Ministério do Esporte Revezamento da Tocha em Brasília abre a passagem da chama paralímpica pelo Brasil
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Revezamento da Tocha em Brasília abre a passagem da chama paralímpica pelo Brasil

Foto: Francisco Medeiros/ MEFoto: Francisco Medeiros/ ME

Se agosto ficou marcado no Brasil pela disputa dos Jogos Olímpicos Rio 2016, entre os dias 5 e 21, o mês que começa nesta quinta-feira (1.9) terá a mesma força esportiva com a realização, entre 7 e 18 de setembro, dos Jogos Paralímpicos Rio 2016.

Mas antes que atletas de cerca de 170 países possam iniciar a disputa por medalhas em 23 esportes no Rio de Janeiro, o megaevento movimentou a capital nesta manhã, com a primeira parte do revezamento da Tocha Paralímpica, que abriu o roteiro da passagem da chama dos Jogos Paralímpicos pelo país.

De Brasília, a Tocha seguirá para Belém (PA), Natal (RN), São Paulo (SP) e Joinville (SC) antes de chegar ao Rio de Janeiro para a cerimônia de abertura dos Jogos. Em cada uma dessas cidades a chama representará um valor paralímpico. Em Brasília o destaque foi para a igualdade. Belém ressaltará a determinação; Natal, a inspiração; São Paulo, a transformação e Joinville, a coragem. O valor para o Rio de Janeiro é paixão.

O revezamento na capital começou às 10h, no estacionamento 12 do Parque da Cidade, e depois a Tocha seguiu para o Lago Norte, onde passou pelo Parque das Garças e pelo Hospital Sarah Kubitschek.

O início

O privilégio de dar início ao revezamento da Tocha Paralímpica foi concedido a Cláudio Irineu da Silva. Ouro no vôlei sentado durante os Jogos Parapan-Americanos de 2007, no Rio, o atleta foi ainda quatro vezes campeão mundial no futebol. Hoje, aos 48 anos, 20 deles dedicados ao esporte paralímpico, o brasiliense se prepara para trocar mais uma vez de modalidade: vai treinar tiro com arco.

“Estou encerrando um ciclo com chave de ouro e tendo a honra de acender esse fogo que vai iluminar o caminho dos nossos atletas. Tenho certeza de que vamos bater todos os recordes de medalhas este ano”, afirmou Cláudio.

Ele recebeu a Tocha das mãos do professor de educação física Ulisses de Araújo, responsável por acender a chama e transferi-la ao primeiro condutor. “Aqui é um símbolo único da igualdade. Nada melhor do que o início ser em Brasília”, ressaltou Ulisses.

Presente na celebração no Parque da Cidade, o governador Rodrigo Rollemberg comemorou a participação da cidade em mais um revezamento dos Jogos Rio 2016. “Estamos muito felizes e honrados de mais uma vez inaugurarmos a passagem da Tocha aqui por Brasília”, destacou o governador.

Parque das Garças
Do Parque da Cidade, o fogo paralímpico chegou ao Parque das Garças, no Lago Norte, e foi conduzido por Daniel Badke, 33 anos, até as margens do Lago Paranoá, um dos cartões postais de Brasília. O professor de educação física é o responsável pelo projeto Sup-Ação, que oferece aulas grátis de stand up paddle para pessoas com deficiência. O primeiro aluno do curso foi Gabriel Duarte, que há três anos topou o desafio de experimentar o esporte.

“O Daniel tinha feito pós-graduação na Austrália e lá conheceu o stand up paddle adaptado. Ele me mostrou um vídeo e eu aceitei testar”, disse Duarte, 37 anos, que após um acidente de carro sofreu uma lesão na medula e ficou com os movimentos das pernas prejudicados. Atualmente o publicitário é um amante do esporte. Antes do acidente era sedentário, mas no processo de reabilitação na Rede Sarah conheceu a paracanoagem e depois não parou mais. “Hoje eu sigo com a paracanoagem e ainda faço mergulho adaptado, stand up paddle e vela”, enumera.

