Ministério do Esporte Em Foz, secretário de Alto Rendimento participa de anúncio de R$ 26 milhões para projetos sociais e esportivos
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Em Foz, secretário de Alto Rendimento participa de anúncio de R$ 26 milhões para projetos sociais e esportivos

Com mais de 170 quilômetros de extensão de lago, a Usina Hidrelétrica Itaipu gera energia para o Brasil e Paraguai, além de potencializar o acesso ao esporte a dezenas de crianças e jovens de Foz do Iguaçu, no Paraná. No último sábado (10.03), o assessor diretor-geral da Itaipu, Alexandre Teixeira, anunciou mais um investimento, além daqueles que a empresa já contempla: a liberação de R$ 26 milhões para os próximos cinco anos a projeto sociais e esportivos, que atualmente atendem 600 jovens. Com a injeção de recursos, esse número saltará para 3 mil. “O esporte é a melhor ferramenta, o melhor investimento. Queremos não só estimular o alto rendimento, mas também formar cidadãos”, ressaltou.

O secretário nacional de Esporte de Alto Rendimento e campeão olímpico no judô em Barcelona 1992, Rogério Sampaio, e o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Paulo Wanderley, participaram do anúncio oficial no Parque de Piracema e puderam conhecer o Canal Itaipu, local onde acontecem os treinos de canoagem slalom e as aulas do projeto social e esportivo Meninos do Lago.

Crianças do projeto de canoagem em Itaipu. Foto: Cristiane Rosa/MECrianças do projeto de canoagem em Itaipu. Foto: Cristiane Rosa/ME

No local, ambos presenciaram uma simulação de avaliação técnica desse projeto, que oferece aulas de canoagem slalom a crianças e jovens de 7 a 18 anos e que faz parte do Programa de Proteção à Criança e ao Adolescente (PPCA), promovido pela Itaipu desde 2003, em parceria com a Federação Paranaense de Canoagem.

O Meninos do Lago revelou o atleta Felipe Borges, medalha de bronze nos Jogos Pan-Americanos de Toronto 2015 e no Mundial Sub-23 de 2015. O jovem é contemplado pelo programa Bolsa Pódio do Ministério do Esporte. Atualmente, são oferecidas aulas de canoagem slalom a 120 crianças. Com a assinatura do convênio esse número subirá para 600 vagas.

Após o anúncio de investimentos, os dirigentes percorreram de rafting o Canal Itaipu. A pista – que possui obstáculos naturais e artificiais que permitem a modulação das correntezas - é considerada uma das melhores do mundo pela Federação Internacional de Canoagem. O circuito possui 430 metros de extensão, com largura que varia entre oito e 25 metros e profundidade média de 1,2 metro.

Para o adolescente João Francisco Oliveira de Alencar, 15 anos, que faz parte do projeto, o primeiro impacto da canoagem slalom foi na saúde. Sedentário até então, nos primeiros meses após ingressar no esporte por meio do projeto João emagreceu rapidamente e se sentiu motivado para os treinos, o que rendeu bons resultados. “Acho que de um a cinco, eu estou no nível três”, alegra-se. Estudante do segundo ano do ensino Médio, o jovem tem pela frente um campeonato da modalidade em Três Coroas, no Rio Grande do Sul, e a Seletiva 2018 para os Jogos Olímpicos Tóquio 2020.

Márcio Bortolini, gerente da divisão de iniciativas da Responsabilidade Social de Itaipu; Paulo Wanderley, presidente do COB; Rogério Sampaio; e João Tomasini, presidente da Confederação Brasileira de Canoagem em frente à Usina Hidrelétrica de Itaipu. Foto: Cristiane Rosa/MEMárcio Bortolini, gerente da divisão de iniciativas da Responsabilidade Social de Itaipu; Paulo Wanderley, presidente do COB; Rogério Sampaio; e João Tomasini, presidente da Confederação Brasileira de Canoagem em frente à Usina Hidrelétrica de Itaipu. Foto: Cristiane Rosa/ME

Aposta nos tatames

O investimento também ampliará o número de vagas no judô. De acordo com Josmar Couto, presidente da Associação Esportiva Judofoz, atualmente 203 alunos são atendidos. Com o convênio e a abertura da sede, em dois anos serão 400 alunos. Em 2030, esse número chegará a mil.

