Ministério do Esporte Equipe feminina busca evolução no Mundial de tênis de mesa 2015
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Equipe feminina busca evolução no Mundial de tênis de mesa 2015

“O tênis de mesa feminino brasileiro ainda não é uma potência mundial”. O discurso das atletas que representarão o time verde e amarelo no Campeonato Mundial da modalidade mostra que estão cientes das dificuldades que enfrentarão na competição, que será entre os 26 de abril a 3 de maio, em Suzhou, na China. O trio de ferro composto pela experiente Lígia Maria, 34 anos, pela paulista Carol Kumahara, 19, e pela chinesa naturalizada brasileira Gui Lin, 21, melhor classificada no ranking, tenta, ao menos, avançar no Mundial.

O trio parece se completar. Lígia usa bem a sua bagagem para incentivar as compatriotas. Carol quer pegar experiência, enquanto Gui Lin sonha aproveitar o bom momento e a oportunidade de disputar a competição no país em que nasceu. “Passei toda a minha adolescência no Brasil. Praticamente cresci no Brasil. Quero fazer o melhor pelo Brasil. E também estou muito feliz por jogar o Mundial na China, onde nasci. É a minha casa também. É uma sensação que não sei explicar”, contou Gui.  

A mesatenista Gui Lin é atualmente é a melhor atletas brasileira classificada no ranking mundial (Foto: Divulgação/CBTM)A mesatenista Gui Lin é atualmente é a melhor atletas brasileira classificada no ranking mundial (Foto: Divulgação/CBTM)

Em 2012, ela se naturalizou brasileira. Porém, ela deixou seu país quando tinha apenas 11 anos, quando fez um intercâmbio e acabou permanecendo no Brasil. 2015 tem sido um bom ano para Gui Lin. A mesatenista alcançou em março o maior título da carreira até aqui: ouro individual do Campeonato Latino-Americano, disputado na Argentina. Com o resultado, assumiu o posto de melhor brasileira no ranking mundial, na 130ª posição. Semanas antes, havia assinado contrato por um ano com o Linz, clube austríaco que acaba de ser vice-campeão europeu.

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Os bons resultados são frutos não apenas do crescimento técnico, mas também psicológico. Desde o início do ano, Gui Lin  passou a ter um acompanhamento especializado que faz questão de destacar.


Quem também vive uma ótima fase é a paulista Carol Kumahara. Há dois anos, Carol ocupava a 163ª posição no ranking mundial e, logo na estreia, conseguiu uma importante vitória: 4 a 0 (11/7, 11/6, 11/9 e 11/8) sobre a russa Yana Noskova, que, na época, era a 91ª colocada na lista. O resultado garantiu a brasileira, então com 17 anos, nos 64 avos de final – melhor resultado feminino desde que Lourdes Garcia Torres chegou aos 32 avos, em 1952.

Carol Kumahara ocupa a 163ª posição no ranking mundial (Foto: Divulgação/CBTM)Carol Kumahara ocupa a 163ª posição no ranking mundial (Foto: Divulgação/CBTM)Em 2014, vieram mais conquistas, como a Copa Latino-Americana e o Mundial por equipes da segunda divisão, garantindo um acesso inédito para a seleção feminina. Além dos títulos, é notável o crescimento de Carol na mesa, tanto técnico como psicológico.

Para ela, as experiências de alto nível mundo afora foram determinantes nesse processo. “De 2013 para cá, sinto que tenho um começo de ponto mais regular. Minha defesa melhorou e estou me afastando menos da mesa. Ganhei muita experiência jogando vários torneios e também em treinamentos no exterior”, declarou.

Mais madura, Carol, atual 143ª colocada do ranking mundial, espera colocar na mesa toda a experiência conquistada a seu favor, mas sem perder a leveza que a fez chegar tão longe quando sua responsabilidade era menor. “Espero jogar solta novamente em Suzhou, desfrutar do campeonato e fazer meu jogo acima de tudo. O resultado vai ser consequência se eu fizer isso bem”, disse.

Experiência
Aos 34 anos, Lígia Maria crê que, mesmo jovens, suas companheiras compatriotas também têm uma boa bagagem, devido ao fato de terem disputado vários torneios com adversários de ponta. “Independentemente da idade, todas já passaram por situações adversas. Consigo dar exemplo, de como superar e aguentar jogos importantes, já que sou a mais experiente. Treinando ali do lado delas, tenho que mostrar que não importa a idade, todas precisam lutar. Tenho que puxar a fila, não fazer corpo mole nunca. São trocas de experiências e valores. É um conjunto de tudo. Todas unidas, cada uma com seu comprometimento. Isso nos torna cada vez mais fortes”, declarou Lígia ao portal do Ministério do Esporte.

Mesmo com o Brasil distante de ser favorito, Lígia mostra confiança e cita a evolução da modalidade no país e fala também sobre a importância do Mundial na preparação para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016. “Esporte de alto rendimento precisa de resultados, por isso é que sinto essa evolução. Pelos nossos resultados, podemos ter a confiança para alcançar novos patamares. Não faltará da nossa parte muita determinação e gana de vencer. Todos os campeonatos são válidos até 2016, até porque todos são fortes e válidos para o ranking mundial. Preparar, para mim, é buscar evoluir sempre. Evoluir parte técnica, tática, física e psicológica. Então, até lá, vou buscar crescer todos esse pontos, passando etapas por etapas”,elencou, mostrando otimismo.

O apoio do Ministério do Esporte é fundamental e Lígia Maria explica o porquê: “Nos dá a segurança de viajar sem se preocupar com alimentação, hospedagem e tudo o que poderia tirar nossa concentração durante as competições. Uma segurança para trabalhar com tranquilidade e não ficar pensando se valerá a pena. Temos que ter alguma segurança e creio que esses programas nos fazem acreditar que tem alguém acreditando na gente. E buscamos dar resultados por meio desses investimentos”, concluiu.
 

Petronilo Oliveira
Ascom - Ministério do Esporte
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