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Conheça os principais programas e ações da Secretaria Especial do Esporte.
Videorreportagens, textos e fotos mostram como os projetos são colocados em prática e os resultados alcançados em todo o país.

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Jogos Escolares da Juventude promovem inclusão com atletas paralímpicos

Diagnosticada com autismo, a jovem estudante cearense Jennifer Mayra Almeida, de 13 anos, escolheu a natação como uma ferramenta para melhorar o relacionamento interpessoal com os colegas. Depois de disputar duas edições das Paralimpíadas Escolares – a última na semana passada, em São Paulo –, a jovem encara em Blumenau (SC) os Jogos Escolares da Juventude pela primeira vez. A estudante é exemplo de trabalho de inclusão proposto pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB) ao unir esporte, consciência social e construção dos valores de cidadania.

“Eu me interessei pela natação ao assistir meu irmão nadando. É muito especial competir aqui, pois é uma nova experiência participar de um evento convencional desse tamanho”, revelou a estudante.

Foto: Breno Barros/Ascom - Ministério da CidadaniaFoto: Breno Barros/Ascom - Ministério da Cidadania


Jennifer estudo na Escola Henrique Jorge, em Fortaleza, no Ceará. Mesmo com as limitações e sem os tempos necessários para brigar por pódio na competição, a estudante fez questão de representar o estado em três provas na piscina do Sesi de Blumenau (SC): 50m borboleta, 50m peito e 200m medley.

“A natação é um esporte saudável e me ajuda muito. Sempre aprendemos coisas novas. Contribui muito na minha memória, pois fazemos muitas repetições. Aqui eu nadei três provas e volto para casa muito feliz pela oportunidade”, disse.

Na última semana, a estudante cearense disputou em São Paulo as Paralimpíadas Escolares, que reuniram mais de 1.200 atletas, de todas as unidades da federação, no Centro Paralímpico Brasileiro (CPB).

As competições estudantis são uma oportunidade de estímulo ao espírito olímpico, além de difundirem os valores do esporte e de cidadania aos jovens. Neste ano, completam 50 anos de história de incentivo à prática esportiva nas escolas do Brasil. Os Jogos Estudantis Brasileiros (antigos JEBs) foram os primeiros a serem disputados, em 1969, no Rio de Janeiro.

Foto: Abelardo Mendes Jr/ Ministério da CidadaniaFoto: Abelardo Mendes Jr/ Ministério da Cidadania

Além do trabalho de inclusão, as provas de natação nos Jogos Escolares da Juventude de Blumenau (SC) contam com convidados especiais. Jovens estudantes do país-sede dos Jogos Olímpicos de 2020 representam o Japão no evento. A manhã desta quinta-feira (28.11) voltou a contar com atletas japoneses no pódio. Ise Takato, que já havia vencido os 50m livre e os 200m medley na véspera, voltou a subir ao alto do pódio, desta vez nos 100m livre (53s30).

Kumagaya Natsuki também venceu a prova dos 50m peito (33s77). Por fim, Takato e Natsuki ainda conquistaram o bronze no revezamento 4x50 medley misto, composto também por Umehara Miko e Watanabe Ryunosuke (1min59s51).

Os Jogos Escolares da Juventude são uma realização do Comitê Olímpico do Brasil (COB), com o apoio da Prefeitura de Blumenau e do Governo do Estado de Santa Catarina, por meio da Fundação Catarinense de Esporte (Fesporte).

Breno Barros, de Blumenau (SC) – Ascom – Ministério da Cidadania

Políticas de inovação para o esporte são tema de debate na Câmara dos Deputados

O secretário especial do Esporte do Ministério da Cidadania, Décio Brasil, participou nesta quinta-feira (28.11) de uma mesa-redonda proposta pelo deputado federal Júlio Cesar Ribeiro, presidente da Subcomissão Especial da Indústria do Esporte, na Câmara dos Deputados, para tratar de inovações e tecnologia no setor esportivo.

Secretário Décio Brasil durante o evento na Câmara dos Deputados. Foto: Francisco Medeiros/Min. CidadaniaSecretário Décio Brasil durante o evento na Câmara dos Deputados. Foto: Francisco Medeiros/Min. Cidadania

O secretário fez um relato sobre a estrutura esportiva que o Brasil tem à disposição, grande parte dela reformada e construída em função dos megaeventos de 2014 (Copa do Mundo) e de 2016 (Jogos Olímpicos e Paralímpicos). Para ele, o aproveitamento dessa estrutura é estratégico para a valorização do esporte. Ele usou como exemplo o Parque Olímpico da Barra. “Estamos estudando maneiras de utilizar o Parque Olímpico o ano todo e, sobretudo, buscar ações de fomento à inovação e à tecnologia. Queremos instalar, junto à iniciativa privada, um cluster, a exemplo da Arena Hub de São Paulo, para trabalhar com ações inovadoras por meio do esporte”, explicou.

