Ministério do Esporte Judô inspira estudantes do Morro do Alemão e Favela da Maré, no Rio de Janeiro
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Judô inspira estudantes do Morro do Alemão e Favela da Maré, no Rio de Janeiro

Eles são estudantes cariocas moradores de 30 comunidades pobres dos Complexos de Favelas do Morro do Alemão, já pacificado, e da Maré, que aguarda pela pacificação. No local, muitos jovens perdem a vida, vítimas das drogas e da violência urbana. Mas, a democratização do esporte, oferecido pelo Programa Segundo Tempo/Forças no Esporte, no Centro de Preparação de Oficiais da Reserva do Rio de Janeiro (CPOR), faz com que a garotada exposta à vulnerabilidade e ao medo encontre no esporte de defesa, como o judô, a esperança de um futuro melhor.
 
Com a chegada do Campeonato Mundial de Judô, no Maracanãzinho, os garotos têm uma motivação a mais para praticar o esporte, mesmo com as aulas suspensas durante toda essa semana.  É que o professor de judô do PST, Carlson Fallosi - faixa preta 2º Dan -, é técnico da Federação do Rio de Janeiro, da categoria sub-18, e foi convidado para trabalhar no mundial. A pausa temporária no treino veio seguida de um combustível a mais para impulsionar a energia da garotada.
 
Ao explicar a importância do mundial para o país e para os judocas brasileiros, Carlson anunciou a participação da garotada em uma competição. Trata-se da Copa de Iniciantes, que será realizada no Centro de Treinamento de Deodoro, em setembro. "Será uma troca de experiência", avalia o professor.
 


Mateus Murros, 15 anos, mora no conjunto Esperança, da favela da Maré e é filho único de pai autônomo e mãe digitadora, é um dos mais antigos do grupo. A disciplina do esporte que o transformou em liderança entre os colegas é a mesma que o faz vislumbrar um futuro melhor. Mesmo se esforçando e ganhando muitas medalhas, o estudante afirma que precisa melhorar ainda mais nas técnicas do judô. Mateus também é enfático sobre seus planos futuros. "Quero seguir carreira no Exército e ser um atleta militar".
 
O estudante ingressou no PST aos 11 anos, época em que era "gordinho e baixinho", como o mesmo admite. Tinha 1,49 cm de altura e pesava 59 kg. Na época, uma intoxicação alimentar resultou num alerta do pediatra e da nutricionista do Sistema Único de Saúde (SUS). O exame de sangue do menino apontava altas taxas de glicose e colesterol com um risco iminente de adquirir uma diabetes.
 
Mas o dojô virou palco de transformação e da melhoria da qualidade de vida. O garoto que nem sequer conseguia correr, pois cansava rápido, hoje é outra pessoa. Ao praticar o judô ele cresceu, está com 1,66 de altura e conseguiu manter os mesmos 59 kg que tinha antes. O judô também me proporcionou a disciplina, refletindo diretamente nas notas que eram regulares. Mateus é aluno da escola federal, Colégio Pedro II, conhecida como uma das mais exigentes. "Hoje estou bem melhor, pois evoluí para a média oito", afirma orgulhoso.
 
Entre o "soto-gari" e um "ippon-seoi-nage", que são os golpes mais usados, sendo este último, o mais efetivo e arriscado porque o judoca vira e dá as costas para o oponente, Matheus evoluiu no esporte. Passou da faixa branca para duas graduações: azul e amarela. Sempre assíduo nas aulas do PST, o aluno buscou na leitura o aprofundamento das técnicas e dos golpes. "Não dispenso livros de ação, de suspense, de histórias da humanidade e da Europa", revela.
 
Aluna nota 10
No Programa Segundo Tempo, meninas também se destacam pelo potencial esportivo e intelectual. Uma delas é a estudante da 4ª série, Yasmin de Souza da Silva, 10 anos, moradora da Baixada do Sapateiro. Os pais da garota são autônomos e trabalham juntos na montagem de computadores. "Se eu não estivesse no PST meu destino seria outro, ou seja, em casa, assistindo televisão, sem ocupação, esperando o tempo passar".

Yasmin conta como despertou o interesse pelo judô: "Para me defender", dispara, ao ressaltar que sua família tem mais tranquilidade por ela encontrar-se em lugar seguro. "Aqui lutamos, fazemos muitas amizades e estamos protegidos". Quanto ao boletim da escola, esse é orgulho só. A garota, que só tira nota 10, participou do quadro Soletrando, de um programa de televisão. "Não ganhei, mas foi legal participar", destaca a judoca, que pretende seguir carreira como professora de informática e ajudar os pais.
 
PST/Forças no Esporte
Unidade militar do Exército Brasileiro no bairro de Bonsucesso, o CPOR está sob o comando do coronel Roberto Ferreira Garcia e conta com as atuações do capitão Mauro David Cardoso, oficial de treinamento físico-militar e do coordenador de núcleo Sargento Paixão.  No local funcionam dois dos 131 núcleos do Segundo Tempo, programa de inclusão do Ministério do Esporte em parceria com o Ministério da Defesa, que atende em quartéis do Exército, Marinha e Aeronáutica do país, de todos os estados e do Distrito Federal, cerca de 13 mil estudantes.
 

Carla Belizária
Foto: Francisco Medeiros
Ascom - Ministério do Esporte

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