afirma.

*Nome fictício, em cumprimento ao Estatuto da Criança e do Adolescente

 

Carla Belizária
Ascom – Ministério do Esporte
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