A Arena Hub é um projeto que busca unir empresas, startups e ações inovadoras com foco na transformação social através do esporte. A ideia foi lançada pelo governo estadual de São Paulo e tem o início dos trabalhos previstos para o primeiro semestre de 2020.

O Sebrae Nacional, representado pelo gerente Paulo Pupim, também esteve presente no debate e mostrou interesse em ser parceiro no setor esportivo. Pupim ressaltou que o Sebrae ainda não tem projetos que alinhem esporte, inovação e tecnologia: “O Sebrae Tech já atua na área de startups, e a ideia é ampliar essa atuação para que as ações cheguem à área do esporte”.

O Prêmio de Inovação Tecnológica no Esporte, que acontece na próxima semana (02.12), em São Paulo, foi abordado pelo presidente da Associação Brasileira da Indústria do Esporte (Abriesp), Maurício Fernandez, que ressaltou a iniciativa. “O prêmio será acompanhado de um fórum com diversos representantes mundiais esportivos que atuam na área de inovação. Precisamos pensar o esporte fora da caixinha. É nisso que estamos trabalhando”, afirmou.

Décio Brasil parabenizou a Abriesp, que será a ganhadora do prêmio em São Paulo: “Acredito que a iniciativa vai estimular os nossos jovens e despertar neles o interesse em pensar na inovação esportiva. A Abriesp está de parabéns pelas ações que vem desenvolvendo”.

Ascom - Ministério da Cidadania

 

Estande da ABCD transmite valores éticos e morais do esporte durante os Jogos Escolares

Os jovens atletas que disputam a edição de Blumenau (SC) dos Jogos Escolares da Juventude têm a oportunidade de aprender brincando. Na área de convivência montada na Vila Germânica, principal ponto turística da cidade, os estudantes com idade entre 12 a 14 e 15 a 17 anos encontram no estande #JogoLimpo informações sobre valores éticos e morais do esporte, o respeito aos adversários, a honestidade e a disciplina.

Foto: Abelardo Mendes Jr/ Ministério da CidadaniaFoto: Abelardo Mendes Jr/ Ministério da Cidadania

A ação educativa tem o objetivo de informar, educar e prevenir os jovens atletas sobre os efeitos das drogas e do uso de substâncias ilegais para a melhora da performance. O trabalho de conscientização dos estudantes é realizado de forma lúdica pela Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD), da Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania.

O trabalho lúdico é promovido por meio de jogos interativos. Os jovens participam de lançamento de dardo e de jogo de tabuleiro em tamanho real. Ao participar das brincadeiras, os alunos recebem brindes. O estande conta também com uma mesa interativa e outra de operação, que serve para explicar o processo de controle de dopagem e que mostra como são feitas as coletas das amostras de sangue e de urina dos atletas.

Foto: Abelardo Mendes Jr/ Ministério da CidadaniaFoto: Abelardo Mendes Jr/ Ministério da Cidadania

A campanha educacional nos Jogos Escolares da Juventude é fruto de um acordo de cooperação entre a Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD) e o Comitê Olímpico do Brasil (COB).

Os últimos dias dos Jogos Escolares da Juventude Blumenau 2019 reservam emoções aos atletas. De 27 a 29 de novembro, a cidade catarinense abrigará competições de seis modalidades esportivas diferentes (ciclismo, ginástica rítmica, natação, tênis de mesa, vôlei de praia e xadrez) e, com isso, outros grandes talentos do esporte terão a chance de mostrar o seu valor.

Breno Barros, de Blumenau (SC) – Ministério da Cidadania

Departamento de Infraestrutura de Esporte faz visitas técnicas a municípios do Ceará

Entre os dias 4 e 8 deste mês, uma equipe técnica do Departamento de Infraestrutura de Esporte (DIE), da Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania, realizou uma Visita de Orientação Técnica (VOT) às obras de infraestrutura de esporte nos municípios de Maracanaú, Tauá, Missão Velha e Horizonte, no Estado do Ceará.

Campo de futebol em Horizonte (CE). Foto: DIECampo de futebol em Horizonte (CE). Foto: DIE

O objetivo da visita foi passar orientações aos municípios sobre os empreendimentos e complementar as ações de monitoramento de obras cujos indicadores sugerem maior atenção, com foco na entrega dos espaços esportivos para o uso da sociedade.

