No Rio de Janeiro, seminário debate fortalecimento do futebol feminino

Publicado em Terça, 19 Maio 2015 13:56
Rafael Ribeiro/CBFRafael Ribeiro/CBF
Compartilhar as melhores práticas e discutir os caminhos para o futuro do futebol feminino no Brasil estão em pauta no Seminário de Desenvolvimento do Futebol Feminino, que começou nesta terça-feira (19.05) e termina na quarta (20), na sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), no Rio de Janeiro. Com a presença de ex-jogadoras, jogadoras, representantes de clubes e federações estaduais, da FIFA e do governo federal, o evento procura ampliar o diálogo para buscar caminhos para a estruturação da modalidade no país.
 
No momento de visibilidade para o futebol feminino, com a aproximação da Copa do Mundo FIFA 2015, os Jogos Pan-Americanos de Toronto e os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016, o debate pretende buscar ferramentas para transformar e gerar novas oportunidades para ampliar o número de praticantes da modalidade no país. As discussões e as ideias trocadas no seminário serão a base para a realização de um plano de ação.
 
(Breno Barros/ME)(Breno Barros/ME)O secretário nacional de Futebol e Defesa dos Direitos dos Torcedor, Rogério Hamam, ressaltou que o foco do governo no momento é procurar proporcionar as jogadoras um calendário esportivo de dez meses. “A troca de boas práticas motivam reflexões, projetos e aperfeiçoam todas as ações que existem voltadas para o futebol feminino. Com o calendário vamos proporcionar a prática e a ocupação das atletas da fase adulta. O futebol feminino tem que ser pensado desde a base, das categorias sub-13, sub-15, sub-20 até a fase adulta. Para isso, precisamos incluir parcerias com as entidades do desporto escolar e universitário, para formar uma cadeia completa na formação dos atletas”, completou.   
 
Em relação a fomento e desenvolvimento da modalidade, o secretário nacional lembrou que o governo federal tem impulsionado e desenvolvido programas para promover a modalidade. “Hoje o governo oferece programas que incentivam a prática do futebol, como a Bolsa-Atleta. Temos ainda a Lei de Incentivo ao Esporte, que dá oportunidade para formação de centros de treinamentos, e temos recursos das loterias para os clubes formadores, por meio da parceria com a Confederação Brasileira de Clubes (CBC)”, disse.
 
Sobre o calendário brasileiro de competições, o técnico da Seleção Brasileira, Vadão, também defendeu um calendário cheio para os clubes brasileiros e lembrou que a seleção permanente não pode ser a solução para todos os problemas da modalidade, mas uma solução de treinamento pontual para a seleção. “O caminho é o desenvolvimento da modalidade, com um campeonato de intensa atividade. A seleção brasileira tem que ter um tempo maior de trabalho antes de grandes competições. O futebol feminino tem que ter uma vida normal de competições, como no futebol masculino.”
 
Legado da Copa
Parte do Fundo de Legado da Copa do Mundo da FIFA  2014, o futebol feminino receberá 15% dos recursos de um montante total de 100 milhões de dólares, que serão investidos ainda na promoção do desenvolvimento em áreas como infraestrutura e base da modalidade, assim como programas sociais e de saúde para comunidades carentes, além da construção de centros de desenvolvimento de futebol nos 15 estados que não foram sede da Copa de 2014, e que atenderão também a prática feminina.
 
Enquanto o financiamento, o monitoramento e o controle serão de responsabilidade da FIFA, as propostas e a implementação dos projetos serão feitos pela CBF, com base em planos enviados para a FIFA e aprovados pela entidade. A abertura do evento contou também com a presença do presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, do técnico da Seleção Brasileira Feminina, Vadão, e dos representantes da FIFA Mayi Cruz Blanco e Gregory Engelbrech.
 
Breno Barros, do Rio de Janeiro
Ascom - Ministério do Esporte
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