Ministério do Esporte Entrevista: judoca Victor Penalber considera 2015 o ano-chave em sua carreira
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Entrevista: judoca Victor Penalber considera 2015 o ano-chave em sua carreira

Jovem na idade e veterano na experiência. Victor Penalber, 24 anos, é figurinha carimbada na seleção brasileira de judô desde a estreia na equipe, aos 17 anos. Desenvolveu, ganhou bagagem, confiança e agora espera conquistar de vez o seu lugar na modalidade. Titular na categoria meio-médio (81kg) desde 2012, o judoca espera desencantar no ano pré-Olimpíada e colocar o seu nome definitivamente no cenário mundial. “Neste ano vou emplacar. Não sou mais uma novidade para os adversários e todo o mundo já me conhece e estuda a minha tática e técnica. Estou muito bem assessorado pela CBJ (Confederação Brasileira de Judô),  fortalecendo todas as armas para chegar a 2016 voando para trazer a medalha para o Brasil”, diz, confiante.

O caminho até o tatame olímpico não será fácil. Antes de enfrentar os grandes nomes internacionais, o judoca tem que encarar a disputa interna pela vaga de 2016 com o medalhista olímpico Leandro Guilheiro (bronze em Atenas 2004 e em Pequim 2008). “Me sinto lisonjeado em disputar uma vaga olímpica com o Leandro Guilheiro. Ele foi uma das referências da minha geração. O judoca que conquistou duas medalhas olímpicas e subiu em pódios em Mundial. Com certeza, um dos maiores ídolos da nossa geração. Poder lutar de igual para igual disputando vaga é um ganho para o país. Ele me faz evoluir e eu faço ele evoluir. Penso que a disputa interna só faz o bem para o Brasil.  Será melhor ainda para quem for representar o Brasil e chegará muito forte a 2016”, analisa.

Penalber está no seleto grupo de 26 judocas brasileiros que figuram entre os 20 melhores do mundo nas suas respectivas categorias e que recebem recursos do programa Bolsa Pódio, do Ministério do Esporte – com valores entre R$ 5 mil e R$ 15 mil. Em fase de treinamento no Centro Pan-Americano de Judô, em Lauro de Freitas, na Bahia, o bolsista conversou com o portal do Ministério do Esporte sobre a sua trajetória no tatame, dedicação ao esporte e o trabalho que está sendo desenvolvido para chegar preparado aos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. “Venho conquistando bons resultados em grandes campeonatos, mas não emplaquei em um grande evento, seja mundial ou Olimpíada. Sonho com uma medalha olímpica desde os 4 anos de idade, e penso nisso todos os dias”, revela Penalber.

(Foto: Danilo Borges/ME)(Foto: Danilo Borges/ME)

Início
Aos 4 anos, o judoca começou no judô com o incentivo dos pais, que admiravam a luta pela filosofia e a disciplina. O esporte sempre fez parte da vida do atleta, seja no tatame, na piscina ou nos campos de futebol com os amigos. “Pratiquei vários esportes, mas desde quando vesti pela primeira vez o quimono eu me identifiquei com a modalidade. Com 9 anos fui campeão brasileiro, aos 11 levei outros títulos nacionais de expressão. Passei pelas seleções de base, que me fez evoluir muito, e aos 17 anos entrei para a seleção principal em uma seletiva antes dos Jogos Olímpicos de Pequim 2008”, conta o atleta.

Evolução
A grande guinada na carreira do carioca veio em 2012. Durante o Grand Slam disputado no Rio de Janeiro, com a participação de atletas de nível mundial, Penalber levou a medalha de ouro. “A partir daí, consegui continuar vencendo alguns campeonatos e um ano depois cheguei a liderança do ranking mundial e a titularidade da seleção. Assim, venho representando o país com muito orgulho”, revelou.

Desafio olímpico
“Nos Jogos Olímpicos todas as lutas são duras. Exemplo foi o Mundial de 2013. O atleta da posição 16 do ranking acabou sendo campeão mundial. A Olimpíada vai ser mais ou menos isso, não tem favorito. Nós dividimos mais ou menos quem está na frente, mas são mais de oito atletas que têm condições de chegar a medalha. Tem que estar preparado para enfrentar todo mundo”, explica.

Para garantir o lugar na vila olímpica de 2016, o judoca buscará durante a temporada acumular o máximo de pontos no ranking internacional. O Campeonato Mundial é a competição que vale mais pontos neste ano. Além dos pontos, o carioca espera levar também o primeiro pódio em mundiais. “O mundial é sempre o grande foco do ano. Eu trabalho pensando na medalha em todos os campeonatos. Não dá para focar em um campeonato somente, pois todos são importantes. Os Jogos Pan-americanos, por exemplo, são importantes porque conta pontos para o ranking mundial, além de ser um ensaio dos Jogos Olímpicos, pelo clima, vila olímpica, atletas, competição. É uma experiência muito importante para termos um ano antes dos Jogos Olímpicos”, revela.

Victor Penalber em treinamento no Centro Pan-Americano de Judô (Fotos: Danilo Borges/ME)Victor Penalber em treinamento no Centro Pan-Americano de Judô (Fotos: Danilo Borges/ME)

Em 2013, Penalber liderou o ranking mundial da categoria. “Foi uma conquista, mas ainda não foi uma afirmação. Chegar à liderança é muito legal, mas é mais legal ainda trazer uma medalha olímpica para casa. Venho conquistando boas posições, mas também quero essa afirmação, que vai ser muito importante para a minha carreira”, explica.

Investimentos
O bolsista considera importantes todos os investimentos que o esporte brasileiro vem ganhando nos últimos anos, para trabalhar tranquilo, pensando somente em lutar, treinar e estudar os adversários.

“Apesar de o judô ser um esporte individual, começa no tatame a questão de equipe. Nós não conseguimos treinar se não tivermos um adversário, um oponente que exija de nós. Por mais que seja um esporte individual, nós não treinamos sozinhos. Inclui  também técnico, nutricionista, psicólogo, preparador físico. É toda uma equipe que trabalhar para chegar à medalha. E hoje contamos com uma equipe mais forte o possível na CBJ, que dá toda a estrutura para se trabalhar com tranquilidade. Creio que os brasileiros podem ter boas esperanças para o desempenho do judô nacional em 2016.”   

 


 
 

Breno Barros, de Lauro de Freitas (BA)
Ascom - Ministério do Esporte
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