Com as visitas técnicas, o DIE procura ampliar as ações de governança sobre a execução de obras de infraestrutura de esporte que contam com recursos da União.

Ascom – Ministério da Cidadania

 

Jogos Escolares reúnem atletas de famílias tradicionais do tênis de mesa do país

Os Jogos Escolares da Juventude são o principal palco da nova geração de atletas do país. A edição de 2019 conta com jovens que carregam sobrenomes tradicionais na história do tênis de mesa. Giulia Takahashi, de 14 anos, irmã caçula da mesatenista da Seleção Brasileira Bruna Takahashi, e Felipe Doti Arado, 13 anos, filho dos ex-atletas e atuais treinadores Mônica Doti e Francisco Arado (Paco), são os destaques da modalidade na fase nacional da competição, disputada em Blumenau (SC). Os dois jovens defendem a escola Educandário Santo Antônio de São Paulo.

Giulia Takahashi e Felipe Arado: tradições familiares no tênis de mesa. Foto: Abelardo Mendes Jr/ Ministério da CidadaniaGiulia Takahashi e Felipe Arado: tradições familiares no tênis de mesa. Foto: Abelardo Mendes Jr/ Ministério da Cidadania

Takahashi participa pela segunda vez da principal competição escolar do país. A primeira participação da jovem foi em 2018, no evento disputado em Natal. Ela voltou para casa com três medalhas de ouro: individual, duplas mistas e equipe. Em 2019, a paulista busca outras três medalhas de ouro. “O meu objetivo é conquistar três medalhas, da mesma forma como foi no ano passado. Darei o meu melhor para conquistar os três ouros novamente”, disse.

Pela pouco idade, Giulia Takahashi fez pela primeira vez a sua inscrição para pleitear o benefício financeiro do programa Bolsa Atleta da Secretaria Especial de Esporte do Ministério da Cidadania em 2019. O auxílio vai contribuir para o aprimoramento dos treinos da jovem atleta.

“Achei bem legal ter participado do meu primeiro campeonato escolar no ano passado. Amei o centro de convivência e toda a estrutura. Eu nunca tinha participado de um evento desse tamanho. A competição foi muito boa, porque foi o meu primeiro e ganhei três ouros que disputei”, explicou.

Giulia é uma grande expoente da modalidade. Neste ano, ela conquistou quatro medalhas de ouro no Campeonato Sul-Americano Sub15. “No primeiro semestre viajei também para a Europa. Foi a primeira vez que treinei fora do país, passando por Alemanha e Polônia. No segundo semestre voltei para a Europa e passei mais dois meses treinando e jogando”, revelou Giulia.

Em 2019, a paulista disputou o Campeonato Mundial na Polônia. A jovem foi eliminada nas oitavas de final, quando foi superada por uma jogadora da Coreia do Sul. Em 2020, a paulista vai jogar o último ano na categoria infantil e espera repetir o feito da irmã, que conquistou o título mundial na despedida da categoria.

“No ano que vem eu quero conquistar o Sul-Americano e depois competir o Latino Americano. Será o meu último ano no infantil. O meu objetivo mesmo é conquistar o título no Campeonato Mundial no meu último ano do infantil da mesma forma que a minha irmã ganhou. Então, vou treinar para conquistar o mesmo feito da minha família. O Mundial será disputado na Tailândia”, projetou.

Foto: Abelardo Mendes Jr/ Ministério da CidadaniaFoto: Abelardo Mendes Jr/ Ministério da Cidadania

Estreia de Arado
Arado é outro sobrenome conhecido no universo do tênis de mesa. Felipe Doti Arado encara pela primeira vez o desafio de disputar a principal competição estudantil do país. “É bem legal disputar os Jogos Escolares. É uma experiência nova para mim. Comecei a brincar de tênis de mesa aos 6 anos, mas eu preferia jogar futebol. Comecei a treinar mesmo no ano passado e neste ano fiz a minha inscrição na federação. A minha família influenciou muito, pois o meu pai é técnico e a minha mãe também. Eu treino com o meu pai em São Caetano”, afirmou.

Os últimos dias dos Jogos Escolares da Juventude Blumenau 2019 reservam muitas emoções aos atletas. De 27 a 29 de novembro, a cidade catarinense abrigará competições de seis modalidades esportivas diferentes (ciclismo, ginástica rítmica, natação, tênis de mesa, vôlei de praia e xadrez) e, com isso, outros grandes talentos do esporte terão a chance de mostrar o seu valor.

