Ministério do Esporte Esgoto tratado na Baía de Guanabara subiu de 11% em 2007 para 51% em 2015
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Esgoto tratado na Baía de Guanabara subiu de 11% em 2007 para 51% em 2015

Desativação de lixões, criação de estações de tratamento, estabelecimento de redes de coleta, além de ecobarreiras e ecobarcos. Segundo representantes da Autoridade Pública Olímpica e do governo do Rio de Janeiro, essas têm sido as iniciativas realizadas para reduzir o problema de poluição na Baía de Guanabara, palco das competições de vela nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016. Com as ações, o volume de esgoto tratado na região subiu, de acordo com as autoridade, de 11% em 2007 para 51% em 2015.
 
O detalhamento foi apresentado nesta terça-feira (02.09), durante audiência pública na Comissão de Esporte da Câmara dos Deputados, em discussão proposta pelos deputados Fábio Mitidieri (PSD/SE), que presidiu a mesa, Valadares Filho (PSB/SE) e Flávia Morais (PDT/GO).
 
“É fundamental que a sociedade discuta e que essa discussão gere um processo que culmine com o compromisso de gestão do tema, que é complexo e não envolve apenas a cidade do Rio de Janeiro. Envolve 11 cidades da região metropolitana, o estado e o próprio governo federal”, afirmou Marcelo Pedroso, presidente da Autoridade Pública Olímpica. A entidade é responsável por articular as ações dos três entes federativos envolvidos no megaevento (governos federal, estadual e municipal).
 
Foto: Luiz Roberto Magalhães/ brasil2016.gov.brFoto: Luiz Roberto Magalhães/ brasil2016.gov.br
 
Com 380 quilômetros quadrados, a Baía é cercada por 15 municípios e abastecida por 55 rios. Destes, segundo Leonardo Espíndola, secretário da Casa Civil do governo do Rio de Janeiro, 17 são responsáveis por 95% da poluição que chega ao local. Com slides e documentos oficiais, Espíndola listou alguns dos projetos já concluídos, como as estações de tratamento da Ilha do Governador, de Icaraí, da Penha, da Alegria, de Sarapuí, da Pavuna, de São Gonçalo, além do Emissário Submarino, que contribui em 13% para o tratamento de esgoto da Baía de Guanabara.
 
O secretário mostrou, ainda, iniciativas em andamento, como o Cinturão Marina da Glória, que impedirá que ligações clandestinas de esgoto cheguem à Marina em 2016, além da Unidade de Tratamento de Irajá, da Estação de Tratamento de Alcântra, do Tronco Cidade Nova e da duplicação da Estação de Alegria.
 
A nova fase de operação dos ecobarcos – que recolheram, durante o evento-teste para mais de 300 atletas de 50 países, entre 15 e 22 de agosto, 28 toneladas de lixo flutuante – também foi apresentada.
 
“Tivemos dois eventos-teste bem-sucedidos, que receberam elogios da Federação Internacional de Iatismo e dos atletas. Estamos extremamente confiantes de que faremos Jogos Olímpicos espetaculares para o iatismo, em um cenário sem igual, permitindo que os atletas que antes eram mandados para lugares que ficavam a três horas da cidade-sede possam conviver com outros atletas”, afirmou Espíndola. Ele ponderou, ainda, que as dificuldades do Rio não são exclusividade da cidade. Outras sedes olímpicas, como Barcelona-1992, Sydney-2000, Pequim-2008 e Londres-2012 sofreram críticas antes dos Jogos.
 
Foto: Buda Mendes/ Getty ImagesFoto: Buda Mendes/ Getty Images
 
Monitoramento da água
Tânia Braga, representante do Comitê Rio 2016 na audiência, ponderou que um dos grandes legados dos Jogos Rio 2016 é justamente permitir que essa questão fundamental venha à tona e seja discutida de forma ampla por todo o país.
 
Segundo ela, as prioridades do Comitê Rio 2016 são zelar pela saúde dos atletas e pela garantia de condições justas de competição. Por isso, um monitoramento da água na Baía de Guanabara é feito sistematicamente e as condições do local são discutidas regularmente com a Federação Internacional de Iatismo e com os comitês nacionais.
 
Atendimentos médicos
O doutor João Grangeiro destacou que durante os eventos-testes de vela, triatlo, paratriatlo, remo e maratonas aquáticas, a incidência de atendimentos médicos ficou muito abaixo do número de atletas esperados pelas federações internacionais. No evento-teste da vela, por exemplo, em um universo de 380 atletas, houve 15 atendimentos médicos, dos quais em apenas dois houve a necessidade de encaminhamento ao hospital, e que não resultaram em internação.
 
“O número de atendimentos realizados nessas competições em que houve água foram aquém do que habitualmente é o esperado”, ressaltou o doutor João Grangeiro. “O número de atendimento a atletas durante os Jogos Olímpicos está em torno de 10% e não tivemos em nenhum desses eventos-testes esse percentual. O grande ensinamento que esses eventos-testes têm trazido para nós da área médica, além da necessidade da estrutura médica robusta, é que temos que ser proativos. O fato de termos esses números baixos em relação a atendimentos médicos nos eventos-teste não nos traz tranquilidade. Ele faz com que reflitamos e possamos, em 2016, ter uma atuação mais proativa e com algumas medidas de prevenção para que a gente possa, de fato, garantir a saúde de nossos atletas”, concluiu.
 
Apesar de alertar para o fato de que em algumas áreas da Baía de Guanabara a condição da água pode oferecer risco de contaminação, o médico infectologista Marcelo Boulos deixou a audiência confiante de que as medidas tomadas estão produzindo efeitos: “Se continuarem os investimentos, teremos no Rio de Janeiro, daqui a uns 10 anos, um lugar muito melhor”, declarou.
 
Para o deputado Fábio Mitidieri, os argumentos deram a garantia de que a capital fluminense caminha para sediar Jogos memoráveis. “O debate foi importante, produtivo, e a gente espera que outros debates como esse sejam realizados. Atesto, pelo que foi passado aqui, que o Rio estará pronto para as Olimpíadas”.
 
 
Luiz Roberto Magalhães - brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte
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