ÁUDIO E VÍDEO: Ministro do Esporte abre em Tocantins os Jogos dos Povos Indígenas

Publicado em Domingo, 06 Novembro 2011 20:51

Maior evento intertribal das Américas, os XI Jogos dos Povos Indígenas foram abertos na noite deste sábado (5.11), em Porto Nacional (TO), pelo ministro do Esporte, Aldo Rebelo. Acompanhado pela ministra da Secretaria da Igualdade Racial da Presidência da República (Seppir), Luiza Bairros, do governador de Tocantins, Siqueira Campos, do secretário de Esporte do estado, Olynto Neto, do senador Vicentinho Alves e da anfitriã, a prefeita Tereza Martins, Aldo Rebelo deu boas vindas aos mais de 1.300 guerreiros indígenas que estarão reunidos até o próximo dia 12, em nome do esporte, da cultura, da espiritualidade e da diversidade racial.

A solenidade comandada pelo idealizador dos Jogos, Marcos Terena, também contou com a presença da presidente do Comitê Intertribal Memória e Ciência Indígena, Samira Tsibodowapre. A nação indígena brasileira desfilou com trajes típicos de gala. Cada uma das 39 etnias se apresentou com vestimentas, adereços, plumagens, pinturas e cânticos diferenciados, de acordo com a tradição étnica.

Na sequência do desfile, o indígena Lucio Nhandéwa entregou o fogo ancestral aceso na noite anterior, em cerimônia espiritual na Praça das Mercês, ao Tenente Daniel, do Corpo de Bombeiros do município. Trata-se da tocha olímpica indígena. Após a volta no circuito, o militar a repassou para o guerreiro Akidarira, da Ilha do Bananal, que se dirigiu à região central e acendeu a chama gigante dos Jogos.

Para celebrar o momento, o povo Xerente apresentou o Inssitró, ritual geralmente utilizado em grandes cerimônias na aldeia, como os batismos de crianças e a passagem de adolescentes para a fase adulta. Em seguida, o povo Sucuri-Jaboti, com seus corpos pincelados com penas brancas, carregaram nos ombros dois troncos de buritis de 100 quilos cada um. Para completar a saudação, as toras foram fincadas no chão da arena, simbolizando os espíritos da terra.

Hino em duas línguas
A Bandeira Nacional foi trazida pelos guerreiros Kayapó, do Pará. A apresentação do Hino Brasileiro ficou por conta de duas mulheres. Zuleica Terena cantou na sua língua indígena, enquanto Maria Rita, de Palmas (TO), interpretou em português.

Por fim, uma flecha com a ponta em chamas, lançada por um atleta guerreiro, atravessou o céu da arena para acionar a queima de fogos.

Para o ministro Aldo Rebelo, iniciativas como a dos Jogos Indígenas são louváveis porque reafirmam, por meio do esporte, a identidade dos povos e fazem com que o governo federal se sinta estimulado a apoiar e incentivar ainda mais. "É o resgate de uma dívida que a sociedade tem com os primeiros habitantes do Brasil, não só na área do esporte, como também garantindo a eles educação e saúde", disse o ministro.

Rebelo ainda citou o Programa Esporte e Lazer da Cidade (Pelc) Indígena como importante ação da pasta para essa área. "O Pelc Indígena tem como meta promover, por meio do lazer e do esporte, práticas tradicionais dentro das aldeias. São ações que antes eram praticadas pelos ancestrais e que, com a proximidade da sociedade não índia, estão sendo esquecidas, principalmente pela juventude."

Confira a página especial dos Jogos Indígenas no site do Ministério do Esporte

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Carla Belizária, de Porto Nacional (TO)
Foto: Divulgação
Ascom - Ministério do  Esporte
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