Organizado pelo Comitê Intertribal Indígena, os Jogos dos Povos Indígenas têm o seguinte mote: “O importante não é competir, e sim, celebrar”. A primeira edição dos jogos ocorreu em 1996 e tem como objetivo a integração das diferentes tribos, assim como o resgate e a celebração dessas culturas tradicionais.
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Equipe Xerente, de Tocantins, é campeã no futebol masculino dos Jogos Indígenas
- Detalhes
- Última atualização em Quarta, 15 Julho 2015 18:00
- Publicado em Quinta, 10 Novembro 2011 21:33
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A entrada em ritual dos povos Xerente, de Tocantins, cantando e dançando com suas famílias, no Estádio General Sampaio, em Porto Nacional (TO), nesta quinta-feira (10.11), parecia anunciar o que o futuro reservava. A vitória por 4 a 0 sobre o time dos povos Kaigang, do Rio Grande do Sul, deu à etnia anfitriã o título do futebol masculino da 11ª edição dos Jogos dos Povos Indígenas.
O guerreiro Edimar Xerente, que já era o artilheiro do campeonato, com quatro gols reafirmou a conquista com mais dois gols na final. Os outros dois foram marcados por Edson e Domingos Xerente.
O time dos vice-campeões Kaigang, composto por atletas visivelmente com idade mais madura, resistiu bravamente. O primeiro tempo terminou com empate de 0 a 0. Porém, na etapa final, eles demonstraram sinais de cansaço. Prevaleceu a resistência física, e o time dos jovens Xerente venceu.
Kaigang
Os Kaigang contam com uma população de cerca de 28 mil pessoas, espalhadas em 25 terras indígenas. Ocupam a área Tietê Uruguay e se subdividem em Kaigang de São Paulo, Meridional (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul) e Xocleng (Santa Catarina). Eles resistem culturalmente, preservando a língua do tronco Macro-Jê. Praticam o ritual dos mortos Kiri e vivem da agricultura. Em janeiro de 1981, um dos grandes líderes Kaigang, Angelo Kretã, foi assassinado enquanto defendia as terras de seu povo.
Xerente
Cerca de 2.261 indígenas Xerente moram em 34 aldeias no município de Tocantínia, em Tocantins. Apesar de ter contato com os não indígenas já há muitos anos, esse povo procura manter a organização social e política, com a distribuição em três clãs principais. Os Xerente vivem da agricultura de roça de toco, coivara e vazante, em que plantam mandioca, milho e batata doce. Praticam o ritual da dança da Tora, do Tamanduá e da festa anual de batismo das crianças para colocar os nomes. Praticam também o Inssitró, que é a corrida em que dois atletas carregam uma tora de madeira.
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Carla Belizária, de Porto Nacional (TO)
Foto: Dornil Sobrinho/Prefeitura de Porto Nacional
Ascom - Ministério do Esporte
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