Galeria de fotos (imagens disponíveis em alta resolução. Uso editorial gratuito. Crédito obrigatório: Abelardo Mendes Jr/ Ministério da Cidadania)

Jogos Escolares da Juventude 2019Jogos Escolares da Juventude 2019

Breno Barros, de Blumenau (SC) – Ministério da Cidadania

Por meio da Lei de Incentivo, Pedala Green reúne centenas de ciclistas no bairro da Mooca em São Paulo

O Parque da Mooca, em São Paulo, recebeu o passeio ciclístico Pedala Green no último domingo (24). Em um clima de festa e diversão, crianças e adultos percorreram o trajeto de dez quilômetros. A iniciativa foi realizada pela Associação Pedala Brasil de Ciclismo com recursos captados por meio da Lei de Incentivo ao Esporte, da Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania.

O percurso começou na arena montada no Parque da Mooca e percorreu as ruas do bairro e, após duas horas de duração, terminou no mesmo ponto de partida. A segurança dos ciclistas foi garantida com o apoio de ambulâncias e dos órgãos municipais de trânsito e guarda civil metropolitana. 

“O saldo do evento foi muito positivo e estamos muito felizes”, afirmou o presidente da Pedala Brasil, Wanderley Gonzales. “Oferecemos gratuitamente atividades e atrações incentivando a prática de exercícios físicos como qualidade de vida e cuidados com a saúde, além de conscientizar sobre o uso de transportes não poluentes”, concluiu Wanderley.

Durante o passeio ciclístico, os participantes puderam fazer uma parada na “Oficina da Bike”, espaço para avaliar a manutenção da bicicleta e ter acesso a serviços básicos, como ajustes de freio e calibragem de pneus. Triciclos no espaço “Sem Rodinhas” também divertiram e orientaram a criançada sobre regras de trânsito.

Além das atividades próprias para os ciclistas e para as crianças, o Pedala Green também ofereceu uma estrutura voltada para prevenção. O Espaço Saúde proporcionou oportunidade para massagem, aferição de pressão, teste de glicemia e avaliação física com bioimpedância.

A arena contemplou ainda espaço para entretenimento com uma pista de autorama onde os carrinhos são movidos a pedaladas, além da apresentação de uma banda de música que animou crianças, adolescentes, adultos e idosos

Ascom - Ministério da Cidadania

 

Projeto social de Toledo (PR) se consolida como força do badminton nos Jogos Escolares

Foi-se o tempo em que as competições de badminton nos Jogos Escolares da Juventude eram dominadas completamente pelos atletas do Piauí. Ainda que o estado nordestino siga como principal referência na modalidade, outro projeto, da Região Sul do país, tem chamado a atenção nas últimas edições do evento: a Ação Social São Vicente de Paulo, de Toledo (PR).

Criado em 2006 e liderado pelo professor Valdecir Anacleto Barbosa, o projeto social trouxe quatro atletas para Blumenau (SC) e tem revelado grandes talentos, como Willian Guimarães e Rafael Faria, que já estão na seleção brasileira de base e, no último final de semana, foram campeões sul-americanos sub-19, em Guayaquil (Equador), nas duplas - Willian ainda venceu na chave de simples, derrotando os três principais favoritos do torneio.

Foto: Gaspar Nóbrega/Inovafoto/COBFoto: Gaspar Nóbrega/Inovafoto/COB

Enquanto os meninos do São Vicente de Paulo representavam o país no exterior, outras duas atletas do projeto, Natasha Cunha, 13, e Tainara Lima, 14, se enfrentavam em uma final 100% paranaense nos Jogos Escolares, em Blumenau (SC).

“O Willian e o Rafael vinham de duas finais consecutivas nos Jogos Escolares, mas este ano não puderam vir por causa do Sul-americano. E tivemos essa primeira final feminina só com paranaenses, o que é muito importante para nós”, diz Valdecir, que viu Natasha vencer o jogo por 2 a 0 (21/17 e 21/14).

A Ação Social São Vicente de Paulo atende cerca de 300 crianças e jovens, que participam de diversas atividades, caso do badminton, cujas aulas ocorrem às terças e quintas-feiras. Os principais destaques dessas aulas são convidados a treinar nas escolinhas, no início da noite.

E pensar que, há alguns anos, ter tantos atletas no cenário nacional era algo impensável.

