Ministério do Esporte Entre os melhores do mundo na luta greco-romana, Davi Albino é indicado à Bolsa Pódio
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Entre os melhores do mundo na luta greco-romana, Davi Albino é indicado à Bolsa Pódio

Davi Albino vem do judô, que começou a praticar com 12 anos. Mudou para a luta olímpica e aos 16 já estava na seleção brasileira. Agora com 29, fez história como primeiro lutador brasileiro a se colocar entre os melhores do mundo - e ainda na modalidade com menos tradição no país: a greco-romana, onde não é permitido o uso das pernas nos golpes. Assim, como 13º no ranking depurado para os Jogos Olímpicos do Rio 2016, foi indicado pela Confederação Brasileira de Wrestling (CBW) ao Bolsa Pódio do Ministério do Esporte, que garante mais recursos a atletas com chance de disputar medalhas olímpicas.

“É muito bom, em todos os sentidos. Nem tenho como falar da minha felicidade por ter sido indicado. Não tenho palavras para agradecer. Vou ter mais facilidade para comprar material, mais tranqüilidade para trabalhar mais e melhor pelo objetivo olímpico, para treinar ‘24 horas por dia’, como a gente diz. É o que somos: atleta 24 horas por dia”, diz Albino, que também atribui à Marinha do Brasil, além da Confederação, o grande salto na sua carreira, a partir de 2013. “Eles forneceram tudo para a gente. Foi quando conseguimos ter segurança, estabilidade, tranquilidade”, explica o lutador, que é terceiro-sargento, assim como vários outros atletas brasileiros, que têm apoio das Forças Armadas.

Foto: CBLAFoto: CBLA

De viagem para mais um período de treinamentos em Cuba, Davi Albino lembra de como começou, no Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa (COTP), no Ibirapuera, em São Paulo. “Fazia judô, quando nosso professor, o Joanílson Rodrigues, foi aos Estados Unidos e, na volta, introduziu a luta olímpica no Centro Olímpico. Eu me identifiquei, porque o judô não é tão agressivo e para mim a agressividade maior era natural. Com 16 anos, estava na seleção brasileira.”

O atleta acabou ficando na modalidade greco-romana porque, segundo ele, “também era natural”. Por causa do judô, tinha mais facilidade de “lutar em cima”. Mas mesmo depois de 17 anos observa: “A gente sempre tem de pensar em melhorar tudo. Temos de treinar, treinar e treinar, pelo menos cinco horas por dia, pensando que ‘ainda não está bom’, que nunca estaremos 100%”.

“Quase” cubano
Com 1,84 m e 103 kg, Davi Albino, que luta na categoria até 98 kg, vai para sua sétima viagem de treinamentos para Havana, capital de Cuba, com o técnico Juan Marén (medalhista olímpico – com duas pratas e um bronze). “Já virei até meio cubano”, brinca, emendando: “Cuba é uma referência no nosso esporte, com vários campeões olímpicos e mundiais. Vamos treinar em conjunto, também com europeus da Geórgia, da França, da Alemanha... Enquanto a gente se prepara para os Jogos Pan-Americanos de Toronto (10 a 26 de julho), há outros se preparando para os Campeonatos Europeu e Asiático."

Davi Albino diz que vai ao Pan de Toronto para buscar “uma medalha, de qualquer jeito”. Depois, terá o Mundial de Las Vegas em setembro, do dia 07 ao 13, valendo seis vagas olímpicas para cada categoria. O lutador lembra que, como país-sede, o Brasil tem direito a quatro vagas no Rio 2016, mas espera não precisar contar com elas: quer estar entre os seis do Mundial. Nos Jogos Olímpicos, os países mais fortes na greco-romana são Rússia, Irã e Armênia.

Davi lembra que existem países “com tradição na luta desde os Jogos Olímpicos da Antiguidade, enquanto o Brasil só tem 15 anos de Confederação e ainda muito a evoluir – agora contando com mais condições."

Com recursos do Ministério do Esporte, a luta olímpica vem crescendo rápido, com o apoio a várias escolinhas. “Assim, está aumentando o número de praticantes e, como resultado, teremos mais atletas de qualidade. No último Campeonato Brasileiro Cadete, por exemplo, tinha 180 crianças. Antes, só havia Campeonato Sênior. Com 15 anos, o atleta tinha de lutar com adultos – como eu fazia”, destaca Albino.

Governo federal investe na luta olímpica
Por meio de convênios assinados com o Ministério do Esporte, a Confederação recebeu R$ 1 milhão para a preparação aos Jogos Olímpicos de Londres 2012. Depois disso, foram R$ 2,8 milhões para aquisição de kits com 50 tapetes oficiais, bonecos e “ossos” (uma espécie de “adversário”, com pernas e braços para treino de movimentos), repassados a localidades por todo o Brasil em 2013.

Ainda foram repassados R$ 5,4 milhões de convênios para desenvolvimento do esporte, preparação de seleções brasileiras e modernização de Centros de Treinamento.

Quatro brasileiras chegaram a estar entre as 20 do mundo (no feminino, o único estilo é o livre, com uso de pernas para os golpes). Hoje três têm Bolsa Pódio, a categoria mais alta do Programa Bolsa Atleta: Aline Silva (vice-campeã mundial dos 75 kg em 2014), Joice Silva (58 kg) e Dailane Gomes (63 kg).

No Programa Bolsa Atleta de 2014, a luta olímpica soma 210 contemplados, com total de R$ 2,4 milhões em investimentos do Ministério do Esporte.

Denise Mirás
Ascom - Ministério do Esporte
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