Ministério do Esporte Canoagem Slalom: Brasil conquista dois bronzes no primeiro dia de finais do Mundial Júnior e Sub 23
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Canoagem Slalom: Brasil conquista dois bronzes no primeiro dia de finais do Mundial Júnior e Sub 23

O primeiro dia da briga por medalhas do Campeonato Mundial de Canoagem Slalom Júnior e Sub 23 mostrou que a modalidade está cada vez mais forte no país. Após alcançarem seis finais da competição na véspera, os brasileiros conseguiram dois bronzes neste sábado (25.04). O primeiro pódio veio com Felipe da Silva no C1 masculino e o segundo com a equipe do K1 masculino formada pelos canoístas Pedro da Silva, Fabio Rodrigues e Marcello Mapelli, ambas na categoria com atletas até 23 anos. As últimas disputas serão neste domingo no encerramento do torneio que está sendo realizado no Canal Itaipu, em Foz do Iguaçu (PR), desde quarta-feira.

Felipe da Silva comemora medalha de bronze. (Foto: CBCa Divulgação)Felipe da Silva comemora medalha de bronze. (Foto: CBCa Divulgação)
 
Formado no projeto social “Meninos do Lago”, que atende jovens de famílias de baixa renda de Foz do Iguaçu, Felipe da Silva é um exemplo do desenvolvimento da base do esporte no Brasil. “Comecei no projeto, que fez com que eu gostasse cada vez mais da canoagem. A gente começou a participar de campeonatos brasileiros e de seletivas, passamos a conhecer o mundo e eu me motivei mais. Pouco a pouco entrei numa estrutura muito grande e com o Brasil evoluindo muito”, lembra.
 
A iniciativa contempla 100 jovens com idade entre sete e 17 anos e que moram na Vila C da cidade paranaense. Patrocinado pela Itaipu Binacional e com parceria da Confederação Brasileira de Canoagem (CBCa) a ação já formou 600 atletas desde 2009. Para Felipe, que recebe Bolsa Atleta, o fato de conhecer bem o local de disputas deu mais confiança na hora da prova. “A gente fica mais confiante. Aqui é maravilhoso, com uma estrutura ótima, entre as dez melhores do mundo”, afirma o canoísta, que projeta os próximos desafios. “Essa medalha de bronze foi uma motivação. Agora tem coisas mais importantes pela frente, como os Jogos Pan Americanos e as Olimpíadas. Vou buscar a vaga no Pan do Canadá, que tem concorrentes fortes”.
 
Felipe fez o percurso com 20 balizas no tempo de 96.78 segundos. A prata ficou com o italiano Paolo Colazingari (95.09) e o ouro com o britânico Adam Burgess (93.22).
 
Foto: Danilo Borges/ MEFoto: Danilo Borges/ ME
 
O segundo bronze brasileiro do dia veio apenas após o julgamento de um protesto da equipe K1 masculina, que ao final da prova aparecia em sexto na classificação. "A gente vinha muito concentrado e treinando há um tempinho. Descemos bem e acabaram nos dando uma falta que não tivemos na baliza 12. Entramos com protesto e acabaram retirando. Conseguimos assim o terceiro lugar, bronze inédito para o Brasil nessa prova e estamos muito felizes com isso", comemorou Pedro da Silva, mais conhecido como Pepê, também bolsista do Ministério do Esporte. O trio fez o percurso em 99.87 segundos, ficando atrás das equipes da Polônia (99.49) e da República Tcheca (97.69).
 
Feminino
Campeã mundial júnior no K1 feminino em 2014, Ana Sátila, 19 anos, mudou para a categoria sub 23 em janeiro e ficou surpresa com o próprio desempenho no C1, quando terminou na sexta posição. “Por ser meu primeiro ano na categoria sub 23, eu fiquei surpresa de ter passado para a final da C1. Foi uma experiência incrível. Estou muito contente com meu resultado”, afirmou a canoísta, que volta a brigar por medalha neste domingo no estilo que é a sua especialidade.
 