“Quando começamos o projeto em 2006, não sabíamos nada. Era tudo uma aventura. Entramos no projeto para fazer que com as crianças praticassem um esporte. Passados cinco anos, começamos a ver que algumas delas tinham habilidade e fomos procurar treinamentos para os professores. É muito bom ter atletas desse nível porque eles são espelho para todos que estão na entidade e precisam de uma oportunidade”, afirma Valdecir.

Natasha deixa a competição com duas medalhas: ouro no individual e bronze na dupla feminina. Tainara, por sua vez, conquistou três: prata no individual, além do bronze na dupla feminina e na dupla mista.

Fonte: Comitê Olímpico do Brasil (COB)

Paralimpíadas Escolares terminam com 458 classificações funcionais de novos atletas

Principal legado de infraestrutura dos megaeventos para o esporte paralímpico do Brasil, o Centro de Treinamento Paralímpico já está ficando pequeno para a demanda. A opinião é do vice-presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Ivaldo Brandão. "Por incrível que pareça, o CT hoje já está ficando pequeno, pela quantidade de ações que fazemos aqui. Durante o ano, são quase 450 intervenções para ações de confederações, eventos esportivos, treinamentos de seleções adultas e de base. O CT hoje trabalha full time, com aproximadamente 60 mil refeições por ano. Não é uma coisa pequena, é gigantesca. Para os Jogos Escolares, por exemplo, está pequeno", disse.

Classificação funcional determina contra quem o atleta vai competir em igualdade de condições. Foto: Gustavo Cunha/ Min. CidadaniaClassificação funcional determina contra quem o atleta vai competir em igualdade de condições. Foto: Gustavo Cunha/ Min. Cidadania

A edição de 2019 dos Jogos Escolares terminou na sexta-feira, 22.11, e mobilizou mais de 1.200 atletas, de todas as unidades da federação. É o maior evento realizado anualmente pelo CPB. No alojamento do CT, com 86 apartamentos e capacidade para 300 hóspedes, ficaram os atletas com maior dificuldade de locomoção, em geral cadeirantes. Os demais ficaram em um hotel da capital paulista, o que demanda uma logística complexa de transporte acessível.

Para os dirigentes do CPB, um dos sintomas da efervescência do movimento paralímpico no país é a quantidade de classificações funcionais realizadas no evento escolar de 2019. Foram 458. "A gente tem sido surpreendido bastante com os Jogos Escolares. Temos visto uma renovação extremamente grande. Fizemos quase 500 novas classificações. Isso quer dizer 500 novos atletas no esporte escolar paralímpico. É motivo de grande satisfação", afirmou Alberto Martins, diretor técnico do CPB desde 2017.

Alberto Martins no CT Paralímpico de São Paulo: a casa do esporte paralímpico nacional. Foto: Gustavo Cunha/ Min. CidadaniaAlberto Martins no CT Paralímpico de São Paulo: a casa do esporte paralímpico nacional. Foto: Gustavo Cunha/ Min. Cidadania

Centros regionais

Para dar vazão a esse crescimento e preservar a essência de casa do esporte paralímpico do CT de São Paulo, a intenção do CPB é que até 2025 existam pelo menos 27 Centros Regionais de Referência do esporte paralímpico país afora. "Já temos 14 previstos para funcionar até o fim de 2020. Estamos preocupados não com 2020, porque 2020 na verdade já acabou. Quem está lá em Tóquio, já está. Nosso olhar estratégico é para os ciclos de 2024 e 2028", avaliou Alberto Martins.

Mais do que permitir o treinamento em alto rendimento fora da capital paulita, a intenção dos centros regionais é que eles sirvam para que os atletas brasileiros possam fazer grande parte de sua preparação próximos de suas famílias e que se tornem referência locais. "Não podemos ter excelência só em São Paulo. Temos de chegar ao país todo", disse Ivaldo Brandão.

"O CT para nós tem representatividade simbólica. Os atletas paralímpicos sabem que têm aqui uma das maiores estruturas do mundo. O que queremos é aproveitar o legado da Rio 2016 e da Copa de 2014. Há instalações que estão hoje com utilização ainda pequena. Não tenho a ingenuidade de querer um CT como o de São Paulo em cada lugar do país, mas um mini CT que permita que os atletas não precisem morar aqui, e possam viver com sua comunidade, ser ídolos em sua região", completou Alberto Martins.

Paralelamente, há uma outra ação feita para dar mais consistência ao trabalho nos estados, a partir das capacitações de técnicos e professores de educação física. "Já capacitamos mais de três mil pessoas de forma presencial e temos 16 mil inscritos no nosso sistema de ensino a distância. A meta é chegar a 100 mil em 2025. Quanto mais técnicos e professores qualificarmos, maior qualidade teremos. Acho inclusive que esse número de 458 classificações funcionais este ano é efeito disso. Os professores estão fazendo o trabalho com o paralímpico nas escolas", disse Alberto.

