Ministério do Esporte Povo Kamayurá agita aldeia Kari-Oca com esportes tradicionais e atividades culturais
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Organizado pelo Comitê Intertribal Indígena, os Jogos dos Povos Indígenas têm o seguinte mote: “O importante não é competir, e sim, celebrar”. A primeira edição dos jogos ocorreu em 1996 e tem como objetivo a integração das diferentes tribos, assim como o resgate e a celebração dessas culturas tradicionais.


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Povo Kamayurá agita aldeia Kari-Oca com esportes tradicionais e atividades culturais

A disputa do hupepir demonstrada por 22 índios Kamayurá, do Mato Grosso, deu início às atividades nos Jogos Verdes neste sábado (16.06), no Rio de Janeiro. Cada time conta com 11 atletas. Em vez de uma bola, eles usaram o wawá, espécie de roda com aro de 15 centímetros de diâmetro feita de palha de buriti. A equipe que arremessava o artefato ficava enfileirada em sua área de jogo enquanto a concorrente tentava acertar o centro da roda em movimento, com um tiro certeiro.
 
A modalidade chamou a atenção dos espectadores pela habilidade dos guerreiros em acertar o alvo. O estudante da 4ª série do colégio Urso Tamandaré, Pedro Henrique Soares, 10 anos, não se contentou em apenas assistir ao jogo. Ao término, ele entrou na arena e pegou o wawá para guardar como lembrança dos jogos.
 
"Esse esporte é praticado há muitos e muitos anos pelos antepassados de nossa aldeia, e até hoje é praticado por nosso povo, que habita as terras do Alto Xingu", explicou ao menino o índio-atleta Akawã Pareci. Ele foi o guerreiro que mais acertou o centro da roda: seis vezes.
 
Pedro exibe o wawá que vai guardar como lembrança

Já o garoto disse estar encantado com todo o cenário que presenciou na Kari-Oca. "Todos estão muito bem pintados, cada um com as cores predominantes de suas aldeias. Teve até um índio estiloso, usando um dente gigante de onça na orelha. Acredito que ele seja uma espécie de jovem despojado em sua comunidade, da mesma forma que alguns jovens cariocas usam alargadores (brincos) nas orelhas são", comparou.
 
O povo Kamayurá também apresentou uma espécie de brincadeira denominada "o dia em que as mulheres se rebelaram". Enquanto os guerreiros brincavam, elas dançavam enfileiradas percorrendo as extremidades da arena, com o objetivo de aproveitar um vacilo deles, partir para cima e bater neles com as mãos. A abordagem sobre o índio, que fugia em disparada, mais parecia um ataque de um enxame de abelhas.
 
Grupo de mulheres "ataca"  um dos homens na arena

Nem alguns participantes que estavam trabalhando na cobertura dos Jogos Verdes escaparam. Francisco Medeiros, fotógrafo da Assessoria de Comunicação Social do Ministério do Esporte, sentiu na pele a fúria das índias. "Levei uma unhada nas costas", disse, aos risos.
 
Aparentemente assustado, porém bastante sorridente, o cinegrafista indígena Paulinho Bororo justificou a situação. "Os homens que não correram são corajosos porque deixaram que elas batessem. Os que fugiram são medrosos porque não quiseram apanhar."

Confira a página especial da Kari-Oca/Rio+20
 
Carla Belizária
Foto: Francisco Medeiros
Ascom - Ministério do Esporte
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