“Contaremos com polos em vários pontos da cidade para atender gratuitamente crianças a partir de três anos de idade”, disse Josmar Couto. Durante a solenidade, em um tatame improvisado, jovens do projeto fizeram uma apresentação para os convidados e puderam conhecer de perto um campeão olímpico na modalidade.

Exemplo olímpico

A expectativa de mais de mil jovens presentes na palestra de um campeão olímpico se confirmou no Cineteatro dos Barrageiros, em Itaipu, no 1º Encontro do PPCA, que marcou a abertura oficial do calendário esportivo do programa.

Rogério Sampaio iniciou sua fala lembrando dos tempos de menino cheio de energia que, por recomendação pediátrica, iniciou no esporte com quatro anos e meio de idade. Além disso, o irmão Ricardo, quatro anos mais velho e hábil no judô, foi o principal incentivador de Rogério a seguir o caminho dos tatames.

Nos primeiros passos, o futuro campeão olímpico encontrou muitas dificuldades até chegar à medalha de ouro, em 1992, em Barcelona. Rogério lembrou quando sua mãe falava que o mais importante não eram os resultados, mas o caminho percorrido até eles. “Ela sempre me dizia que era fundamental seguir as determinações de professores e técnicos; me esforçar ao máximo assim que aprendesse algo novo; respeitar os companheiros de treinamento e professores; e, principalmente, ter disciplina. Eu segui esses passos, não só no esporte, mas em tudo na minha vida”, ressaltou.

Rogério Sampaio, durante palestra na Usina Itaipu Binacional. Foto: Cristiane Rosa/MERogério Sampaio, durante palestra na Usina Itaipu Binacional. Foto: Cristiane Rosa/ME

Aos 13 anos, quando chegava dos treinos realizados em uma academia em Santos, onde nasceu, Rogério lembrou que ficava em frente ao espelho idealizando como seria quando fosse um campeão olímpico. Mas ele nem imaginava que isso realmente aconteceria 10 anos depois. “Sonhar é fundamental, mas é mais importante ainda alinhar a atitude ao sonho”, ensinou.

Naquela época, ressaltou Rogério, havia pouco incentivo ao esporte. O treino era em tatames de palha, ir ao no exterior era muito difícil e não havia o suporte de equipes multidisciplinares. Mesmo assim, ele seguiu em frente no judô até que, em 1989, alcançou o posto de titular da Seleção Brasileira. No entanto, nesse mesmo ano, a apenas 10 dias do mundial, os atletas se desligaram da Seleção Brasileira em um movimento que pleiteava maior estrutura no esporte. Dois anos depois, após um acordo, e ele retornou à Seleção. Mas esse período também marcou o momento do maior baque da vida de Rogério: a morte do irmão.

“Depois de sofrer muito, percebi que o que eu tinha que fazer era buscar algo que eu realmente gostava para superar aquela perda. E me dediquei ainda mais ao judô”. Um ano depois, a medalha de ouro chegou. “Nas olimpíadas, os jogos são no mesmo dia. Com o apoio do professor Paulo Wanderley e do amigo Aurélio Miguel, consegui enfrentar o nervosismo, observar o adversário e conquistar a medalha. No mesmo ano, também tive a alegria de ser premiado o melhor do mundo. Mas ainda havia algo maior: depois da perda do meu irmão, pude levar aos meus pais uma grande alegria, algo para, pelo menos, atenuar um pouco da dor que eles sentiam”, contou.

A última competição do atleta foi em 1998, em Foz do Iguaçu. Depois, Sampaio atuou como técnico e, após essa experiência, foi convidado para trabalhar na Prefeitura de Santos. “Agora tenho um orgulho enorme de estar no Ministério do Esporte, uma grande responsabilidade que fica mais leve quando sabemos que o Brasil pode contar com projetos tão importantes como esses apoiados por Itaipu”, finalizou.

Cristiane Rosa
Ascom - Ministério do Esporte
 

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