“A C1 não é a minha categoria principal, mas decidi começar a pratica-la, justamente para ajudar na categoria K1, que é a olímpica. A participação na C1 ajuda em tudo, desde conhecer o percurso e depois entrar na K1 já sabendo como é a pista, o nível de altura das balizas e a treinar o nível de equilíbrio e adaptação. Você consegue ler a água muito melhor do que no K1 e eu sinto a diferença na hora de competir. Com certeza ganhei experiência para as próximas competições”, disse Sátila, que recebe Bolsa Pódio do Ministério do Esporte.
 
Vencedora da prova, a espanhola Nuria Vilarrubla se preparou desde o início de abril no Canal de Itaipu. A estratégia deu certo, apesar do nível elevado da disputa. “Já era esperado que fosse uma competição dura, porque havia meninas de nível elevado, como as britânicas, a Sátila e a Jéssica Fox (Austrália). A final sempre é um jogo e podem acontecer muitas coisas, mas o nível da competição foi muito bom, a organização também e estou muito contente de estar aqui”.
 
Para conquistar o ouro, Nuria teve que superar o fenômeno Jessica Fox, australiana de 20 anos que conquistou os mundiais sênior e sub 23 em 2014.  “Eu não consegui fazer o tempo mais rápido, mas estou feliz por ela, porque ela vem bem perto nos últimos anos e neste ano ela conseguiu”, afirmou a australiana, visivelmente decepcionada com o quinto lugar deste sábado, mas que ressaltou o acirramento da disputa. “Definitivamente o nível do C1 sub 23 feminino melhorou muito nos últimos anos, as meninas estão mais próximas. É certo dizer que foi uma competição muito dura”.
 
Ana Sátila fez o tempo de 116.77 segundos e Jessica Fox fechou o circuito em 113.71 segundos. Nuria conquistou o ouro com 103.15 segundos. A prata e o bronze ficaram com as britânicas Mallory Franklin (106.62) e Kimberley Woods (108.65), respectivamente.
 
Neste domingo acontecem as últimas finais do Mundial, no K1 feminino e no C2 masculino sub 23 e júnior, além das provas por equipes nestas categorias.
 
Foto: Danilo Borges/MEFoto: Danilo Borges/ME
 
O evento é patrocinado pelos apoiadores da Canoagem Brasileira, BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Itaipu Binacional, GE e Ministério do Esporte, através da Lei de Incentivo ao Esporte. Realização da Federação Internacional de Canoagem, Confederação Brasileira de Canoagem e Federação Paranaense de Canoagem.
 
Outros resultados
 
K1 masculino sub 23
 
1- Jiri Prskavec  - República Tcheca (82.96)
2- David Llorente – Espanha (86.42)
3- Andrej Malek – Eslováquia (86.69)
 
C1 masculino júnior
 
1- Marko Mirgorodsky – Eslováquia (95.76)
2- Kacper Sztuba - Polônia (96.42)
3- Vaclav Chaloupka – República Tcheca (100.93)
 
C1 feminino júnior
 
1- Andrea Herzog – Alemanha (113.03)
2- Lucie Prioux – França (113.42)
3- Kate Eckhardt – Austrália (113.68)
 
K1 masculino júnior
 
1- Jakub Grigar – Eslováquia (88.04)
2- Malo Quemeneur – França (90.23)
3- Thomas Strauss - Alemanha (90.40)
 
Por equipes
 
C1 masculino sub 23
 
1- Itália (106.91)
2- Grã-Bretanha (107.01) 
3- República Tcheca (110.69)
 
C1 feminino sub 23 
 
1- Espanha (126.18)
2- República Tcheca (137.82)
3- Grã-Bretanha (138.03)
 
C1 masculino júnior 
 
1- Alemanha (106.18)
2- Polônia (115.83)
3- República Tcheca (116.58)
 
C1 feminino júnior 
 
1- Alemanha (136.20)
2- República Tcheca (143.59) 
3- Austrália (214.82)
 
K1 masculino júnior
 
1- França (101.87)
2- Espanha (104.73)
3- Alemanha (107.26)
 
Gabriel Fialho, de Foz do Iguaçu, com informações da CBCa
Ascom - Ministério do Esporte
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