Com um belo desfile das delegações e manifestações culturais, a arena Kari-Oca da conferência Rio+20 festejou a abertura dos Jogos Verdes Indígenas. A cerimônia, realizada na noite desta quinta-feira (14.06), no Campus da Fiocruz, em Jacarepaguá, apresentou as 20 etnias e teve a participação do secretário Nacional de Esporte, Educação, Lazer e Inclusão Social do Ministério do Esporte, Afonso Barbosa. Ao dar as boas-vindas aos atletas, Barbosa reconheceu a importância da sabedoria dos povos para a preservação do meio ambiente.

"Estamos numa manifestação cultural muito importante, em que o esporte se destaca como principal ferramenta. É uma honra tê-los como patriotas e como irmãos e espero que sejam todos bem-sucedidos", declarou Barbosa. O evento também contou com a presença de autoridades como Teresinha Maglia, do Ministério da Justiça, Marcelo Costa, da Presidência da República, Leonardo Maciel, da Prefeitura do Rio de Janeiro, Gilson Antunes da Silva, coordenador executivo da Fiocruz, e o capitão Roger, comandante do grupo militar da Força Nacional, responsável pela segurança dos indígenas.

Um dos pontos altos ocorreu durante o desfile dos índios Terena. Com pinturas corporais e vestimentas com penas de aves, dançaram e cantaram o deus protetor da natureza. A etnia deu um show no palco dos Jogos ao elevar um indígena que, em seguida, ergueu a bandeira do Brasil.

Outra atração foi o desfile da nação Guarani, que participa pela primeira vez dos Jogos Indígenas. A delegação, composta por  homens e mulheres vestidos com indumentárias apaches e usando cocás na cabeça, apresentou-se como um coral acompanhado por três índios no violão. Em seu cântico, os habitantes das terras do Paraná exaltaram a lua e o sol pelo sucesso do evento, que se encerra no próximo dia 22.

Representante da voz indígena na Organização das Nações Unidas (ONU), Marcos Terena comandou a solenidade ao lado de dois índios que são lideranças espirituais nos Estados Unidos e no Canadá. "Nosso coração está cheio de felicidade e de alegria ao ver todos os meus parentes reunidos aqui. Nossas profecias diziam: teríamos por 500 anos muito sofrimento. Agora, a primavera surgirá mais forte do que nunca", disseram os pajés visitantes.