Saltos Ornamentais: Troféu Brasil define vagas para o Pan e o Mundial

Publicado em Quinta, 28 Maio 2015 16:21

O Troféu Brasil de Saltos Ornamentais, que começou nesta quinta-feira (28.05) no Centro de Excelência da Universidade de Brasília (UnB) e prossegue até o domingo (31.5), será a terceira e última seletiva para mais de 50 atletas, de dez clubes, que disputam vagas nas equipes brasileiras para os Jogos Pan-Americanos de Toronto, no Canadá (10 a 26 de julho), e para o Mundial de Desportos Aquáticos de Kazan, na Rússia (17 de julho a 2 de agosto). As duas primeiras seletivas foram as etapas de Porto Rico e do México do Grand Prix de Saltos Ornamentais da Federação Internacional de Natação (Fina).

Disputado pela primeira vez em Brasília, Troféu Brasil reúne mais de 50 atletas, de dez clubes do país (Foto: Francisco Medeiros/ME)Disputado pela primeira vez em Brasília, Troféu Brasil reúne mais de 50 atletas, de dez clubes do país (Foto: Francisco Medeiros/ME)


É a primeira vez que Brasília recebe essa competição no Centro de Excelência em Saltos Ornamentais que é, hoje, a referência do Brasil na modalidade. O local foi equipado a partir de recursos da parceria do Ministério do Esporte com a UnB e está funcionando desde o ano passado. Além dos trampolins, o Centro conta com ginásio coberto, onde estão instalados o cinto de segurança e piscina de espuma, assim como camas elásticas, para saltos secos, além de equipamentos para filmagem e correção técnica de movimentos.

Ricardo Moreira, coordenador do Centro de Excelência em Saltos Ornamentais da UnB, também organizou, na semana, antes do Troféu Brasil, um período focado em treinamentos, que deu oportunidade a atletas de todo o país de aproveitar os equipamentos que já são utilizados por 55 alunos de Brasília com idades a partir dos 6 anos.

“Para nós, foi uma oportunidade muito grande. Temos o projeto há três anos, desde quando as equipes ainda iam treinar na China. Agora, vêm para Brasília. A equipagem do Centro de Excelência é de uma importância fundamental para os saltos ornamentais, para os atletas que estão competindo aqui hoje para ir ao Pan e ao Mundial, e para aqueles que sonham com os Jogos Olímpicos no Rio 2016”, diz o coordenador.

Alexandre Ferrer, cubano naturalizado brasileiro que é técnico do Tijuca, do Rio de Janeiro, disputa o Troféu Brasil na capital com cinco atletas. Ele destaca a qualidade dos equipamentos do Centro de Excelência. “Todos são de altíssimo nível. É perfeito para nós. E ainda mais com piscina aquecida, cinto de segurança para treinar os saltos... Isso possibilita um desenvolvimento mais acelerado dos atletas. Temos uma geração nova já trazendo bons resultados para o Brasil e ganhando experiência. Agora, precisamos de mais praticantes”, ressalta.

Nesta sexta-feira (29.5), o coordenador Ricardo Moreira recebe representantes da modalidade da Alemanha e do Canadá que vão analisar a possibilidade de fazer aclimatação de suas equipes antes dos Jogos do Rio 2016 no Centro de Excelência da UnB.

Novíssima geração já tem resultados

O reflexo dos investimentos nos saltos ornamentais já podem ser vistos na nova geração de atletas.

Luís Felipe Moura tem apenas 12 anos, treina quatro horas por dia, compete há dois e meio e já foi prata no trampolim de três metros no Sul-Americano Juvenil (para atletas de 14 a 17 anos), disputado em abril, em Lima, no Peru. “Fiquei muito feliz. Pensei em meu futuro, em seguir buscando pontuação para ir ao Mundial Juvenil (em 2016) e estar nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020”, diz o garoto, que é do próprio Centro de Excelência da UnB.

Isaac Nascimento de Souza Filho, 15 anos, em setembro passado foi o quarto melhor atleta do trampolim de um metro no Mundial Juvenil de Penza, na Rússia. Treinando desde os 11 anos, ele passou da ginástica artística no Flamengo para os saltos ornamentais no Tijuca Tênis, também do Rio de Janeiro. Para ele, faltou pouco para voltar para casa com uma medalha do Mundial. “Precisava ter estendido mais o corpo”, lembrou.

Com mais dois anos de juvenil pela frente, Isaac quer aperfeiçoar seus saltos e iniciar saltos novos em 2015, já sonhando com os Jogos Rio 2016. Para isso, treina cerca de três horas por dia, mas gostaria de ter mais estrutura como a que encontrou no Centro de Excelência de Brasília. “Nesta semana em que ficamos treinando aqui, já melhorei vários saltos. É muita diferença”, ressaltou.

Denise Mirás
Ascom - Ministério do Esporte
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