Brasília é primeira sede a usar mão de obra de detentos em obras para Copa

Publicado em Quarta, 28 Julho 2010 16:30

Outro legado da Copa do Mundo da Fifa 2014 será a recuperação social de detentos por meio de trabalhos nas construções dos estádios das cidades-sede, possibilitando melhor perspectiva de futuro e condição de vida aos presos. Em Brasília, durante a cerimônia de início da reforma do estádio Mané Garrincha, na última terça-feira (28), foi assinado termo de cooperação entre o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o Governo do Distrito Federal, a Federação Internacional de Futebol (Fifa), a Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso (Funap) e o consórcio responsável pela execução da obra. A medida permite que presos e recém-libertos trabalhem na reforma do estádio. A iniciativa é resultado de uma parceria firmada entre Ministério do Esporte, CNJ, Comitê Organizador Local, governadores e prefeitos das sedes do Mundial no país. Brasília é a primeira das 12 cidades a implantar um acordo que envolve o trabalho de pessoas que estão ou passaram pelo sistema penitenciário. A parceria destina pelo menos 5% das vagas de trabalho a presos, egressos do sistema carcerário e cumpridores de penas e medidas alternativas. Os internos que participam do projeto receberão um salário mínimo, auxílio transporte, alimentação e, a cada três dias trabalhados, será reduzido um dia da pena total, conforme prevê a Lei de Execuções Penais. Nas obras de adequação do Estádio Nacional de Brasília às normas da Fifa está prevista a partição de mil trabalhadores. Dentre esse montante, pelo menos 50 postos serão destinados a detentos, mas esse número poderá aumentar, conforme a demanda do serviço. A seleção dos profissionais será feita pela Funap, vinculada à Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, que tem como objetivo contribuir para a recuperação social do detento, além de melhorar sua condição de vida. Breno Barros Ascom - Ministério do Esporte