Ministério do Esporte Confira artigo de Aldo Rebelo sobre a Copa em Belo Horizonte, publicado no Estado de Minas
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Confira artigo de Aldo Rebelo sobre a Copa em Belo Horizonte, publicado no Estado de Minas

A Copa em Belo Horizonte (artigo publicado no jornal Estado de Minas em 8 de maio de 2012)

Mesmo considerando outras numerosas contribuições que Minas Gerais deu ao futebol, a começar da lista infindável de craques que se pode resumir ao nome-síntese de Pelé, e times gloriosos como América, Atlético e Cruzeiro, uma única inovação já seria suficiente para mudar a história do esporte: a invenção do sistema de jogo 4-2-4 e, com ele, a instituição do quarto zagueiro. As novidades saíram da cabeça privilegiada de Martim Francisco Ribeiro de Andrada, técnico do Vila Nova, em um jogo contra o Atlético no campeonato de 1951. Até então, a formação dominante no futebol era o WM, instituído na década de 1920 pelo treinador Herbert Chapman no Arsenal da Inglaterra. Com a invenção de Martim Francisco, parente do Patriarca da Independência, José Bonifácio, o Brasil proclamaria sua libertação dos esquemas táticos europeus e se tornaria um império do futebol a partir da Copa da Suécia, em 1958.

Minas, Belo Horizonte, seus clubes e o Mineirão constituem, portanto, um ambiente perfeito para o melhor futebol do mundo - e por isso a cidade foi escolhida uma das 12 sedes da Copa de 2014. Os mineiros poderão ver seis partidas do Mundial, inclusive uma semifinal e talvez o primeiro jogo eliminatório da Seleção Brasileira no torneio, pelas oitavas de final.

O Mineirão já estará reformado e dotado de aperfeiçoamentos para o conforto do torcedor, firmando-se como um dos templos do melhor futebol. Apesar de relativamente novo - é de 1965 -, o estádio foi palco de episódios memoráveis e raros, como o do jogo de inauguração, quando a Seleção Brasileira venceu a do Uruguai por 3 a 0. Dois pormenores ficaram na história: o Brasil foi representado pela academia do Palmeiras, devidamente trajada com a camisa canarinho, e um técnico estrangeiro, o argentino Filpo Nuñez, dirigiu a Seleção.

Além da festa máxima do esporte mais popular da Terra, o torneio da Fifa forja numerosos benefícios ao país como um todo e, em particular, às cidades onde se realizam os jogos. A reforma do Mineirão é um dos efeitos positivos que a Copa do Mundo deixa em seu rastro. A obra legará à capital mineira uma praça de esportes à altura de suas tradições - com destaque para três grandes times que colecionam marcas gloriosas: o Atlético foi campeão brasileiro (1971), o Cruzeiro já ganhou duas Taças Libertadores (1976 e 1997) e o América inscreve em sua súmula o raríssimo título de decacampeão de um torneio, o Estadual Mineiro de 1916 a 1925.

Sede também da Copa de 1950, Belo Horizonte tem, portanto, experiência com o torneio da Fifa - embora os tempos sejam outros. A cidade daquela época viu três jogos, a começar de Iugoslávia 3 x Suíça 0, na inauguração do estádio da Independência, e encantou-se particularmente com Inglaterra x Estados Unidos. Os ingleses, mesmo com a fama de inventores do futebol, participavam pela primeira vez de uma copa. Nem treinaram para jogar, e ainda pensaram em escalar os reservas para enfrentar o time da antiga colônia, formado de amadores. Nenhum resultado daquela copa foi tão surpreendente e comemorado: os mineiros vibraram com a vitória dos americanos por 1 a 0, e carregaram os jogadores em triunfo. Oxalá os brasileiros possam repetir o gesto com nossos jogadores na esperada conquista do hexacampeonato.

Aldo Rebelo
Ministro do Esporte

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