George Hilton apresenta programas do Ministério do Esporte no Senado e é elogiado por Romário

Publicado em Quarta, 15 Abril 2015 15:28
A Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado Federal teve, nesta quarta-feira (15.04), como principal nome o ministro do Esporte. George Hilton esteve no local a convite do senador Romário para apresentar e debater os planos e projetos, que já vêm sendo colocados em prática, desde o início de sua gestão na pasta, bem como fazer um balanço dos preparativos para os Jogos Olímpicos de 2016.
 
George Hilton sentou-se ao lado do senador Romário, que presidiu a audiência pública e falou a respeito de suas ações à frente do Ministério. Com slides informativos e ilustrativos, o ministro detalhou a maioria dos programas da pasta. “É uma honra para esta comissão recebê-lo ainda mais nesse momento em que o Brasil respira o esporte. A sua presença é relevante, não só para esta Casa, mas para todo o Brasil. Todos estamos curiosos para saber como andam os planos para o esporte e principalmente com relação às Olimpíadas. Apesar de estar há pouco como ministro do esporte, já faz um trabalho de excelência”, declarou Romário.
 
Elogio do Baixinho
As últimas palavras da audiência foram do presidente da Comissão, o senador Romário. Ele recordou uma frase que marcou sua carreira ainda quando jogador. Em 2003, ele defendia o Fluminense, quando o técnico Alexandre Gama, recém-contratado, barrou o craque. Insatisfeito, o camisa 11 reclamou: “O cara nem entrou no ônibus ainda e já quer se sentar na janela". Entretanto, nesta quarta-feira, ele usou a famosa expressão para elogiar George Hilton. “Quando você tomou posse, foi humilde e disse não entender muito de esporte. Depois de toda essa sua explicação, explanação sobre o trabalho seu e de sua equipe no Ministério do Esporte, posso dizer uma coisa: você já pode se sentar na janela".
 
(Roberto Castro/ME)(Roberto Castro/ME)
 
Início da apresentação
No começo de sua declaração, George Hilton retribuiu os elogios, dizendo estar honrado por ter esse espaço no Senado Federal e começou a explicar os projetos do ministério, como estabelecer o plano de legado dos Jogos Rio 2016; criar a Rede Nacional de Treinamento; tratar sobre os avanços do programa de modernização do futebol (com pontos estabelecidos na Medida Provisória 671); debater sobre a Lei de incentivo ao Esporte; fortalecer os programas sociais (Atleta na Escola, Bolsa Atleta, convênios, Programa Esporte da Escola); modernizar a infraestrutura esportiva do país, além dos Convênios com a Confederação Brasileira de Clubes (CBC), onde há o repasse de recursos para as entidades.
 
Mesmo com a proximidade das Olimpíadas no Rio de Janeiro, o ministro do Esporte lembrou que a preocupação não é apenas com o Rio de Janeiro. “O Brasil vive um ciclo virtuoso desde o Pan de 2007. Temos que aproveitar o momento para desenvolvermos e massificarmos a prática esportiva. Este ano, ainda teremos os Jogos Mundiais Indígenas, ano que vem as Olimpíadas e Paraolimpíadas e terminamos esse ciclo com a Universíade em 2019. Não podemos deixar passar esse momento. É a hora de mudarmos o panorama no esporte brasileiro. Tanto no alto rendimento quanto na base”, disse. “A gente conta com o apoio desta Casa, inclusive do senador Romário para atingirmos nossas metas”, completou Hilton.
 
“Estamos desenvolvendo uma Rede Nacional de Treinamento, que serve tanto para a base como para o alto rendimento, mas principalmente para a base. Vamos criar módulos em todos os municípios do Brasil com até 50 mil habitantes até o fim da minha gestão. Esses módulos serão compostos por uma quadra coberta, campo de futebol society e também por uma academia ao ar livre. A partir daí, estaremos em um momento histórico, onde vamos massificar a prática esportiva em todos os municípios brasileiros”, avisou o ministro. 
 
Esporte nas escolas
O ministro também falou sobre uma alarmante estatística: 45% da população brasileira é sedentária. Para que não haja justificativa de não ter o hábito de praticar esporte desde criança, surgiu a ideia de se criar o Sistema Nacional do Esporte. “A partir daí, nós, em parceria com o Ministério da Educação, trabalharemos no ensino fundamental para que haja a prática da educação física. Temos que criar nas crianças a cultura, o hábito de praticar esportes. Em seguida, teremos uma parceria com os governos estaduais e municipais para desenvolver espaços esportivos para que nós tenhamos atletas de alto rendimento também”, explicou.
 
O Ministro ainda falou da Lei de Diretrizes e Bases para que cada município tenha uma secretária de Esportes ou alguma entidade gestora. “E a luta vai ser grande, pois temos mais de 5.500 municípios e em menos de 4 mil deles existe uma entidade gestora. Temos que mudar isso para que o Sistema Nacional do Esporte funcione e tenha validade de verdade”, explicou.
 
(Roberto Castro/ME)(Roberto Castro/ME)
 
MP do Futebol
A Medida Provisória 671, publicada em 20 de março no Diário Oficial da União, que está em fase de aperfeiçoamento no Congresso Nacional e busca ajudar os clubes de futebol a financiarem suas dívidas com a União, tem gerado discussões entre os atores envolvidos. Indagado pelos jornalistas presentes na reunião, George Hilton foi enfático: “Nós discutimos amplamente o texto que está no Congresso, principalmente, com os clubes, atletas e CBF. Estamos conscientes de que fizemos um texto completo, momento histórico no futebol brasileiro. Mas as contrapartidas são rígidas e não haverá mudança, negociação. Facilitamos a forma de os clubes quitarem suas dívidas, então que os clubes façam o papel deles”, declarou.
 
Presente na audiência, a senadora Fátima Bezerra falou que será realizada uma audiência pública, falando sobre o futebol feminino, pedindo apoio. A ideia surgiu após a exigência da MP, que diz que se o clube quiser fazer parte do Refinanciamento das Dívidas terá que investir no futebol feminino e na base. Ela, inclusive, o convidou para participar da audiência.
 
O ministro foi novamente claro ao decretar que não haverá conversa sobre a exigência de os clubes usarem parte de seu capital com investimento no futebol feminino. “Isso é cláusula pétrea, digamos assim. Não haverá negociação. Quem quiser entrar no Refis, terá que investir no futebol feminino. Não há discussão. É uma exigência da presidenta Dilma. Além disso, estamos negociando com entidades privadas para a criação de uma Liga de futebol feminino”.
 
Jogos Olímpicos
Em seguida, o ministro George Hilton chamou o secretário-executivo Ricardo Leyser para sentar-se à mesa e detalhar a preparação para os Jogos Rio 2016 e os programas e ações para a competição, que envolvem: os Centro de Iniciação ao Esporte (legado dos Jogos para todo o Brasil); a modernização e diversificação da prática esportiva; a Rede Nacional de Treinamento, que fornecerá o caminho do atleta desde a formação, além de articular os locais de treino entre cidades, estados, municípios e federações.
 
Petronilo Oliveira
Ascom - Ministério do Esporte

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