Procurada até por olheiros da NBA, Liga de Desenvolvimento de Basquete terá seleção sub 17

Publicado em Terça, 30 Junho 2015 17:22

A importância estratégica da Liga de Desenvolvimento de Basquete (LDB) como forma de integração entre os novos talentos e o profissionalismo foi o tema principal da reunião entre o diretor de Relações Institucionais da Liga Nacional de Basquete (LNB), Kouros Monadjemi, e o secretário nacional de Esporte de Alto Rendimento, Carlos Geraldo Santana, nesta terça-feira (30.06), em Brasília.

Carlos Geraldo(no centro à esq.) se reuniu com Kouros Monadjemi (no centro à dir.) para discutir projetos da NBB. (Foto: Francisco Medeiros/ ME)Carlos Geraldo(no centro à esq.) se reuniu com Kouros Monadjemi (no centro à dir.) para discutir projetos da NBB. (Foto: Francisco Medeiros/ ME)Para a quinta edição da LDB, com previsão para começar em julho e seguir até dezembro, o Ministério do Esporte deve liberar a segunda parcela, em torno de R$ 5 milhões, do convênio para dois campeonatos.

“Quando firmamos o convênio para a primeira edição, o próprio secretário Ricardo Leyser [hoje secretário executivo] comentou que este poderia ser o maior projeto do esporte de alto rendimento do país, servindo como modelo para que as confederações montassem suas ligas de desenvolvimento de valores”, comentou Monadjemi.

“A Liga de Desenvolvimento, para jogadores de 17 a 21 anos, é muito importante para ocupar um hiato que existe entre a base e a categoria adulta. Faz com quem os garotos tenham mais oportunidades de jogar. Dá rodagem, e não apenas para atletas, como também para técnicos e árbitros”, explica.

Segundo o dirigente, muitos jogadores que passaram pela LDB hoje estão nas equipes principais dos clubes do Novo Basquete Brasil (NBB – o campeonato da Liga Nacional de Basquete). “O Raulzinho passou pela LDB; Ricardo Fisher, Léo Mandelli, Lucas Mariano, Lucão, Danilo Siqueira, Jorginho... Exponencialmente temos jogadores se encaixando nos times do NBB e sendo avaliados nas seleções brasileiras. Agora no Pan de Toronto, praticamente todos da seleção passaram pela LDB.”

Próximo passo
Segundo Kouros Monadjemi, na primeira edição da LDB apenas dois clubes tinham equipes juvenis. Agora todos têm e querem participar. "O Flamengo foi campeão do NBB com cinco jogadores saídos da LDB", lembra.

“Não é um torneiozinho. São 24 equipes de todo o Brasil, com 30 jogos para cada uma. E a última edição foi vencida pelo time do Ceará. O Basquete Cearense foi campeão invicto e a modalidade se solidificou em Fortaleza. Assim, temos uma integração do basquete do país, não apenas com times de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte”, comenta o dirigente, para acrescentar: “E se todos os clubes têm olheiros acompanhando os jogos, na última edição tivemos olheiros de seis equipes da NBA”.

Para a quinta edição da LDB, o próprio Rubén Magnano, técnico da seleção brasileira principal, acabará contemplado indiretamente: dos 24 inscritos, serão 23 clubes e mais a seleção brasileira sub 17 – que terá muito o quê jogar, além dos treinamentos.

Enquanto surgem revelações ainda mais jovens – a seleção sub 15 tem três jogadores com mais de 2,05 m, com mais algum tempo em seus próprios clubes –, Kouros Monadjemi quer ampliar o caminho da LDB.

“Estamos criando a Liga das Américas, que duraria uma semana. Devemos apresentar o projeto de convênio. Jogariam os quatro primeiros colocados da nossa LDB, mais os quatro melhores times da América, indicados pela FIBA (Federação Internacional de Basquete), que poderiam ser, por exemplo, de Argentina, Chile, Uruguai, Porto Rico. Seria uma extensão natural”, planeja.

Denise Mirás
Ascom - Ministério do Esporte
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