Ministério do Esporte Confira artigo de Aldo Rebelo sobre a Copa em Brasília, publicado no Correio Braziliense
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Confira artigo de Aldo Rebelo sobre a Copa em Brasília, publicado no Correio Braziliense

A Copa em Brasília (artigo publicado no Correio Braziliense em 29 de maio de 2012)

Tão logo as máquinas abriram a primeira clareira para iniciar a construção de Brasília, lá na década de 1950 do século passado, o futebol se instalou nas terras planas do cerrado. Times de candangos se formaram nas construtoras, ficando famoso o da Rabelo, que mandava seus jogos na área poeirenta onde hoje fica o espelho d?água do Palácio da Alvorada. Dessas sementes, brotaram clubes como Defelê, Sobradinho, Ceub, Brasília, Gama, Brasiliense e ergueram-se estádios como Pelezão, Bezerrão e Mané Garrincha.

Mas o fenômeno peculiar do futebol no Distrito Federal é o torcedor: a maioria, nascida em outros locais, como os pais que lhes legaram o time, segue seus clubes de origem, e assim surgiu outra novidade típica da capital da República: o bar-arquibancada. Nos dias de jogos do Campeonato Brasileiro, os torcedores concentram-se no bar do Flamengo, no bar do Corinthians, no bar do Palmeiras, e vibram uníssonos como se estivessem sozinhos no estádio, acomodados na geral, bem perto e não a quilômetros de distância do gramado.

Embora ainda não tenha alcançado grandeza proporcional à importância do Distrito Federal, com seus 2,6 milhões de habitantes e renda per capita superior à média nacional, o futebol de Brasília já tem dois títulos nacionais da Série B, conquistados pelo Gama, em 1998, e pelo Brasiliense, em 2004. O futebol candango pode se orgulhar, também, de ter dado ao Brasil o zagueiro Lúcio, que saiu de Planaltina para ser titular da Seleção Brasileira nas Copas de 2002, 2006 e 2010.

Mas a paixão pelo esporte e as condições socioeconômicas da cidade determinaram que fosse escolhida como uma das 12 sedes da Copa de 2014 e ainda com a distinção de receber sete jogos um deles da Seleção, em 23 de junho, e a disputa do terceiro lugar, em 12 de julho. Dispensa profecia a certeza de que não haverá lugar vago no novo Estádio Nacional Mané Garrincha. Justa homenagem ao Macunaíma do futebol, maior ponta-direita da história, o estádio está sendo reconstruído segundo um arrojado projeto para receber até 70 mil torcedores.

O ritmo acelerado das obras indica que o Mané Garrincha estará apto já para a Copa das Confederações, em 2013, e será palco importante da Copa do Mundo de 2014. Ao contrário do que vaticinam as cassandras do futebol, as mesmas que ainda hoje criticam o que, em 1950, era considerado gigantismo do Maracanã, o novo estádio ficará como legado social para Brasília. Seu tamanho e porte são compatíveis com a grandeza do Distrito Federal. Suas características de arena multiuso incluirão centros culturais, comerciais, de negócios e de lazer, inclusive palco para shows de música que toda grande cidade reivindica, a exemplo da apresentação da banda mexicana RBD, que, em 2006, levou 40 mil pessoas ao estádio. Pensando nesse público, o projeto prevê um teto retrátil inédito no Brasil.

A menos de 1km do centro hoteleiro do Plano Piloto, o Mané Garrincha tem localização privilegiada para o acesso dos torcedores. Ainda assim, Brasília será beneficiada por efeitos diversos que uma Copa do Mundo de futebol proporciona às cidades onde será realizada. A honra de sediar a edição de 2014 extrapola o aspecto esportivo, por si só suficiente para que os grandes países desenvolvidos disputem o torneio da Fifa. No caso do Brasil, a Copa é uma oportunidade para que o país observe e supere deficiências estruturais em setores como transportes, turismo, telecomunicações e segurança. Benefícios de toda ordem capilarizam-se na sociedade.

Patrimônio da Humanidade, erguida sob o impulso dos sonhos do Patriarca da Independência, José Bonifácio de Andrada e Silva, desenhada no governo do marechal Floriano Peixoto e construída pela ousadia do presidente Juscelino Kubitschek, Brasília acolherá a festa do futebol mundial com a mesma confiança e otimismo inspiradores de nossos antepassados.

Aldo Rebelo

Ministro do Esporte

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