Indígenas de 20 etnias brasileiras receberam a ilustre visita na noite da última terça-feira (19.06), do ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho. O ministro levou uma mensagem da presidenta Dilma Rousseff aos mais de 400 guerreiros nacionais, e cerca de 20 outros originários dos países das Américas.

Recepcionado pelo diretor do Comitê Intertribal Memória e Ciência Indígena, Marcos Terena, e pelo presidente da FioCruz, Paulo Gadelha, o ministro destacou a organização de grupos raciais para a construção da democracia. "É uma luta fundamental para a construção da democracia e, principalmente,  para diminuir a exclusão histórica a que os índios foram submetidos".

Para o ministro, a mobilização dos indígenas é tão importante quanto o documento oficial da Rio+20. A Carta da Terra foi entregue na quarta-feira (20.06).

Para Carvalho, "é necessária a pressão e a fiscalização  das lideranças indígenas e de seus povos que mantêm uma relação de respeito com a natureza". Segundo o ministro, o mundo colhe os resultados de um desenvolvimento predatório e insustentável. Ele exemplifica: "a crise que assola os países da Europa é resultado desse modelo excludente e destrutivo, na dívida social que tem para com esses povos".

Os líderes indígenas convidaram o ministro e o presidente da Fiocruz para acender o Fogo Sagrado. De acordo com o coordenador do Comitê Intertribal, Marcos Terena, "a fumaça serve para limpar e o fogo para iluminar". Em  seguida, as autoridades conheceram a arena dos Jogos Verdes e foram homenageados com apresentação de ritual sagrado pelos índios. Ao final da visita, os ilustres receberam um kit com bolsa e camisa da Kari-Oca, e um livro com fotografias dos Jogos Indígenas, realizados no ano passado,em Porto Nacional, Tocantins, produzido pelo Ministério do Esporte.

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