Paralimpíadas Escolares 2019Paralimpíadas Escolares 2019

Virou espelho

De qualquer forma, o CPB já vive, atualmente, a situação de deixar de ser uma entidade que corre atrás dos modelos estrangeiros de gestão e treinamento e passa se tornar referência internacional. A segunda colocação no Mundial de Atletismo de Dubai, no início do mês, com a presença no pódio de oito dos nove atletas jovens da delegação, seria, segundo o vice-presidente da entidade, um desses sintomas.

"Outros países têm nos pedido para vir aqui copiar o nosso modelo. Isso é se tornar referência. Para nós é até ruim porque passamos de perseguidores a perseguidos no processo de quadro de medalhas, mas é sinal de que o trabalho está sendo feito", afirmou Ivaldo Brandão.

Esse espelho também se reflete na experiência entre novatos e atletas da seleção. Se na abertura das Paralimpíadas Escolares Petrúcio Ferreira e Verônica Hipólito serviram de referência para os futuros atletas de campo e pista no atletismo, durante o evento escolar os atletas do tênis de mesa tiveram a oportunidade de dividir o salão de prática com os integrantes da seleção que vai a Tóquio em 2020 e os meninos e meninas do judô tiveram treino aberto com integrantes da seleção.

"Eu joguei quatro edições das Paralimpíadas Escolares e gostava muito. Nunca tive esse privilégio de jogar ao lado da seleção. Muitos aqui olhavam para a gente com aquele olhinho brilhando de quem quer estar aqui um dia. Muitos tinham vergonha de conversar, mas pediam para tirar fotos, postavam nas redes e aí faziam perguntas. Fiz questão de bater papo, tirar dúvidas. Tento ser próxima", afirmou Jennyfer Parinos, da seleção paralímpica de tênis de mesa.

Estrutura do CT

Inaugurado em 23 de maio de 2016, o CT ocupa uma área de 95 mil metros quadrados e conta com piscina coberta com dimensões olímpicas e arquibancada para mil torcedores, ginásio multiuso frequentemente usado para goaball, basquete em cadeira de rodas e badminton, campos de futebol de cinco (para deficientes visuais) e de futebol de sete (paralisados cerebrais).

O atletismo tem à disposição uma pista de certificação 1 da Federação Internacional de Atletismo e arquibancada para mil torcedores, além de pista indoor para aquecimento. Completam a estrutura do CT as quadras de tênis em cadeiras de rodas, os espaços para bocha, judô, tênis de mesa, halterofilismo e taekwondo, além das áreas de fisioterapia e regeneração física de atletas, além de um alojamento com 86 apartamentos e capacidade para quase 300 hóspedes

O investimento total foi de R$ 305 milhões, com 187 milhões do então Ministério do Esporte e o restante do governo de São Paulo. A gestão é feita pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).

Gustavo Cunha - Ascom  

Embora São Paulo leve o título mais uma vez, há grande pulverização de protagonistas nas Paralimpíadas Escolares

Com 128 inscritos e representantes em quase todas as modalidades, São Paulo mais uma vez levou o título das Paralimpíadas Escolares, encerradas nesta sexta-feira, 22.11, na capital paulista. Os 583 pontos que deram aos anfitriões o oitavo título da competição, o quinto consecutivo, escondem, contudo, uma profusão de protagonistas que quebram o paradigma dessa dominância irrestrita. Nas modalidades coletivas, por exemplo, o único ouro dos paulistas foi no vôlei sentado misto. 

No basquete 3 x 3 em cadeira de rodas, os protagonistas, pelo terceiro ano consecutivo, vêm da Região Centro-Oeste. Depois de vencer em 2017 e 2018 com a camisa do Distrito Federal, João Vitor comandou desta vez a seleção de Goiás para chegar a um tricampeonato emocionante sobre seu ex-time, da capital federal. A decisão terminou em 16 x 15, definida na prorrogação com a cesta de ouro. O terceiro lugar ficou com a equipe do Paraná. "Isso demonstra a força do basquete que desenvolvemos no Centro-Oeste", afirmou o técnico de Goiás, André Barbosa, que havia sido o comandante do DF nos títulos de 2017 e 2018.