No Parque das Garças, Daniel Badke e Mateus Monteiro conduziram a Tocha. Mateus, depois, passou a chama para a lanterna e o fogo foi levado para o Hospital Sarah Kubitschek. Evento emocionou Gabriel Duarte, primeiro aluno do projeto de stand up paddle de Daniel Badke. Fotos: Gabriel Fialho/brasil2016.gov.brNo Parque das Garças, Daniel Badke e Mateus Monteiro conduziram a Tocha. Mateus, depois, passou a chama para a lanterna e o fogo foi levado para o Hospital Sarah Kubitschek. Evento emocionou Gabriel Duarte, primeiro aluno do projeto de stand up paddle de Daniel Badke. Fotos: Gabriel Fialho/brasil2016.gov.br

O instrutor Daniel, após conduzir a Tocha por alguns metros, foi até o palco montado na beira do lago. De lá, ele passou a chama paralímpica para a Tocha sustentada por Mateus Monteiro, que pratica futebol americano. Apesar de uma lesão congênita na medula, que limita alguns de seus movimentos, ele resolveu experimentar a modalidade a convite de um amigo. “Eu gosto de futebol americano há muito tempo. Vejo sempre pela televisão. Então esse amigo jogava em um clube daqui de Brasília e me chamou”, relata Monteiro, que pratica a modalidade com pessoas sem deficiência. “O médico do Sarah me liberou e eu me senti confortável. A proteção ajuda também”, diz o atleta, que fez o caminho inverso na condução da Tocha até a entrada do Parque das Garças.

Pesquisas avançadas
No Hospital Sarah Kubitschek seis condutores participaram do revezamento e levaram a Tocha pelas instalações do Centro Internacional de Neurociências e Reabilitação, o Sarah Lago Norte. Inaugurado em dezembro de 2003, a unidade oferece suporte fundamental a pesquisas avançadas na área de reabilitação.

Localizado às margens do Lago Paranoá, com arquitetura horizontal, o local permite o desenvolvimento de diversas modalidades esportivas, inclusive esportes náuticos, e os pacientes são inseridos em uma nova e mais avançada etapa do programa de reabilitação.

“Tivemos a preocupação de valorizar as pessoas que trabalham com o movimento do paradesporto e o Sarah é uma referência. Vários atletas que vão participar das Paralimpíadas passaram por aqui. Então, para nós, é um momento muito especial”, declarou a ex-jogadora de vôlei Leila Barros, secretária de esporte do Distrito Federal.

Praticante de vela paralímpica, a cadeirante Ana Paula Gonçalves transportou a Tocha pelas águas do Lago Paranoá em um barco adaptado até o Sarah. "Foi emocionante. A gente fica muito feliz, Estou entrando no esporte agora, faço vela há dois anos e meio. Passar por aqui em um barco a vela foi muito bom. Agora eu vou assistir pela TV e torcer porque tenho muitos amigos que vão competir nos Jogos Paralímpicos, mas em 2020 quero estar em Tóquio", disse.

Momentos da passagem da Tocha Paralímpica pelo Hospital Sarah Kubitschek. Fotos: Mateus Baeta/brasil2016.gov.brMomentos da passagem da Tocha Paralímpica pelo Hospital Sarah Kubitschek. Fotos: Mateus Baeta/brasil2016.gov.br

O servidor público João Luiz da Cunha, que perdeu parte da perna esquerda em um acidente de trânsito em 2003, também destacou a emoção de carregar a tocha paralímpica pelas instalações do Sarah. "É uma felicidade que você não consegue dimensionar. Você está representando várias pessoas com dificuldades e sendo um exemplo para eles", descreveu.

No Sarah do Lago Norte, João Luiz começou a praticar natação, mas a unidade também oferece basquete em cadeira de rodas, bocha adaptada, vela, canoagem. "A gente também utiliza atividades dependendo do perfil do paciente. Um paciente que tem um perfil de atletismo, por exemplo, a gente vai desenvolver isso", explicou o coordenador da unidade Sarah Lago Norte, Geraldo Gurgel.  "Esse momento é uma grande festa de confraternização e um exemplo de superação para todos que passaram por alguma dificuldade ou têm alguma limitação. A gente não prepara um atleta aqui, mas a gente mostra caminhos, abre portas para que eles possam encontrar caminhos para o futuro", contou Luciana Rossi, diretora-executiva da Rede Sarah.

O revezamento da Tocha Paralímpica em Brasília será retomado nesta tarde, a partir das 13h56, quando a chama chegará ao Instituto Educacional e Profissionalizante para Pessoas com Deficiência (ICEP), no SIA Trecho 3. De lá, o fogo seguirá para o ENAP/CETEFE, no Setor Policial, e depois para o Centro de Ensino Especial de Deficientes Visuais (CEEDV), na 612 Sul, antes de retornar ao Parque da Cidade para a etapa final do revezamento. Às 18h30, no estacionamento 12, tem início a celebração do movimento paralímpico, que culminará no acendimento da Pira Paralímpica, encerrando, assim, o revezamento da Tocha em Brasília.

Confira a galeria de fotos da primeira parte do revezamento da Tocha Paralímpica em Brasília:

Revezamento Tocha Paralímpica BrasíliaRevezamento Tocha Paralímpica Brasília

Ana Cláudia Felizola, Gabriel Fialho, Mateus Baeta e Luiz Roberto Magalhães – brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte

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