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Brasil comete 9 pênaltis e perde para os EUA por 10 x 1 na semi do goalball masculino

Long Ball. Essa expressão ainda vai martelar bastante na cabeça dos jogadores da seleção masculina de goalball. Ela foi dita nove vezes para os anfitriões ao longo da semifinal entre Brasil e Estados Unidos, na tarde desta quinta (15.09), na Arena do Futuro, no Parque Olímpico da Barra. Cada vez que a bola é arremessada sem tocar na área neutra na quadra, o adversário tem direito a um arremesso, com apenas um jogador defendendo. Simplificando em uma palavra: pênalti.
 
Brasil levou dez gols em tarde irreconhecível: nove pênaltis cometidos. (Foto: Miriam Jeske/brasil2016.gov.br)Brasil levou dez gols em tarde irreconhecível: nove pênaltis cometidos. (Foto: Miriam Jeske/brasil2016.gov.br)
 
Dos 10 gols que os norte-americanos fizeram, nove foram em cobranças de penalidades, todas convertidas. Aliado a isso, o sistema defensivo funcionou bem e o resultado foi um 10 x 1 amargo para o time da casa.
 
“A gente não está acostumado a um placar desses, aí desestabilizou. Se a gente analisar a bola rolando, foi 1 x 1. As penalidades fizeram a diferença. Perdemos nos nossos erros, entregamos o jogo para os Estados Unidos. Eles trabalharam com a defesa mais recuada e buscamos a agressão. Nessa agressão, cometemos as penalidades”, explicou o técnico Alessandro Tosim.
 
Para se ter uma ideia do alto número de pênaltis, o Brasil cometeu, em toda a Paralímpiada de Londres 2012, apenas dois. No Mundial de 2014, na Finlândia, foram quatro, enquanto no Pan de Toronto inteiro foram cinco. Somente Leomon fez seis dos nove na partida desta quinta.
 
“O jogo foi meio truncado no início, cometemos as penalidades, eu mesmo cometi penalidades que não poderia ter cometido, comprometeu o jogo e a gente não conseguiu buscar. A gente é ser humano, é sujeito a erros”, disse Leomon. Ao final da partida, o brasileiro ainda era o artilheiro da competição, com 23 gols.
 
A disputa de bronze e de ouro ocorrem nesta sexta-feira (16.09): às 15h, o Brasil enfrenta Suécia, que perdeu a outra semifinal para a Lituânia por 7 x 2. Norte-americanos e lituanos fazem a final às 20h. “Hoje foi uma derrota, mas a motivação é a mesma. Amanhã vamos estar na mesma alegria de sempre para buscar esse bronze”, afirmou Leomon.
 
A partida
 
Vice-campeã em Londres 2012 e atual campeã mundial, a seleção brasileira começou a partida com Alex, Leomon e Romário.  Os Estados Unidos abriram o placar com Tyler Merren, ao cobrar a primeira penalidade, aos dois minutos do primeiro tempo. O mesmo jogador ampliou para 2 x 0 dois minutos depois, após nova falta de Leomon. Romário diminuiu e a Arena do Futuro enlouqueceu.
 
Estados Unidos brilharam na defesa e chegaram à final do goalball no Rio 2016. (Foto: Miriam Jeske/brasil2016.gov.br)Estados Unidos brilharam na defesa e chegaram à final do goalball no Rio 2016. (Foto: Miriam Jeske/brasil2016.gov.br)
 
Leomon cometeu mais um erro no arremesso, dando direito a mais uma penalidade, que Merren cobrou com sucesso:  3 x 1. O técnico Alessando Tosim tirou Leomon e colocou Josemarcio, o Parazinho. Alex chegou a colocar a bola na rede, mas não valeu, porque cometeu mais um erro de Long Ball. Desta vez foi Hamilton quem ampliou o placar: 4 x 1.
 
No segundo tempo, Leomon retornou no lugar de Alex. O Brasil tentava os gols, mas os norte-americanos estavam brilhantes na defesa.  “Trabalhamos pesado para aperfeiçoar o sistema defensivo, para estarmos nas melhores posições para bloquear a bola e cometer o mínimo de erros. Desenvolvemos e mudamos muitas coisas nos últimos 10 meses. Nossa defesa deve ter sido foi frustrante para o Brasil, aí eles erraram e cometeram os pênaltis”, revelou o norte-americano John Kusku.
 
Na metade da etapa final, Parazinho cometeu outro pênalti e Merren fez mais um. Era a tarde dos pênaltis: Romário errou e Merren fez o sexto gol dos EUA. O sétimo, também do camisa 2, veio em uma bobeira da defesa brasileira. O time anfitrião se entregou, cometeu mais um pênalti e o placar subiu para 8 x 1.
 
Faltando pouco mais de três minutos, foi a vez de Kusku cometer o pênalti, mas não era o dia o Brasil: Leomon cobrou e o norte-americano defendeu. Quando a bola passava pelos adversários, era a trave que salvava. Mais dois pênaltis, mais dois gols de Merren.
 
“Não esperávamos tantos pênaltis, não esperávamos essa diferença tão grande. O Brasil é um time incrível, mas chegamos para jogar o nosso jogo, queríamos acabar com eles, mesmo que fizessem um gol ou dois, iríamos continuar firmes. E foi o que fizemos. Nunca havia feito nove gols em um mesmo jogo em Paralimpíadas. O Brasil cometeu muitos pênaltis e me escolheram para os arremessos. Eu relaxei e tentei fazer minhas jogadas”, disse o jogador.
 
Despedida
 
Há 15 anos na seleção norte-americana, Tyler Merren está na terceira edição de Jogos, já tem um bronze de Atenas 2004 e sonha em se aposentar da seleção, nesta sexta, com o ouro. Agora é  hora de “ser pai”, ele disse, já que tem quatro filhos e quer se dedicar mais à família. Uma das lembranças que ele vai levar do Rio 2016 é, sem dúvida, a energia dos brasileiros nas arquibancadas.
 
“Nós amamos a torcida, amamos o quão empolgados eles são. Não estavam torcendo por nós hoje, mas em outros jogos o Brasil gostou de ver-nos jogando. Foi incrível. Esta é minha terceira edição de Jogos e está a melhor de longe”, afirmou.
 
Carol Delmazo, brasil2016,gov.br

Ascom - Ministério do Esporte

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