Festa da equipe potiguar no goaball masculino: bicampeonato para o Rio Grande do Norte. Foto: Gustavo Cunha/ Min. CidadaniaFesta da equipe potiguar no goaball masculino: bicampeonato para o Rio Grande do Norte. Foto: Gustavo Cunha/ Min. Cidadania

No futebol de cinco, para deficientes visuais, o pódio foi 100% composto por equipes do Nordeste. O título ficou com a equipe de Paraíba, que venceu a seleção do Maranhão por 4 x 1 na decisão. O terceiro lugar foi ocupado pelo Ceará. Aos gritos de "Uh, Uh é o Nordeste", os atletas celebraram no pódio a consistência do trabalho realizado na região.

No goalball, São Paulo foi surpreendida nas duas finais. Com atletas que já integram a seleção brasileira de jovens, o time masculino foi superado pelo Rio Grande do Norte, que venceu a decisão por 12 x 8 e chegou ao bicampeonato do torneio. "Foi emocionante. Muito difícil, principalmente por saber que lá do outro lado tinha três atletas da seleção. Foi um jogo emocionante, pegado. Nosso diferencial foi a defesa e a força", afirmou Sharlley Silva, de 17 anos, um dos atletas da equipe potiguar. O Rio Grande do Norte ainda teve o goleador da competição, Lucas Araújo, que anotou 31 gols na competição.

Equipe da Paraíba foi campeã no futebol de cinco, para deficientes visuais. Foto: Gustavo Cunha/ Min. CidadaniaEquipe da Paraíba foi campeã no futebol de cinco, para deficientes visuais. Foto: Gustavo Cunha/ Min. Cidadania

No feminino, a vitória ficou para a equipe de Santa Catarina, que superou as paulistas na partida decisiva por 3 x 1. O time que treina em Blumenau foi capitaneado por Sinara Pedroso, destaque da equipe. Sinara iniciou no esporte paralímpico pelo atletismo e começou a trabalhar com o goalball em 2016. "Conquistei 27 medalhas de ouro no atletismo, em provas de 100m a 400m e no salto em distância. Desde 2016 passei para o goalball e agora chegou nossa vez", disse Sinara, hoje com 17 anos, que tem apenas cinco por cento da vista direita, efeito de uma deficiência visual congênita.

No futebol de sete, modalidade voltada para atletas com paralisia cerebral, o título ficou com a equipe do Distrito Federal, que superou a seleção de São Paulo numa vitória emocionante, por 5 x 4. A medalha de bronze ficou para a equipe do Pará. Um dos destaques da modalidade em 2019 foi a presença de atletas femininas inscritas.

O vôlei sentado misto foi o único esporte coletivo em que São Paulo conquistou o ouro, numa final vencida por 2 sets a 0 contra a equipe do Espírito Santo, em parciais de 25/20 e 25/20. A medalha de bronze ficou com a equipe de Santa Catarina.

Paralimpíadas Escolares 2019Paralimpíadas Escolares 2019

Novos valores

Para Alberto Martins da Costa, diretor técnico do CPB desde 2017, a edição de 2019 das Paralimpíadas Escolares mostrou uma efervescência de novos valores de várias regiões do país. "Fizemos 458 novas classificações funcionais durante o evento. Isso quer dizer 458 novos atletas no esporte escolar paralímpico. É motivo de grande satisfação. Um dos nossos objetivos do planejamento estratégico é aumentar o número de jovens no esporte paralímpico", afirmou.

Para ele, outro aspecto fundamental do evento é perceber o resultado de capacitações feitas pelo Comitê Paralímpico Brasileiro em vários estados. "Já capacitamos mais de 3 mil pessoas presencialmente. Temos 16 mil inscritos no ensino a distância. A meta é chegarmos a 100 mil até 2025. São novos técnicos, novos professores. Acredito que esse número de crianças novas já é fruto dessa capacitação. Os professores nas escolas estão começando a trabalhar o esporte paralímpico", comentou.

Gustavo Cunha - Ascom - Ministério da Cidadania 

 

Estande da ABCD no CT Paralímpico foi um dos "hits" das Paralimpíadas Escolares 2019

Veio a atleta da bocha em cadeira de rodas e lançou o dardo na coragem. Veio o menino da Classe 7 do tênis de mesa e acertou na ética. O integrante do goalball do Rio Grande do Norte mirou e atingiu a diversão e a alegria. Logo ali ao lado estava a representante catarinense do vôlei sentado jogando um quiz sobre valores essenciais do controle de dopagem. Com bandeira em punho e vestindo a camisa do #jogolimpo, também marcaram presença muitos dos integrantes da delegação de Rondônia.

