O jogo de peteca indígena, realizado pelos guerreiros indígenas Kayapós, é descontraído. O esporte tradicional mais parece uma espécie de brincadeira e é praticado pelos homens da aldeia. Ao se colocarem frente a frente com os demais guerreiros, num espaço em formato de círculo, os índios petequeiros tabelam o objeto no centro da arena dos Jogos Verdes. O atleta que deixar o equipamento cair no chão é submetido a uma penalidade aplicada tanto pelas guerreiras que estão assistido ao jogo, quanto pelos demais índios-atletas.
Quem deixa a peteca indígena cair leva uma "carreira" dos demais, com direito a safanões e tapinhas nas costas e cabeça. Resumindo: o jogador tem que ter "sebo nas canelas" para fugir da situação.
Ao fim do jogo, os Kayapós cantam e dançam. Em coro único, homens abraçados aos homens, e mulheres às mulheres agradecem, com alegria, a boa colheita e a saúde dos parentes habitantes da aldeia.
Já o povo indígena Pareci, que habita a região de Tangará da Serra, no Mato Grosso, fez a dança da saudação e da alegria para agradecer aos moradores da cidade do Rio de Janeiro pela belíssima recepção. Depois, mostraram aos visitantes o esporte tradicional praticado exclusivamente por seus ancentrais e pelos jovens guerreiros da etnia: o futebol de cabeça.
Guerreiro Pareci lança-se ao chão pra alcançar a bola
No centro da arena dos Jogos Verdes, seis atletas dividem-se em dois times, cada equipe com três jogadores. Quando a bola é lançada, como se fosse a cobrança de um tiro de meta no futebol, os atletas guerreiros ficam de pé para observar o destino da bola. No momento em que ela bate no solo, eles tentam tocá-la, lançando-se ao chão.
O equipamento esportivo especial é produzido pelos próprios indígenas com o látex (leite da mangaba). A bola só pode ser tocada com a cabeça. Lances com pés, pernas, braços e mãos não valem. Ganha quem conseguir tocar a bola, fazendo com que ela ultrapasse a linha de fundo (área em que os guerreiros adversários se encontram).