Foto: Gustavo Cunha/ Min. CidadaniaFoto: Gustavo Cunha/ Min. Cidadania

De forma resumida, essa é a descrição do intenso fluxo de atletas, técnicos, familiares e coordenadores no estande da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD) nos três dias de disputa das Paralimpíadas Escolares. Considerado o maior evento esportivo do planeta para atletas com deficiência em idade escolar, a competição reuniu em São Paulo mais de 1.200 atletas entre 12 e 17 anos. Foram 12 modalidades disputadas no Centro de Treinamento Paralímpico entre os dias 20 e 22 de novembro. Nesse período, 650 pessoas, de todos os esportes e de todas as delegações, foram recebidas no espaço de 20 metros quadrados na entrada do CT.  

Segundo Maria Fernanda Carraca, oficial da ABCD, o conceito adotado no estande foi aproveitar a competição para trabalhar um dos pilares da ABCD, a questão da educação. "É levar aos atletas de forma lúdica valores como ética, solidariedade, trabalho em equipe, honestidade, a questão da saúde, da coragem, princípios que são a base do programa de prevenção à dopagem", afirmou.

Por ser uma competição em âmbito escolar, em que o foco é menos o alto rendimento e mais a iniciação, a ABCD não realiza testes de dopagem, mas enfatiza, nas conversas com meninos e meninas, que a preocupação com alimentação, suplementação e ingestão de medicamentos é um processo natural para atletas que sobem para o degrau do alto rendimento.

"A gente aproveita a passagem deles para perguntar se eles conhecem o tema do controle de dopagem, se já ouviram falar, e conversamos sobre a responsabilidade de um atleta de alto rendimento sobre tudo aquilo que ingere", explicou Maria Fernanda. "Com isso, a gente tenta mostrar, pegando como exemplo os ídolos da modalidade que eles praticam, que o controle de dopagem é algo natural nessa progressão de carreira".

Quiz sobre valores e conceitos do controle de dopagem. Foto: Gustavo Cunha/ Min. CidadaniaQuiz sobre valores e conceitos do controle de dopagem. Foto: Gustavo Cunha/ Min. Cidadania

Abordagem lúdica

Para atrair a atenção dos meninos e meninas, o estande montado na entrada principal do CT Paralímpico montou um jogo de dardos em que o alvo era repleto de valores intrínsecos ao jogo limpo. Paralelamente, a ABCD trouxe um Quiz em uma grande tela touchscreen para que os adolescentes brincassem num jogo de adivinhações produzido pela Agência Mundial Antidopagem.

"Eles se divertem muito. No painel, a gente joga dardos com ventosas, tudo de maneira adaptada a todo tipo de deficiência, e temos o Quiz da Wada. A gente trabalha valores do espírito esportivo. Eles se divertem e ganham brindes, como o boné da campanha #jogolimpo. Aí a gente convida eles a fazerem fotos e publicarem com a hashtag. Muitas vezes, eles vêm, mostram as fotos e as curtidas. Assim, além de eles aprenderem, a gente propaga a campanha", contou Maria Fernanda.

Delegação de Rondônia faz festa no estande: efeito multiplicador. Foto: Gustavo Cunha/ Min. CidadaniaDelegação de Rondônia faz festa no estande: efeito multiplicador. Foto: Gustavo Cunha/ Min. Cidadania

A ação da ABCD nas Paralimpíadas Escolares se repete, também, nos Jogos Escolares da Juventude, que estão sendo realizados pelo Comitê Olímpico do Brasil em Blumenau, em Santa Catarina, e em outros eventos voltados para as categorias de base. "A ABCD tem a sua atividade intrínseca da controle de dopagem, mas todos entendemos que a educação vem antes. Se a gente consegue fazer a prevenção nessa idade escolar, a gente resguarda os atletas quando eles chegam na fase competitiva. Estamos plantando uma semente de educação, conceitos, valores e princípios e apostando no efeito multiplicador desses valores", concluiu Maria Fernanda.

Vitória paulista

A edição de 2019 das Paralimpíadas Escolares terminou com a vitória da seleção de São Paulo, que somou  583 pontos. O estado de Santa Catarina terminou em segundo lugar (465,5 pontos), seguido pelo Distrito Federal (350 pontos). Os paulistas são os mais vitoriosos da história competição, com oito títulos no total. Esta é a quinta temporada consecutiva em que o estado termina na frente. Os paulistas também haviam sido os melhores em 2006, 2009 e 2011.

Ascom - Ministério da Cidadania 

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